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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 1982005


1982005

CONSULTA DE ENFERMAGEM A PACIENTE SURDA MEDIADA POR INTÉRPRETE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores:
Juliana de Pontes Nobre|jupnobre@hotmail.com|enfermeiro|especialista|estudante|uece ; Renata Di Karla Diniz Aires|enf_renataaires@hotmail.com|enfermeiro|especialista|estudante|uece ; Karla Corrêa Miranda Lima||enfermeiro|phd|professor|uece

Resumo:
**Introdução:** A audição é um dos principais canais de informação do ser humano por estar relacionado ao pensamento, memória e raciocínio1. Considerando os direitos humanos, a pessoa com deficiência deve desfrutar de todas as condições necessárias para seu desenvolvimento2. Quando o deficiente auditivo procura atendimento na saúde, encontra barreiras, já que maioria dos profissionais não está preparada para atender este público, geralmente o surdo precisa de intérprete para relatar suas queixas. A comunicação é uma necessidade humana básica, determinando o atendimento da área expressiva de assistência ao paciente. Através de uma comunicação bem-sucedida é definido se o atendimento será de qualidade e humanizado3. A inquietação sobre a importância da comunicação nas consultas de enfermagem aos pacientes surdos, surgiu após o relato da paciente durante a consulta. **Objetivo:** Descrever a experiência da autora no atendimento de uma paciente surda na consulta de enfermagem. **Metodologia:** Relato de experiência sobre a vivência da autora em uma consulta de enfermagem na prevenção do câncer de colo uterino realizada em abril de 2019, auxiliada por uma tradutora de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). **Resultados:** Após as etapas da consulta de enfermagem (anamnese, exame físico e ginecológico) a paciente relatou que nunca passara por atendimento tão inclusivo, recebeu informações sobre sua saúde e pode tirar dúvidas que surgiram. “A melhor consulta da minha vida”, segundo ela. **Conclusão:** Urge a necessidade de prestar um atendimento adequado aos deficientes auditivos, porém existem poucos enfermeiros qualificados para tal, havendo dependência do intérprete, nem sempre disponível. O aprofundamento profissional sobre a compreensão da LIBRAS, além da disponibilidade de intérpretes facilitaria a comunicação, garantindo atendimento qualificado para pacientes surdos.** Contribuições/Implicações para enfermagem: D**espertar o interesse dos enfermeiros sobre a LIBRAS, segunda língua oficial no país, proporcionando autonomia profissional.


Referências:
1. Capelli JCS et al. A pessoa com deficiência auditiva: os múltiplos olhares da família, saúde e educação. Porto Alegre: Rede Unida; 2016. 321 p. 2. Brasil. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York em 30 de março de 2007. Diário Oficial da União. 25 de agosto de 2009. Acesso em: 06 de maio 2019. 3. Oliveira ECP, Andrade EGS. Comunicação do profissional de enfermagem com o deficiente auditivo. REVISA. 2016; 5(1):30-8.