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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 2004117


2004117

PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES COM SÍFILIS DE CAMPO GRANDE - MS

Autores:
Rodrigo Guimarães dos Santos Almeida|rgclaretiano@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Ciências da Saúde|docente|instituo Integrado de Saúde de Saúde - Universidade de Mato Grosso do Sul. ; Cássia de Paula Pires|cassia_ppires@hotmail.com|enfermeira|bacharel Em Enfermagem|mestranda do Programa de Pós-graduação Em Doenças Infecciosas E Parasitárias|universidade de Mato Grosso do Sul. ; Caroliny Oviedo Fernandes|caroliny.oviedo@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|residente do Programa de Enfermagem Obstétrica do Instituo Integrado de Saúde de Saúde|universidade de Mato Grosso do Sul ; Everton Falcão de Oliveira1|efalcao.oliveira@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Ciências da Saúde|docente|instituo Integrado de Saúde de Saúde - Universidade de Mato Grosso do Sul.

Resumo:
**INTRODUÇÃO:** A sífilis é uma doença infectocontagiosa, decorrente da infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, e caracteriza-se pela ocorrência de manifestações cutâneas e sistêmicas. O diagnóstico e tratamento são realizados por meio de testes treponêmicos e não treponêmicos e uso de penicilina benzatina. Nos últimos anos, a sífilis se tornou um grande problema de saúde pública, com cerca de dois milhões de gestantes infectadas anualmente em todo o mundo. A sífilis durante a gestação pode ser ainda mais grave, a sífilis congênita. Esta tem sido causa de mais de 300 mil óbitos fetais e neonatais e mais de 215 mil crianças com morte prematura.  **OBJETIVO:** Descrever o perfil epidemiológico e clínico das gestantes com diagnóstico de sífilis atendidas na rede municipal de saúde de Campo Grande, MS no período de 2011 a 2017.  **MÉTODO:** Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo com dados secundários de fichas de notificação do SINAN, com dados fornecidos pela Secretária Municipal de Saúde Pública (SESAU). Foram incluídos 2056 casos. **RESULTADOS:** Predominância dos casos ocorreram em mulheres de 20 a 29 anos (1034/50,3%), pardas (1289/62,7%), com até 9 anos de estudo (843/41%), diagnosticadas no primeiro trimestre gestacional (714/34,7%), porém, com alto de risco de reinfecção por tratamento inadequado tanto dela mesma (846/41,1%), quanto do tratamento do parceiro (1487/72%). É imprescindível a formação de vínculo entre profissional e o binômio gestante-parceiro, evidenciando a importância da rede de atenção primária e de equipes de saúde comprometidas. **CONCLUSÃO:** A vulnerabilidade social, econômica e cultural influência na ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis. Apesar dos esforços para prevenção e controle da sífilis gestacional, esta continua sendo um problema de saúde pública na cidade de Campo Grande, o que foi evidenciado pela elevada incidência no período avaliado e denota possíveis falhas no acompanhamento de pré-natal, especialmente em populações vulneráveis.


Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2018. 248p. LIMA, V.C. et al. Perfil Epidemiológico dos Casos de Sífilis Congênita em um município de médio porte no nordeste brasileiro. J. Health Biol Sci, Ceará, v.5, n. 1, p. 56-61, 2017.