1282439 | HUMANISMO SARTREANO E LEVINASIANO NA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: IMPLICAÇÕES NAS URGÊNCIAS EM ATENÇÃO BÁSICA | Autores: Nelson dos Santos Nunes|nelson.santos06@gmail.com|enfermeiro|enfermeiro Intensivista, Enfermeiro do Trabalho, Mestrando Em Ensino Em Saúde|enfermeiro|universidade Federal Fluminense ; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva|roserosa.uff@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem; Doutora Em Psicologia, Doutora Em Filosofia|professora Titular|universidade Federal Fluminense ; Eliane Ramos Pereira|elianeramos.uff@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem, Doutora Em Psicologia|professora Titular|universidade Federal Fluminense ; Diomedia Zacarias Teixeira|diomedia39@yahoo.com.br|enfermeira|mestre Em Ciências do Cuidado; Especialista Em Saúde Indígena; Especialista Em Promoção da Saúde|enfermeira|universidade Federal Fluminense ; Sandra Conceição Ribeiro Chícharo|sandrarchicharo@gmail.com|enfermeira|mestre Em Ciências do Cuidado; Doutoranda Em Ciências do Cuidado; Especialista Em Terapia Intensiva|enfermeira|universidade Federal Fluminense |
Resumo: **Introdução.** Tensões, angústias e incertezas envolvem usuários e enfermeiros nas urgências em unidades básicas de saúde (UBS)1, implicando prioritariamente em intervenções biofísicas e na relativização e minimização das subjetividades dos usuários. Considerada a integralidade no Sistema Único de Saúde (SUS), o enfermeiro precisa se engajar no cuidado multidimensional e holístico e refletir a (re)humanização2 da assistência. O humanismo em Jean-Paul Sartre, da consciência do “para-si” na construção da liberdade humana3, contrasta com a Ética da Alteridade e do Rosto do Outro, em Emmanuel Lévinas4. Ambos podem fundamentar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)5 na busca do caráter humanista do cuidado. **Objetivos. **Propor a reflexão sobre o humanismo em Sartre e a alteridade em Lévinas como paradigmas teóricos estruturantes da SAE, para elaboração do cuidado nas urgências em UBS. **Métodos. **Pesquisa qualitativa, descritivo-exploratório e de metodologia fenomenológica. **Resultados e Discussão. **A capilaridade da UBS a aproxima do usuário em busca por atendimento de urgência. Nessas condições, o enfermeiro precisa estar sensível às demandas dos usuários nas suas dimensões biofísica, psíquica, social e espiritual. A consciência do “para-si” do enfermeiro no humanismo sartreano encontra ressonância na perspectiva da responsabilidade levinasiana, e ambas fundamentam seu engajamento na (re)humanização da assistência, operacionalizada através da SAE. No humanismo levinasiano, sua responsabilidade reside no apelo do Outro. Nessa perspectiva, o humanismo do cuidado se fundamenta nas demandas do Outro. **Conclusão. **Considerar a alteridade e as dimensões do humano no cuidado vai ao encontro da integralidade e da humanização da assistência. A consequente responsabilidade despertada ou reafirmada no enfermeiro suscita sua atitude profissional, orientada e conformada através da SAE. **Implicações para a Enfermagem**. Nessas perspectivas, as ações de cuidado, considerando a integralidade do humano e a (re)humanização, implicam numa renovação e reorientação de saberes, práticas e processos de trabalho, as quais também se constituem como desafios profissionais.
Referências: 1.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013 2.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 3. Sartre J.P. O existencialismo é um humanismo. Petrópolis, RJ: Vozes, 4ª ed 2014 84p 4. Lévinas E. Humanismo do outro homem. Petrópolis: Vozes, 2009 5. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 358, de 15 de outubro de 2009. Sistematização da assistência de enfermagem – SAE. Brasília 2009. |