Imprimir Resumo


20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 2510986


2510986

CUSTO DIRETO E INDIRETO DA DOENÇA FALCIFORME: A ENFERMAGEM ENQUANTO GESTORA DO SUS

Autores:
Franciane Vilela Réche da Motta|franvilela_@hotmail.com|enfermeira|mestre|estudante de Pós Graduação (doutorado)|universidade Federal de Juiz de Fora ; Alfredo Chaoubah|alfredochaoubah@gmail.com|engenheiro|doutor|professor|universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo:
**Introdução:** Doença Falciforme (DF) é considerada a doença genética mais prevalente no país. Uma análise econômica da DF tem por escopo conhecer melhor o problema, suas características e possibilitar o planejamento adequado para seu enfrentamento, permitindo aos gestores da saúde a compreensão dessa dimensão da patologia em questão. **Objetivo:** Descrever informações sobre custos da DF na perspectiva do sistema público de saúde, destacando os aspectos mais relevantes. **Método:** Realizada revisão integrativa da literatura – parte da revisão de uma tese de doutorado em Saúde Coletiva em andamento. Buscou-se em duas bases de dados (Medline e Lilacs) os seguintes descritores: “Anemia sickle cell AND Cost of Illness” e “Anemia sickle cell AND Costs and Cost Analysis”. Estes poderiam estar apenas no título ou no resumo. Foram selecionados 37 artigos. **Resultados:** A partir da literatura encontrada, percebeu-se que a DF leva a incapacidades, acarretando sofrimentos e custos materiais diretos aos pacientes e suas famílias, além de um importante impacto financeiro sobre o sistema de saúde e, ainda, produz custos indiretos significativos para a sociedade e o Estado, em função da redução da produtividade. **Conclusões:** A DF proporciona custos sensíveis para o paciente, sua família e o sistema de saúde. **Implicações para a enfermagem:** A enfermagem enquanto potencial gestora de saúde deve ter conhecimento acerca da importância de estudos do tipo _Cost of Illness_ no bojo da DF, objetivando fomentar discussões e contribuir de forma objetiva para a construção de políticas de saúde para esta parcela da população, auxiliando na distribuição adequada dos recursos da saúde. Em tempos econômicos difíceis, estudos baseados em evidências para apoiar decisões e gastos em saúde pública tornam-se cada vez mais importantes.


