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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 9942794

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9942794

BIOSSEGURANÇA NA AÇÃO DE ENFERMAGEM: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS- SALVANDO VIDAS

Autores:
Mayane Soares Oliveira ; Livia Perasol Bedin ; Claudia Curbani Vieira Manola

Resumo:
Introdução O presente trabalho propõe estudar a biossegurança na ação de enfermagem tendo como foco a higienização das mãos. A falta de higienização das mãos pode causar sérios problemas, especialmente no ambiente hospitalar, pois é considerado um ato importante para prevenir e controlar infecção relacionadas à assistência à saúde (IRAS), pois pode reduzir bastante o número de casos de infecção hospitalar, apesar que existem campanhas educativas que enfatizam sobre a prevenção de acidentes, e especialmente sobre a higienização das mãos há uma baixa adesão das equipes multidisciplinares 1. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (2017)2, estabelece prioridades para prevenir as Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS) e obter ações preventivas, é importante que as equipes que prestam assistência principalmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estejam bem treinadas, com aulas presenciais e com simulações, esses profissionais devem ter uma educação continuada elaborada junto com o serviço de controle de infecção hospitalar (SCIH). O significado do termo higienização das mãos refere-se ao ato de lavamos às mãos, com água e sabão ou com fricção com álcool a 70 %. A lavagem das mãos com água e sabão ira eliminar a microbiota transitória da pele através da remoção mecânica. É o uso de álcool ira eliminar ou reduzir os microrganismos transitório e residente, pois a ação química e letal aos microrganismos 3 . Objetivo foi analisar o processo de higienização das mãos entre acadêmicos de enfermagem ingressantes e concluinte, de uma instituição de ensino superior localizada em Vitória -ES. Tendo como objetivos específicos, analisar os benefícios da higienização das mãos para a segurança do paciente, Identificar possíveis erros no processo de higienização das mãos e Discutir a adesão dos acadêmicos em relação a higienização das mãos. Metodologia Este trabalho trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa e exploratória, a qual foi utilizado como instrumento para coleta de dados um questionário contendo 10 questões de múltipla escolha. A amostra do estudo foi composta por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem do segundo e oitavo período, de uma instituição de ensino superior de Vitória/ES. O total de alunos que participaram da pesquisa foram 72 alunos, sendo 40 do oitavo e 32 do segundo período. Em relação ao instrumento de coleta de dados foi elaborado um questionário contendo 10 questões de múltipla escolha e para a melhor compreensão foi dividido em duas partes a primeira para todos os acadêmicos responderam e a segunda parte apenas para aqueles que trabalham na área da saúde ou que sejam técnicos de enfermagem ou que estejam cursando o 8º. Período. Foi elaborado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Católico de Vitória Santo, sob no. 092357/2017. Resultados O resultado da pesquisa entre os iniciantes e concluintes apontaram que o perfil dos estudantes eram na maioria do sexo feminino 79%, 40 estudantes entrevistados eram do oitavo período e 32 do 2º Período, totalizando 72 participantes. Dos 72 participantes 25 eram técnicos de enfermagem (34,6%), sendo 8 do 2º período e 17 do 8º período.  Em relação a higienização das mãos, verificou-se que 98,8% dos estudantes conhecem a importância da higienização para a prevenção de infecção relacionada assistência à saúde. Os autores Júnior, Boszczowski e Costa4 , relatam que a IRAS causadas pelos microrganismos resistentes tem gerado uma grande preocupação nos hospitais brasileiros que é quando o microrganismo tem resistência de mais de um antibiótico, é umas das principais vias de disseminação desses microrganismo multirresistentes  são por meio das mãos dos profissionais da área da saúde, que são adquirida  através do contado direto com o paciente colonizado ou infectado e com a superfície infectada esses microrganismo podem