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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 1667790


1667790

ESTIGMA E CUIDADO DE ENFERMAGEM EM ELETROCONVULSOTERAPIA

Autores:
Ana Cláudia Wekmuller França|ana.claudia.w@hotmail.com|estudante de Graduação|acadêmico|estudante|ufrj ; Tatiana Marques dos Santos||enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira|eean/ufrj ; Juliana Cabral da Silva Guimarães||enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira|eean/ufrj

Resumo:
Uma técnica que sobrevive em tempos de reforma psiquiátrica no Brasil é a eletroconvulsoterapia (ECT), o que leva a equipe de enfermagem que atua em serviços de saúde mental a prestar cuidados à pessoas submetidas a mesma. O objetivo dessa pesquisa é analisar o cuidado de enfermagem à pessoas com transtornos mentais que realizam ECT, considerando o estigma associado a essa técnica. Metodologia: Estudo descritivo, qualitativo, para o qual foram realizadas entrevistas com três enfermeiros e dois técnicos de enfermagem que trabalham em uma enfermaria psiquiátrica de hospital geral. A análise baseou- se no conceito de estigma de Goffman. Resultados preliminares: a técnica de ECT é realizada em uma sala dentro da enfermaria equipada de acordo com o protocolo para a sua aplicação. Os usuários que fazem a ECT permanecem no setor por até 5 dias e são acompanhados por um técnico de enfermagem deslocado exclusivamente para esta atividade. As fases pré e pós ECT são acompanhadas pela equipe de enfermagem de plantão, nos horários em que o referido técnico, que é diarista, não está. Evidenciou-se que há por parte da equipe de enfermagem a escolha por não prestar cuidados no momento trans ECT, bem como de associar o tratamento à uma condição pior do usuário em relação aos demais. Ao informarem o motivo que os leva a não querer envolver-se na aplicação da ECT, os profissionais alegaram não ter tempo nem preparo. Considerações preliminares: O estigma em relação à ECT interfere na forma como os usuários são percebidos pela equipe de enfermagem e inferioriza este usuário diante da não compreensão da equipe de enfermagem sobre os critérios utilizados para sua indicação. Assim, são geradas relações de poder resultantes da estigmatização da ECT, que podem ser eliminadas com a devida capacitação da equipe de enfermagem.


Referências:
GUIMARÃES, J. C. S; PERES M. A. A.. PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL E A ELETROCONVULSOTERAPIA: CONSTRUÇÃO HISTÓRIA DO CUIDADO DE ENFERMAGEM (1989-2002). Rio de Janeiro, julho, 2015. GOFFMAN, Erving. Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.