Referências:
Referências Abraham, A; Jacobsohn, D. A; Bollard, C. M. Cellular therapy for sickle cell disease. Cytotherapy. v.18, n.11, 2016. Adams, R. J.; Ohene-Frempong, K.; Wang, W. Sickle Cell and the Brain. Hematology Am Soc Hematol Educ Program. v. 2001, n. 1, p. 31-46, jan. 2001. Adegoke, S. A; Abioye-Kuteyi, E. A; Orji, E. O. The rate and cost of hospitalisation in children with sickle cell anemia and its implications in a developing economy. African Health Sciences, v. 14, n. 2; 2014. Aljuburi, G. et al. Socio-economic deprivation and risk of emergency readmission and inpatient mortality in people with sickle cell disease in England: observational study. Journal of public health, v. 35, n. 4, p. 510-517, 2013. Blinder, M. A. et al. Age-related treatment patterns in sickle cell disease patients and the associated sickle cell complications and healthcare costs. Pediatric blood & cancerc, v. 60, n. 5, p. 828-835, 2013.  Bloom D.E. et al. The global economic burden of non-communicable diseases: report by the World Economic Forum and the Harvard School of Public Health. Geneva: World Economic Forum, 47 p. 2012. Bou-Maroun, L. M. et al. An analysis of inpatient pediatric sickle cell disease: incidence, costs, and outcomes. Pediatric blood & cancer, v. 65, n. 1, p. e26758, 2017. Cunningham-Myrie , C. et al. Hydroxyurea use in prevention of stroke recurrence in childrenwith sickle cell disease in a developing country: a cost effectiveness analysis. Pediatr Blood Cancer. v. 62, n. 10, p. 1862-1864, 2015. Cottle, R. N; Lee, C. M; Bao, G. Treating hemoglobinopathies using gene-correction approaches: promises and challenges. Hum Genet. v. 135, n. 9, 2016. Cunningham-Myrie , C. et al. Hydroxyurea use in prevention of stroke recurrence in childrenwith sickle cell disease in a developing country: a cost effectiveness analysis. Pediatr Blood Cancer. v. 62, n. 10, p. 1862-1864, 2015. Ferrone, F. A. Sickle cell disease: Its molecular mechanism and the one drug that treats it. Int J Biol Macromol. v. 93, 2016. Freire, M. R. H. D. S. et al. O impacto da anemia falciforme na vida de adolescente. Cogitare Enfermagem, v. 20, n. 3, p.548-555, jul./set. 2015. Gesteira, E. C. R.; Bousso, R. S.; Rodarte, A. C. Uma reflexão sobre o manejo familiar da criança com doença falciforme. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 6, n. 3, 2016. Grosse, S.D.; Olney, R.S.; Baily, M.A. The cost effectiveness of universal versus selective newborn screening for sickle cell disease in the US and the UK: a critique. Appl Health Econ Health Policy. v 4, 2005. Jordan L. C. Children with sickle cell anemia with normal TCD and without silent infarcts have a low incidence of new strokes. Am J Hematol. v.93, n. 6, 2018. Kauf, T. L. et al. The cost of health care for children and adults with sickle cell disease. Am J Hematol, v. 84, p. 323-27. 2009. Martins, M. M. F; Teixeira, P. C. M. Análise dos gastos das internações hospitalares por anemia falciforme no estado da Bahia. Cadernos Saúde Coletiva, v. 25, n. 1, 2017. Moraes, E. et al. Conceitos introdutórios de economia da saúde e o impacto social do abuso de álcool. Rev Bras Psiquiatr. v. 28, n. 4, 2006. Nietert, P. J.; Silverstein, M. D.; Abboud, M. R. Sickle cell anemia: Epidemiology and cost of illness. Pharmacoeconomics, v. 20, n. 12, p. 853-853, 2012. Piel, F. B. et al. Global epidemiology of sickle haemoglobin in neonates: a contemporary geostatistical model-based map and population estimates. The Lancet, v. 381, n. 9861, p. 142-151, 2013a. PIEL, F. B. et al. Global burden of sickle cell anaemia in children under five, 2010–2050: modelling based on demographics, excess mortality, and interventions. PLoS medicine, v. 10, n. 7, p. e1001484, 2013b. Piel, F. B.; Steinberg, M. H.; Rees, D. C. Sickle Cell Disease. New England Journal of Medicine, v.376, 2017, p.1561–1573. Schatz, J. et al. Neurodevelopmental screening in toddlers and early preschoolers with sickle cell disease. Journal of child neurology, v. 23, n. 1, p.44-50, 2008. Sato, R. C.; Zouain, D. M.. Modelos de Markov aplicados a saúde. Einstein, v. 8, n. 3, p. 376-79, 2010. Schatz, J. et al. Cognitive functioning in children with Sickle Cell Disease: a meta-analysis. Journal of Pediatric Psychology, Oxford, UK, v. 27, n. 8, p.739–748, 2002. Snowden, J. A. et al. Haematopoietic SCT in severe autoimmune diseases: updated guidelines of the European Group for Blood and Marrow Transplantation. Silva, E. N., Silva, M. T. e Pereira, M. G. Modelos analíticos em estudos de avaliação econômica. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. v. 25, n. 4, p. 855-858, 2016. Switzer, J. A. et al. Pathophysiology and treatment of stroke in sickle-cell disease: present and future. Lancet Neurol. v. 5, n. 6, 2006. Telen, M. J. Biomarkers and recent advances in the management and therapy of sickle cell disease. Faculty Rev. v. 4, 2015. Venkataraman, A.; Adams, R. J. Neurologic Complication os Sickle cell disease. Handb clin neurol., n 120, p.1015-1025, 2014.