1962983 | VÍNCULO DE TRABALHO PRECÁRIO NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA: UM FATOR DE RISCO PSICOSSOCIAL | Autores: Daniel da Silva Granadeiro|nielump@hotmail.com|estudante de Graduação E Pós-graduação|mestre|professor|centro Universitário Augusto Motta ; Elias Barbosa de Oliveira|eliasbo@oi.com.br|enfermeiro|doutor|professor|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Joanir Pereira Passos|joppassos@hotmail.com|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ; Norma Valéria Dantas de Oliveira Souza|norval_souza@yahoo.com.br|enfermeira|doutora|professora|universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Resumo: VÍNCULO DE TRABALHO PRECÁRIO NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA: UM
FATOR DE RISCO PSICOSSOCIAL
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) compõe a assistência e a
remoção de usuários em situação de urgência e emergência, tendo como objetivo
a redução da morbimortalidade das vítimas atendidas. _**Objetivo**_: Descrever
as repercussões da precarização do trabalho para a saúde do trabalhador do
SAMU. **_Método_**: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, tendo como
campo de pesquisa um SAMU localizado em um município da Baixada Fluminense no
estado do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 11 enfermeiros, 02 médicos e
05 técnicos de enfermagem. Para a coleta de dados foi utilizado o roteiro de
entrevista semiestrutura contendo 12 perguntas acerca do objeto do estudo, que
após transcrição, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin
(2011) e discutidos à luz da Psicodinâmica do Trabalho (DEJOURS, 2012).
**_Resultados_**: Fica evidenciado a insegurança e a desproteção social como
fator de risco psicossocial à saúde do trabalhador. Os trabalhadores se
ressentem pelo fato de o vínculo temporário não garante nenhum tipo de
proteção social, gerando quadros de sofrimento psíquico evidenciados diante de
sentimentos e expressões de medo, insegurança, impotência e de desvalorização.
Acrescenta-se a angústia frente à possibilidade da perda do emprego com
repercussões psicossociais fora também do ambiente de trabalho.
**_Conclusão_:** O trabalho precário é um fator de risco psicossocial por
acarretar implicações para a saúde do trabalhador e para o serviço de
atendimento móvel de urgência, por interferir na qualidade e na continuidade
de um serviço essencial à população. **_Implicações:_** O trabalho precário
tem sido identificado como obstáculo para o desenvolvimento do sistema público
de saúde, pois a flexibilização compromete a relação dos trabalhadores com a
organização e prejudica a qualidade e a continuidade de serviços essenciais
como o SAMU.
Referências: ALVES, S.M.P., BORGES, L.H., MASSARONI, L., COELHO, M. C. R., MARCIEL, P. M. A. flexibilização das relações de trabalho na saúde: a realidade de um Hospital Universitário Federal. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n.10, p. 3043-3050, 2015.
AQUINO, C. A. B., SABÓIA, I.B., MELO, P. B., CARVALHO, T. A., XIMENES, V. M. Terceirização e saúde do trabalhador: uma revisão da literatura nacional. Revista Psicologia: organização e trabalho, Brasília, DF, v. 16, n. 2, p.130-142, abr./jun. 2016
AZEVEDO, M.C.,TONELLI, M.J. Os diferentes contratos de trabalho entre trabalhadores qualificados brasileiros. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, Edição Especial, p.191-220, mai./jun. 2014.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
DEJOURS, C; ABDOUCHELI, E.; JAYET, C. Psicodinâmica do Trabalho: Contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo, Editora Atlas S.A, 2012. |