1714471 | AUTONOMIA DO PACIENTE NO PROCESSO DE VIVER COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO | Autores: Carla Lube de Pinho Chibante|carla-chibante@hotmail.com|enfermeira|doutorado|enfermeira|into ; Fátima Helena do Espírito Santo|fatahelen@hotmail.com|enfermeira|pós Doutorado|professora Titular|universidade Federal Fluminense |
Resumo: **Objetivo: **discutir o cuidado de enfermagem centrado no cliente com DCNT, como suporte e incentivo à autonomia para o autocuidado no âmbito da atenção hospitalar. **Método: **estudo qualitativo, descritivo do tipo etnográfico. A coleta de dados foi desenvolvida no período de janeiro a junho de 2017 com pacientes hospitalizados e equipe de enfermagem nas clínicas médica masculina e feminina do hospital universitário, mediante as técnicas de observação participante e entrevista semi-estruturada seguida de análise de conteúdo. **Resultados: **Foram realizadas 50 entrevistas, sendo 30 com profissionais da enfermagem e 20 com pacientes hospitalizados com DCNT. Os temas comuns emergentes foram agrupados em quatro categorias, dentre as quais: Autonomia e liberdade; autonomia e inform(Ação); autonomia e realiz(Ação); e autonomia e cultura. As entrevistas permitiram ouvir as pessoas em momentos de vulnerabilidades, adoecidas e sob o controle da equipe de saúde, além de perceber como era desenvolvido o cuidado junto a esses pacientes, a forma como eram estimulados o autocuidado, a autonomia e a competência para cuidar do outro. **Considerações Finais: **Assim, face aos resultados do estudo apreende-se a cultura do modelo biomédico centrado na doença e tratamento ainda é o norteador da prática da equipe de enfermagem que são guiadas por atendimento de necessidades do paciente por meio de procedimentos técnicos sem, entretanto, estabelecer intervenções para além do tratamento das doenças com ações efetivas que possibilitem a conquista do bem-estar e autonomia do paciente. **Contribuições ou implicações para a Enfermagem: **Uma vez que o cuidado desenvolvido no âmbito hospitalar ainda é fragmentado e centrado na cura da doença, pretende-se, porém, que este cuidado seja centrado na pessoa, com as suas expectativas, experiências, saberes e práticas e com valores atribuídos ao processo saúde-doença.
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