1449976 | AUTOMULTILAÇÃO NA SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Claudia Cristina da Silva Faustino|claudinhanurse@gmail.com|enfermeira.|mestranda Em Enfermagem do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Uerj.|enfermeira de Saúde da Família|uerj ; Anna Flávia Nascimento da Rocha|anna.edu23@gmail.com|enfermeira.|mestranda Em Enfermagem do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Uerj.|gerente de Saúde da Família|uerj ; Carlos Eduardo Gomes de Azevedo|educarla.eduardo36@gmail.com|enfermeiro.|pós-graduando Em Saúde da Família Em Faculdade Souza Marques.|enfermeiro de Saúde da Família|souza Marques ; Danielle Pinheiro Elias Silva|danielleelias@gmail.com|enfermeira.|mestranda Em Enfermagem do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Uerj.|enfermeira de Saúde da Família|uerj ; Tatiane Pereira de Melo|tatiane.pereiramelo@gmail.com|enfermeira.|mestranda Em Enfermagem do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Uerj.|enfermeira de Saúde da Família|uerj |
Resumo: Objetivo. Descrever as características dos adolescentes com comportamento de
automutilação, atendidos em uma unidade localizada na zona norte do Rio de
Janeiro, bem como as dificuldades e ferramentas de cuidado por parte dos
profissionais na saúde da família. Metodologia trata-se de um relato de
experiência, onde avaliamos os atendimentos realizados a esse publico. Foi
possível agrupar os principais fatores em comum e inferir fatores de risco
para realização da automutilação. Os dados foram analisados tendo por base
referencial teórico, que apresenta importante lacuna acerca de discussões
sobre o agravo no âmbito da APS. Resultados. A unidade é composta por 9
equipes de saúde da família e 01 NASF. Em 2018 identificamos o primeiro caso
de automutilação evidenciando a necessidade de matriciamento e articulação na
rede para o cuidado desses adolescentes. Pouco tempo após o primeiro caso foi
possivel verificar uma rede de adolescentes localizadas nas mesmas escolas ou
comunidades, trazendo para nós um novo desafio. O público atendido na unidade
é prioritariamente adolescente, feminino com história de: abuso físico/sexual;
separação dos pais; violência domestica; bullying ou problemas de identidade
de gênero. Automutilação é o comportamento que tem como intenção a agressão
ao próprio corpo sem clareza de pensamento em relação ao suicídio. Os
comportamentos autolesivos são uma questão de saúde pública que vem tendo
aumento importante no grupo de adolescentes e nas escolas. Os mesmos tem
tomado uma grande proporção diante dos avanços das redes sociais, onde alguns
adolescentes compartilham seus cortes e os sentimentos após o ato de
automutilação. Os profissionais da unidade frente ao desafio precisaram,
aumentar a atenção ao público adolescente, que pouco procura a unidade de
saúde, aumentar a vigilância por parte de toda equipe aos sinais de
automutilação, notificação do agravo, criação de um espaço terapêutico para
adolescentes e monitoramento dos casos em planilha compartilhada.
Referências: OTTO, SC; SANTOS, KA. O Tumblr e sua relação com práticas autodestrutivas: o caráter epidemico da autolesão. Psicologia Revista, 2016; dez. 25 (2): 265-88. ALMEIDA, RS; CRISPIM, MSS; SILVA, DS; PEIXOTO, SPL. A prática da automutilação na adolescência: o olhar da psicologia escolar / educacional. Ciencias Humanas e Sociais, 2018; mai. 4 (3): 147-60. TRINCO, ME; SANTOS, JC. O adolescente com alteração do comportamento no serviço de urgência estudo de um quadriénio. Revista Investigação em Enfermagem, 2015; nov. 1 (1):18-25. |