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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 2242835


2242835

Compreensão das desigualdades sociais na formação de enfermagem

Autores:
Elen Cristiane Gandra|elengandra@yahoo.com.br|enfermeiro|mestre Em Enfermagem, Doutoranda Em Enfermagem.|enfermeiro|prefeitura Municipal de Betim. Aben- Mg, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (ufmg) ; Kênia Lara Silva|kenialara17@gmail.com|enfermeiro|doutora Em Enfermagem. Docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (ufmg)|docente Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (ufmg)|escola de Enfermagem da Uni ; Rafaela Siqueira Costa Schreck|rafaelasiqcosta@yahoo.com.br|enfermeiro|mestre Em Enfermagem, Doutoranda Em Enfermagem.|docente Na Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Docente No Centro Universitário Unifemm - Sete Lagoas.|escola de Enfermagem da Un ; Letícia Luiza Ferreira Silva|leticiaferreirapl@gmail.com|enfermeiro|graduando de Enfermagem|bolsista de Iniciação Científica do Núcleo de Estudos E Pesquisas Sobre O Ensino E A Prática de Enfermagem (nupepe)|escola de Enfermagem da Universidade Federal de ; Rayssa Assunção Guimarães|rayssaaguimaraes@gmail.com|enfermeiro|graduando de Enfermagem|bolsista de Iniciação Científica do Núcleo de Estudos E Pesquisas Sobre O Ensino E A Prática de Enfermagem (nupepe)|escola de Enfermagem da Universidade Federal de Min

Resumo:
**Introdução: **Na formação socioeconômica capitalista, as desigualdades sociais surgem como produto de um conjunto de relações na propriedade como um fato jurídico e político, em que o poder de dominação origina as desigualdades1. Consideramos que os profissionais de enfermagem, defensores do cuidado à vida são experientes na atuação em contextos de vulnerabilidade e defesa de relações de poder mais democráticas, e capaz de atuar na redução da desigualdade social2. Contudo, torna-se necessário entender como a enfermagem tem atuado na compreensão das desigualdades. **Objetivos: **analisar os sistemas de compreensão das desigualdades sociais na formação e na produção do cuidado de enfermagem. **Métodos: **Pesquisa descritivo-exploratória, qualitativa ancorada no referencial teórico-metodológico da dialética marxista. Neste ensaio retrata a identificação dos sistemas de compreensão das desigualdades sociais na formação de enfermagem no Brasil**, **por meio de entrevistas com lideranças estudantis, submetidos à Análise de Discurso Crítica4. **Resultados:** Apreendemos três categorias empíricas: 1)O distanciamento do entendimento sobre a desigualdade social e a sua aplicação no fazer da enfermagem: A práxis no trabalho da enfermagem ainda está direcionado aos processos assistenciais da enfermagem e pouco atuante nas desigualdades sociais. Para superação requer extrapolar o tecnicismo, adotando tecnologias leves na busca pelo cuidado avançado e na compreensão pelo enfermeiro do seu compromisso social. 2)Competências para o desenvolvimento da desigualdade social: advocacy, humanização, sensibilidade, educação em saúde, empatia, altruísmo, ter o entendimento de política, liderança, comunicação e discernimento. 3)Aprendizagem em serviço/comunidade e Militância estudantil: as competências poderão ser apreendidas com grande destaque na educação experiencial baseada na aprendizagem em serviço, assim como aproximação com espaços de militância, movimento estudantil, diretório acadêmico e associações da categoria. Há uma responsabilização do aluno na busca desses espaços. **Conclusão: **É necessário a criação de espaços de discussão acerca da compreensão das desigualdades sociais durante a formação profissional do Enfermeiro, extrapolando aos movimentos de militância social. **Implicações para enfermagem:** Acredita-se na relevância dessa temática para a consolidação da prática avançada em enfermagem nos diversos contextos de vulnerabilidade e para a defesa de relações de poder mais democráticas e emancipatórias.


Referências:
REFERÊNCIAS: 1. BIHR, A; PFEFFERKORN, R. Le Système des Inégalités, Paris, La Découverte, 2008. 2. CARVALHO, V. Sobre a Associação Brasileira de Enfermagem – 85 anos de história: pontuais avanços e conquistas, contribuições marcantes, e desafios. Rev Bras Enferm, Brasília, v. 65, n. 2, p.207-214, 2012. 3. CATTANI, AD. Desigualdades socioeconômicas Brasil/Canadá: um estudo a partir dos extremos. Interfaces Brasil/Canadá. v. 6, n. ½, p. 49-73, 2006. 4. FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Tradução de I. Magalhães. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008. 5. FONSECA, RMGS. O Materialismo Histórico e Dialético como teoria e método para a compreensão dos fenômenos sociais. São Paulo: Escola de Enfermagem da USP, 1994. 6. LORENZETTI, J; PIRES, DE; SPRICIGO, J; SCHOELLER, SD. Unidade de ação: um desafio para a enfermagem brasileira. Enfermagem em Foco, v. 3, n. 3, p. 152-154, 2012. 7. SILVA, KL et al. Educação em Enfermagem e os desafios para a promoção da saúde. Rev. Bras. Enferm., v. 62, n. 1, p. 82-91, 2009.