ser eliminados facilmente  com higienização das mãos. Em relação aos  momentos que devemos  higienizar as mãos as respostas dos estudantes, foram, dos 72 alunos, 48% marcaram todas as alternativas o restante marcou apenas uma ou duas alternativas como podemos verificar no resultado, 28 (38,8%) responderam que higienizariam as mãos antes e após de irem ao banheiro, 46 (63,8%) responderam que higienizariam as mãos entre os procedimentos, 19 (26,3%) responderam antes e após de iniciar um plantão, 24(33,3%) antes das refeições. Este dado é preocupante pois percebe-se ainda um número grande de aluno que ainda não está atento a higienização das mãos. As respostas dos estudantes em relação o maior responsável pela transmissão de infecção para o paciente também nos surpreendeu pois, 61,1% (44) responderam que as mãos são os principais meios para contaminação. O restante ainda não tem certeza se as mãos transmitem infecção. Em relação ao conhecimento sobre aos tipos de flora bacteriana e higiene das mãos, os estudantes marcaram a seguintes opções, 27(56,2%) marcaram que é a flora transitória, 2(4,1%) marcaram que é a flora residente, 16(33,3%) marcaram que a higienização das mãos combate tanto a flora residente quanto a transitória e 3(6,2%) marcaram que tanto a flora residente quanto a transitória não são eliminados com a higienização das mãos. No estudo observa- se que dos 48 acadêmicos questionados 27(56,2%) responderam corretamente que a higienização simples das mãos poderá eliminar toda a flora transitória, pode- se perceber uma falta de conhecimento do restante sobre o tipo de flora pois, responderam mais de uma alternativa deixando dúvidas sobre o conhecimento aprendido durante o curso ou durante o trabalho. Os autores Potter e Perry5  relatam que os pacientes em ambiente hospitalar podem adquirir uma infecção devido uma menor resistências ao microrganismo, e pelos procedimentos invasivos realizados no paciente, esses microrganismos podem ser espalhar através da mão dos profissionais da saúde quando não realizam a higienização das mãos. Em relação ao uso de adornos durante a higiene das mãos verificou-se que 41 (85,4%) responderam que retiram os adornos antes de higienizar as mãos e 7(14,5%) responderam que não retiram os adornos. Apenas responderam a questão os técnicos de enfermagem do 2º período (8) e todos do oitavo. De acordo com a Portaria GM n.1.748, de 30 de agosto de 2011, que descreve sobre a norma regulamentadora, NR 32 que tem por objetivo normas que visam a proteção e segurança dos trabalhadores no ambiente hospitalar, um dos parágrafos apresentados veda o funcionário a usar adornos como anéis, pulseiras, relógios entre outros, pois esses objetos poderão acumular microrganismo 6. Em relação a técnica correta obtivemos um resultado insatisfatório pois, 50% dos alunos erraram e 50% acertaram a técnica. Por último foram questionados sobre o motivo da não higienização das mãos e verificou-se que dos 48 (100%) 25 afirmaram falta de tempo, poucos profissionais no setor e esquecimento, 16 sempre lava as mãos, 7 diz que a instituição não oferece material para realização da técnica. Conclusão É importante lembrar que a técnica correta e a duração correta é essencial para que o processo da higienização das mãos seja eficaz, para evitar a disseminação do microrganismo para o paciente. Com este trabalho pretende-se mostrar que apesar de receberem informação sobre o procedimento ainda existe falha, desta forma, pode-se afirmar que a educação em serviço é importante que ela esteja presente no dia a dia do profissional, fazendo com que por meio dos treinamentos os sujeitos passem a adquirir bons hábitos e os façam regularmente. Ainda pode-se afirmar que é necessário e urgente reforçar a importância da higienização das mãos em todos os ambientes de saúde bem como, nas instituições de ensino.


Referências:
1 Mansur AP, Favarato D. Mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil e na região metropolitana de São Paulo: atualização 2011. Arq Bras Cardiol 2012;99(2):755-61. 2 Braga DF, Silvano GP, Pereira TFF, Schuelter-Treviso F, Trevisol DJ. Caracterização do perfil e complicações intra-hospitalares dos pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco em um hospital terciário. Sci Med. 2017;27(1):1-8.