2967703 | O MOVIMENTO POLÍTICO DAS FEMINISTAS NA DÉCADA DE 1984 VERSUS 2011: A CONTRIBUIÇÃO DO FAZER POLÍTICA | Autores: Claudemir dos Santos|claudemir.resgate@gmail.com|enfermeiro|doutorando Em Enfermagem|estudante|escola de Enfermagem Anna Nery |
Resumo: O MOVIMENTO POLÍTICO DAS FEMINISTAS NA DÉCADA DE 1984 _VERSUS_ 2011: A
CONTRIBUIÇÃO DO FAZER POLÍTICA
Objetivo: Analisar a atuação do movimento feminista na década de 1980 e seus
reflexos no ano de 2011. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, usando a
técnica de análise documental. As produções analisadas foram publicadas pelo
Ministério da Saúde nos anos de 1984, 2004 e 2011, respectivamente: Programa
de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher e Rede Cegonha.Resultados: A década de 1980 foi marcada pela
criação do Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher (1984); neste
documento, havia um teor reducionista, trazendo a mulher como sujeito da
reprodução; é bem verdade que desde 1975, ano da criação do Programa Materno
Infantil, a mulher era vista apenas como um objeto de reprodução. Para além
disso, atuação do movimento feminista se deu em 1984, com a publicação do
PAISM. Em 2011, a Portaria 1.459, de 24 de junho de 2011 , instituía em todo
o Brasil a Rede Cegonha, um programa de humanização do parto, com o objetivo
de trazer a mulher como protagonista do ato de parir. Neste momento, houve
duras críticas pois para o movimento feminista, era uma repetição do que já
fora produzido. Conclusão: Defender uma agenda pública de saúde, que
efetivamente pudesse tratar a mulher como cidadã e não como um objeto de
reprodução sempre foi uma das bandeiras do movimento feminista. Em 1984 elas
participaram da construção do PAISM. Em 2011, surge uma portaria que parecia
ser um retrocesso: fundamentalmente, não era pois não anulava a PNAISM;
apenas, dava um caráter de humanização ao parto. Implicações para enfermagem:
entender que ser mulher vai além da maternidade.
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