16º SENPE debate pesquisa em Enfermagem
22/06/2011
Na manhã do dia 20 de junho, os participantes do 16º SENPE acompanharam a conferência “Interdisciplinaridade e a pesquisa em Enfermagem: implicações para o processo de cuidar e educar na graduação e na pós graduação em Enfermagem”, apresentada pela professora Maria Amélia de Campos Oliveira, do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).
Na palestra, Maria Amélia destacou que no trabalho interdisciplinar há forte interdependência entre as disciplinas e apropriação das abordagens de uma área pelos especialistas de outra área. Enfatizou que a pesquisa interdisciplinar utiliza a investigação, integrando informações e conceitos de várias especialidades, resolvendo problemas cujas soluções vão além dos objetivos de uma única área.
A conferencista falou que a interdisciplinaridade é utilizada tanto no ensino, quanto na pesquisa.
“No ensino, deve haver uma integração curricular e também uma articulação entre disciplinas que compõem o currículo das diversas áreas de formação. Já na pesquisa, a interdisciplinaridade se dá pela própria constituição integrada do sentido de um objeto”. Para ela, a palavra chave é sinergia, ou seja, o conhecimento deve abordar diversas áreas.
Outro ponto explanado foi sobre os requisitos necessários para que haja a interdisciplinaridade. Segundo ela, é preciso ter sensibilidade, atenção, atitude e coragem.
Maria Amélia ainda destacou que existem restrições na prática da interdisciplinaridade, porque há conhecimento limitado das diversas áreas. Além disso, a formação e prática acadêmica ainda são voltadas para a disciplina.
A professora ressaltou também que para haver interdisciplinaridade é indispensável que ela esteja fundada sobre a competência de cada especialista.
“É necessário que haja reconhecimento, por cada especialista, do caráter parcial e relativo de sua própria disciplina e seu enfoque, cujo ponto de vista é sempre particular e restritivo”, concluiu.