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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 1942227


1942227

REPRODUÇÃO DA MASCULINIDADE APREENDIDA NA INFÂNCIA/ADOLESCÊNCIA: HISTÓRIA ORAL DE HOMENS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONJUGAL

Autores:
Nadirlene Pereira Gomes|nadirlenegomes@hotmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Associada I|escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia ; Andrey Ferreira da Silva|silva.andrey1991@hotmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|pesquisador|universidade Federal da Bahia ; Jéssica Damasceno de Santana|jdsantana963@gmail.com|enfermeira|mestranda Em Enfermagem|pesquisadora|escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia ; Julia Renata Fernandes de Magalhães|julinha_cte@hotmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|pesquisadora|escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia ; Álvaro Pereira|alvaro_pereira_ba@yahoo.com.br|enfermeiro|doutor Em Filosofia da Enfermagem|professor Titular|escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia

Resumo:
**Objetivo: **Compreender quais elementos constitutivos da masculinidade foram ensinados na infância/adolescência e reproduzidos por homens em situação de violência conjugal. **Método: **Estudo qualitativo que utilizou-se como referencial metodológico a História Oral de Vida. Foram realizadas entrevistas, nos meses de abril e julho de 2018, com 13 homens em processo criminal por violência conjugal vinculado a segunda Vara de Violência pela Paz em Casa do município de Salvador, Bahia, Brasil. Os dados foram sistematizados de acordo com os passos preconizados pela análise de conteúdo temática categorial e interpretados à luz do referencial teórico sobre masculinidade. Vale salientar que a pesquisa foi realizada mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia, sob o parecer de número 877.905. **Resultados: **As narrativas revelam que durante o processo de interação com as figuras masculinas representativas, em especial os pais, os homens aprenderam e reproduziram constructos do ‘ser homem’, como: infidelidade, supervalorização do trabalho, provisão da casa; imposição de normas familiares e detenção do poder sobre a cônjuge. **Conclusões: **Considerando que estes constructos se encontram arraigados no modelo hegemônico podem estar justificando a transgeracionalidade da violência conjugal, existe a necessidade de ações preventivas com enfoque no comprometimento soc0ial, financeiro e para a saúde. **Implicações para a enfermagem: **A apreensão desses constructos apreendidos na infância favorece a criação de práticas de educação em saúde que favoreçam a redução da violência conjugal.


Referências:
Connell RW, Messerschmidt JW. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Rev. Estud. Fem. [Internet] 2013 [cited 2018 Nov 23]; 21(1): 241–82. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2013000100014&lng=pt&tlng=pt –. Paixão GPN, Pereira A, Gomes NP, Sousa AR, Estrela FM, Silva Filho, U. R. P et al. Naturalização, reciprocidade e marcas da violência conjugal: percepções de homens processados criminalmente. Rev. Bras. Enferm. 2017; 70(6).