Imprimir Resumo


20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 2921981


2921981

HOMENS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS COMO SUJEITOS DA ABORDAGEM DE ENFERMAGEM FORENSE

Autores:
Thiago Augusto Soares Monteiro da Silva|thiagoams@bol.com.br|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|doutorando Em Enfermagem|escola de Enfermagem Anna Nery/universidade Federal do Rio de Janeiro ; Maria José Coelho||enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|escola de Enfermagem Anna Nery/universidade Federal do Rio de Janeiro ; Mônica de Almeida Carreiro||enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|universidade de Vassouras ; Júlio César Santos da Silva||enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor|cefet ; Ana Angélica de Souza Freitas||enfermeira|doutora Em Enfermagem|enfermeira|instituto Nacional do Câncer (inca)

Resumo:
Objetivos: Caracterizar sociodemograficamente  os homens vítimas de violências interpessoais. Identificar as causas das violências interpessoais. Discutir os cuidados de Enfermagem Forense realizados aos homens vítimas de violências interpessoais.  Método: Trata-se de um estudo dialético com abordagem qualitativa realizado com homens de 18 a 59 anos vítimas de violências interpessoais em um Pronto Socorro. A coleta de dados foi realizada através da busca retrospectiva referente ao recorte temporal de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017 nos boletins de atendimento médico e nas fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi procedida a observação dos cuidados recebidos pelos homens e as entrevistas com os enfermeiros. Resultados: Foram analisados o total de 413 fichas de registros de atendimentos de homens na faixa etária de 18-59 anos, sendo identificado que 49% de homens estava na faixa etária de 18-29 anos, houve predomínio da ocorrência dos casos de violência durante os finais de semana sendo domingo o dia de maior pico e durante a noite de 20h às 23h:59min, o local de maior ocorrência foi a via pública. Quanto a tipologia das violências 95% foram do tipo física, sendo que 62,5% utilizaram como meio de violência a força corporal/espancamento, a região do corpo em 34,1% casos foi a cabeça e pescoço. Conclusão: O estudo evidenciou a necessidade de se aprofundar a temática dos cuidados de enfermagem forense e percebe-se que muitos homens são vistos como agressores e pouco como vítimas, se tornando invisíveis como sujeitos que necessitam de cuidados forenses. Contribuições: possibilitou reflexões sobre as maneiras específicas de cuidar com base num saber/fazer de Enfermagem forense capazes de acolher a vítima e o perpetrador e de coletar e preservar vestígios com intuito de estabelecer hipóteses forenses.


Referências:
Lynch VA. Forensic nursing science: Global strategies in health and justice. Egyptian Journal of Forensic Sciences, 2011, 1, 69-76. Lynch VA., Barber J. Forensic nursing. St. Louis, MO: Elsevier; 2010. Gomes A. Enfermagem Forense. Portugal: Editora Lidel, v.1, 2014. Silva, KB, de Cássia Silva, R. ENFERMAGEM FORENSE: UMA ESPECIALIDADE A CONHECER. Cogitare Enfermagem [Internet]. 2009;14(3):564-568.