2921981 | HOMENS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS COMO SUJEITOS DA ABORDAGEM DE ENFERMAGEM FORENSE | Autores: Thiago Augusto Soares Monteiro da Silva|thiagoams@bol.com.br|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|doutorando Em Enfermagem|escola de Enfermagem Anna Nery/universidade Federal do Rio de Janeiro ; Maria José Coelho||enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery/universidade Federal do Rio de Janeiro ; Mônica de Almeida Carreiro||enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|universidade de Vassouras ; Júlio César Santos da Silva||enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor|cefet ; Ana Angélica de Souza Freitas||enfermeira|doutora Em Enfermagem|enfermeira|instituto Nacional do Câncer (inca) |
Resumo: Objetivos: Caracterizar sociodemograficamente os homens vítimas de violências
interpessoais. Identificar as causas das violências interpessoais. Discutir os
cuidados de Enfermagem Forense realizados aos homens vítimas de violências
interpessoais. Método: Trata-se de um estudo dialético com abordagem
qualitativa realizado com homens de 18 a 59 anos vítimas de violências
interpessoais em um Pronto Socorro. A coleta de dados foi realizada através da
busca retrospectiva referente ao recorte temporal de 01 de janeiro de 2015 a
31 de dezembro de 2017 nos boletins de atendimento médico e nas fichas do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi procedida a observação
dos cuidados recebidos pelos homens e as entrevistas com os enfermeiros.
Resultados: Foram analisados o total de 413 fichas de registros de
atendimentos de homens na faixa etária de 18-59 anos, sendo identificado que
49% de homens estava na faixa etária de 18-29 anos, houve predomínio da
ocorrência dos casos de violência durante os finais de semana sendo domingo o
dia de maior pico e durante a noite de 20h às 23h:59min, o local de maior
ocorrência foi a via pública. Quanto a tipologia das violências 95% foram do
tipo física, sendo que 62,5% utilizaram como meio de violência a força
corporal/espancamento, a região do corpo em 34,1% casos foi a cabeça e
pescoço. Conclusão: O estudo evidenciou a necessidade de se aprofundar a
temática dos cuidados de enfermagem forense e percebe-se que muitos homens são
vistos como agressores e pouco como vítimas, se tornando invisíveis como
sujeitos que necessitam de cuidados forenses. Contribuições: possibilitou
reflexões sobre as maneiras específicas de cuidar com base num saber/fazer de
Enfermagem forense capazes de acolher a vítima e o perpetrador e de coletar e
preservar vestígios com intuito de estabelecer hipóteses forenses.
Referências: Lynch VA. Forensic nursing science: Global strategies in health and justice. Egyptian Journal of Forensic Sciences, 2011, 1, 69-76.
Lynch VA., Barber J. Forensic nursing. St. Louis, MO: Elsevier; 2010.
Gomes A. Enfermagem Forense. Portugal: Editora Lidel, v.1, 2014.
Silva, KB, de Cássia Silva, R. ENFERMAGEM FORENSE: UMA ESPECIALIDADE A CONHECER. Cogitare Enfermagem [Internet]. 2009;14(3):564-568. |