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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 2001081


2001081

CÂNCER DE MAMA E LINFEDEMA: POSSIBILIDADES DO CUIDADO DE ENFERMAGEM À MULHER NA VIVÊNCIA DO DUPLO TEMOR

Autores:
Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva|luandyjf@yahoo.com.br|enfermeiro|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal de Juiz de Fora ; Ivis Emília de Oliveira Souza|ivis@superig.com.br|enfermeiro|doutora|professora Titular|escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Marléa Chagas Moreira|marleachagas@gmail.com|enfermeira|doutora|professora Associada.|escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro ; Anna Maria de Oliveira Salimena|anna.salimena@ufjf.edu.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Titular|universidade Federal de Juiz de Fora ; Thaís Vasconselos Amorim|thaisamorim80@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora|universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo:
CÂNCER DE MAMA E LINFEDEMA: POSSIBILIDADES DO CUIDADO DE ENFERMAGEM À MULHER NA VIVÊNCIA DO DUPLO TEMOR Objetivo: Analisar o movimento existencial da mulher desde o diagnóstico de câncer de mama até o surgimento do linfedema de modo a favorecer o processo de cuidar em enfermagem. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem fenomenológica em Martin Heidegger. Foram entrevistadas 13 mulheres com linfedema por câncer de mama, no período de janeiro à março de 2016, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Constituíram-se cenários do estudo o Hospital Ascomcer, em Juiz de Fora, e o Hospital Cristiano Varella, em Muriaé, ambos em Minas Gerais.  A analítica existencial foi desenvolvida em dois momentos metódicos: compreensão vaga e mediana e hermenêutica. Resultados: Quando as mulheres se deparam com o diagnóstico de câncer de mama, emergem sentimentos negativos. Percebem-se limitadas com as repercussões da doença. Acreditavam que depois do tratamento cirúrgico seguido de quimioterapia, radioterapia e linfadenectomia, estariam curadas. O sofrimento foi intenso com os efeitos colaterais do tratamento como queda dos cabelos, mal-estar, irritação, náuseas, vômito, falta de apetite e perda de peso. Assustaram-se ao perceber o braço inchado pelo linfedema, e suas atividades ficaram restritas. Buscam estratégias para disfarçar a deformação. O _ser-aí-mulher_ mostrou-se no movimento existencial do _temor _heideggeriano revelado em suas modalidades constituintes de _pavor, horror e terror_.  Conclusões: a vivência da mulher, a partir do diagnóstico de câncer de mama até o surgimento de complicações como o linfedema, apresenta marcas que vão além do físico e que ficam veladas no modelo assistencial que não contempla a subjetividade. Contribuições para a enfermagem: O presente estudo evidencia a importância da enfermagem dar voz à mulher que precisa ser ouvida e assistida em suas necessidades e particularidades mediante um cuidado que considere sua singularidade existencial.


Referências:
Paiva ACPC. Desvelando o ser-aí-mulher-que-vivencia-o-linfedema-por-câncer-de-mama: contribuições da fenomenologia para o cuidado em saúde [tese]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery- UFRJ; 2017.