Imprimir Resumo


20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 1825068


1825068

ESTUDO DE COMPORTAMENTOS, ATITUDES, PRÁTICAS E PREVALÊNCIA PARA O HIV, SÍFILIS E HEPATITES B E C ENTRE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS NA CIDADE DE MANAUS – AMAZONAS

Autores:
Lucília de Fátima Santana Jardim|enfermeiralucilia@gmail.com|enfermeira|mestranda Pela Escola de Enfermagem de Manaus - Universidade Federal do Amazonas, Especialização Em Gestão Estratégica de Políticas Públicas Pela Unicamp|enfermeira Assistencial|escol ; Carlos Augusto Velasco de Castro|velasco.de.castro@gmail.com|biomédico|doutorado Em Pesquisa Clínica Em Doenças Infecciosas Pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas-ini/fiocruz. Tecnologista Sênior No Instituto Nacional de Saúde da Mulher, D ; Leonardo Soares Bastos|lsbastos.focruz@gmail.com|pesquisador Em Saúde Pública Na Área de Métodos Estatísticos do Programa Computação Científica (procc) da Fundação Oswaldo Cruz/rj. Trabalha Com Desenvolvimento E Aplicação de Modelos Hierárquicos Bayesiano ; Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos|francisco.inacio.bastos@hotmail.com|médico Pesquisador|doutorado Em Saúde Pública Pela Fundação Oswaldo Cruz E Pesquisador Titular da Fundação Oswaldo Cruz. Estágio de Pós- Doutorado/pesquisador Visitante Na Ale

Resumo:
**Objetivo**: Conhecer comportamentos, atitudes e práticas entre travestis e mulheres trans da cidade de Manaus e estimar prevalência para HIV, Sífilis e Hepatites B e C. **Método**: Amostragem adotou o método Respondent-Driven Sampling (RDS), que pode ser considerada uma variante da amostragem em cadeia, onde os indivíduos da população sob estudo recrutam seus pares. O estudo foi realizado de fevereiro a maio de 2017 e consistia na aplicação de questionário sócio demográfico e coleta de sangue para testagem de HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Para análise dos dados, adotou-se o RDS_B e as estimativas serão apresentadas com seus respectivos intervalos de credibilidade a 95%. **Resultados**: Ao todo foram realizadas 230 entrevistas. A maior parte das entrevistadas (58,35% [IC95%]) se identificou com o gênero travesti e informou ter ensino médio completo (57,1% [IC95%]). Quase a metade (49,11% [IC95%]) informou o trabalho como profissional do sexo como fonte de renda nos 30 dias anteriores a entrevista; A prevalência de HIV encontrada no estudo foi de 26,13% (IC95%) e 28,50% (IC95%) para Sífilis. Para HBV e HCV não foram calculadas prevalências, pois foram encontrados poucos casos (de 1 a 5) o que gerariam estimativas pouco precisas. Sobre obtenção de insumos nos 12 meses anteriores a entrevista, 76,82% (IC95%) disseram que conseguiram preservativos nas Unidades de Saúde e 18,0%(IC95%) disseram que compraram. **Conclusão**: Altas prevalências das IST estudadas evidenciam o contexto de vulnerabilidade e risco no qual a população está inserida. **Contribuições ou implicações para a Enfermagem**: os resultados podem subsidiar elaboração de políticas públicas e recomendações detalhadas para cuidado e manejo da população de travestis de mulheres transexuais.


Referências:
Baral SD, Poteat T, Strömdahl S, et al. Worldwide burden of HIV in transgender women: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis 2013;13:214–22. Bastos FI, Bastos LS, Coutinho C, Toledo L, Mota JC, Velasco-de-Castro CA, Sperandei S, Brignol S,Travassos TS, Dos Santos CM, Malta MS; “Divas Research Group”. HIV, HCV, HBV, and syphilis among transgender women from Brazil: Assessing different methods to adjust infection rates of a hard-to-reach, sparse population. Medicine (Baltimore) 2018;97(1S Suppl 1):S16-S24. Benzaken AS, Sabidó M, Galban EG, Pedroza V, Vasquez F, Araújo A, Peeling RW, Mayaud P. Field evaluation of the performance and testing costs of a rapid point-of-care test for syphilis in a redlight district of Manaus, Brazil. Sex Transm Infect. 2008 Aug;84(4):297-302 Costa AB, Fontanari AM, Jacinto MM, et al. Population-based HIV prevalence and associated factors in male-to-female transsexuals from Southern Brazil. Arch Sex Behav 2015;44:521–4. Gelman A, Su Y-S. arm: Data Analysis Using Regression and Multilevel/ Hierarchical Models. R package version 1.8-5, 2015. Gile KJ. Improved inference for respondent-driven sampling data with application to HIV prevalence estimation. J Am Stat Assoc 2011; 106:135–46. Goel S, Salganik MJ Respondent-driven sampling as Markov chain Monte Carlo Stat Med 2009; 30;28(17):2202-29. Goel S, Salganik MJ. Assessing respondent-driven sampling. Proc Natl Acad Sci U S A 2010; 13;107(15):6743-7. Goffman E. The Presentation of Self in Everyday Life. Anchor Books Ed. New York, 1959. Goffman E. Stigma: Notes on the Management of Spoiled Identity. Simon & Schuster Ed. New York, 1986. Grinsztejn B, Jalil EM, Monteiro L, et al. Transgender Study TeamUnveiling of HIV dynamics among transgender women: a respondent-driven sampling study in Rio de Janeiro, Brazil. Lancet HIV 2017;4:e169–76. Handcock MS, Fellows IE, Gile KJ. (2012) RDS: Respondent-Driven Sampling, Version 0.8-1. Project home page at http://hpmrg.org, URL https://CRAN.R-project.org/package=RDS. Handcock MS, Gile KJ, Mar CM. Estimating hidden population size using Respondent-Driven Sampling data. Electron J Stat. 2014;8(1):1491-1521. Khan B, Dombrowski K, Saad M, McLean K, Friedman S. Network Firewall Dynamics and the Subsaturation Stabilization of HIV. Discrete Dyn Nat Soc. 2013 Jan 1;2013:720818. Poteat TC, Keatley J, Wilcher R, et al. Evidence for action: a call for the global HIV response to address the needs of transgender populations. J Int AIDS Soc 2016;19(3 suppl 2):21193. Reisner SL, Poteat T, Keatley J, et al. Global health burden and needs of transgender populations: a review. Lancet 2016;388:412–36. Salganik MJ, Heckathorn D. Sampling and estimation in hidden populations using respondent-driven sampling. Sociol Methodol 2004;34:193–239. Salganik MJ. Commentary: respondent-driven sampling in the real world. Epidemiology 2012;23:148– 50. Silva-Santisteban A, Eng S, de la Iglesia G, et al. HIV prevention among transgender women in Latin America: implementation, gaps and challenges. J Int AIDS Soc 2016;19(suppl 2):20799. Tempalski B, Friedman R, Keem M, Cooper H, Friedman S. NIMBY localism and national inequitableexclusion alliances: The case of syringe exchange programs in the United States. Geoforum. 2007 Nov; 38(6): 1250–1263.