1650397 | PADRÕES DE CONHECIMENTOS DA ENFERMAGEM DIFUNDIDOS NA IMPRENSA BRASILEIRA DE 1850 A 1929 | Autores: Ana Paula da Costa Lacerda Brandão|apclacerda@gmail.com|historiadora|mestranda Em Enfermagem|estudante|escola de Enfermagem Anna Nery- Ufrj ; Maria Angélica de Almeida Peres|angelica.ufrj@uol.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|docente|escola de Enfermagem Anna Nery- Ufrj ; Rafael Oliveira Pitta Lopes|pitta_rafael@hotmail.com|enfermeiro|doutorando Em Enfermagem|docente|professor Aloísio Teixeira - Ufrj - Campus Macaé ; Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense|pacitageovana@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|docente|professor Aloísio Teixeira - Ufrj - Campus Macaé ; Marcos Antonio Gomes Brandão|marcosantoniogbrandao@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|docente|escola de Enfermagem Anna Nery- Ufrj |
Resumo: INTRODUÇÃO: No Brasil, o modelo nightingaleano de cuidado com o conhecimento
de enfermagem nele comportado seria iniciado na década de 1920, com foco
sanitarista e de organização ambiental. Entretanto, Florence Nightingale já
era uma personalidade conhecida da sociedade brasileira desde sua atuação na
Guerra da Criméia. A questão que se coloca é a de que as matérias veiculadas
na imprensa abordando Nightingale poderiam conter elementos compatíveis com os
padrões de conhecimento da enfermagem, cabendo reconhecê-los e classificá-los.
OBJETIVOS: analisar matérias nos periódicos brasileiros associadas a Florence
Nightingale para identificar elementos compatíveis com padrões de conhecimento
da enfermagem moderna. MÉTODOS: Estudo de abordagem mista, com base na
perspectiva histórica, categorizando padrões de conhecimento da Enfermagem. Os
dados foram coletados na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e incluíram
todos periódicos de circulação no Brasil (1850 a 1919), com matérias
mencionando Florence Nightingale, utilizando para busca os termos:
“nightingal” e “nightingale”. As matérias foram submetidas a análise de
conteúdo e os elementos compatíveis com padrões de conhecimento foram
classificados por 04 pesquisadores. RESULTADOS: A análise quantitativa do
conteúdo identificou indícios interpretáveis como padrões de conhecimento em
71 matérias de 45 periódicos diferentes, com pelo menos um padrão de
conhecimento da Enfermagem, verificando-se a predominância de classificação do
padrão sócio político (51,7%), seguido pelo empírico (17,3%), estético
(13,3%), ético (12,1%) e pessoal (5,7%). A análise qualitativa de natureza
temática identificou os temas e assuntos compatíveis com cada padrão de
conhecimento, fornecendo uma estrutura detalhada de como Nightingale e a
enfermagem moderna nascente eram comunicadas para a sociedade. CONCLUSÃO:
Indícios dos padrões de conhecimento da enfermagem circulavam na imprensa
antes mesmo da profissionalização, servindo de base para a formação na
sociedade de um conceito sobre a natureza da prática da enfermagem moderna.
Referências: 1- Hegge M. Nightingale’s Environmental Theory. Nurs Sci Q [Internet]. 2013 Jul;26(3):211–9. Available from: http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0894318413489255
2- Padilha MIC de S. As representações da história da enfermagem na prática cotidiana atual. Rev Bras Enferm [Internet]. 1999 Sep;52(3):443–54. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671999000300014&lng=pt&tlng=pt
3- Mott ML de B. Revendo a história da enfermagem em São Paulo (1890-1920). Cad Pagu - gênero em gerações [Internet]. 1999;0(13):327–55. Available from: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8635331
4- Carper B. Fundamental patterns of knowing in nursing. ANS Adv Nurs Sci [Internet]. 1978 Oct;1(1):13–23. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/110216
5- Creswell JW, Clark VLP. Pesquisa de Métodos Mistos. 2. ed. Porto Alegre: Penso; 2011. [E-book].
6- Koffi K, Fawcett J. The Two Nursing Disciplinary Scientific Revolutions. Nurs Sci Q [Internet]. 2016 Jul 5;29(3):247–50. Available from: http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0894318416648782
7- Sanglard G, Ferreira LO. Caridade e filantropia: elites, estados e assistência à saúde Brasil. In: Teixeira LA, Pimenta TS, Hochman G, editors. História da Saúde no Brasil. São Paulo: Hucitec; 2018. p. 485. |