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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 9892557

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9892557

USO DE PACIENTE HIBRIDO NO EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO (OSCE) NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Autores:
Adriana Cristina Franco ; Karyna Turra Osternack ; Ivete Palmira Sanson Zagonel ; Karin Rosa Persegona Ogradowski

Resumo:
**USO DE PACIENTE HIBRIDO NO EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO (OSCE) NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM** adri2303@brturbo.com.br _Adriana Cristina Franco _[1]__  Ivete Palmira Sanson Zagonel[2] Karin Rosa Persegona Ogradowski[3] Karyna Turra Osternack[4] **Introdução:** O câncer de mama é a primeira causa de morte entre as mulheres, tendo seu padrão de morbimortalidade permanecido elevado no Brasil¹; seguido pelo câncer de colo uterino, como segunda causa. A cada ano os indicadores mostram redução de morbimortalidade pouco significativa em nosso país. Soma-se a esta baixa redução, as lacunas enfrentadas pelas instituições formadoras para que o estudante possa desenvolver habilidades clínicas uma vez que se faz necessária a disponibilidade de pacientes para a realização da citologia oncótica de Papanicolaou. O ensino clínico de qualidade na Graduação em Enfermagem se faz primordial, pois o enfermeiro atua diretamente na prevenção e promoção da saúde, especialmente no contexto da saúde coletiva. A construção dos saberes por parte do estudante de enfermagem, advém em grande parte da experiência clínica, da observação, da reflexão sobre a prática que exige um permanente vaivém, um diálogo nos processos de interpretação, visando o autodesenvolvimento e a edificação sólida, como futuro enfermeiro². Nesta perspectiva o Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdades Pequeno Príncipe tem como estratégia avaliativa o Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE), que possibilita ao graduando vivenciar situações reais, para o alcance de competências, no ambiente protegido do Laboratório de Habilidades, com acompanhamento efetivo de docentes. **Descrição metodológica**: Entre as atividades desenvolvidas na disciplina de Processo de Cuidar em Ginecologia e Obstetrícia, durante o segundo semestre de 2017, implementou-se a inovação da utilização do paciente híbrido, ou seja, a adaptação do simulador de coleta de exame e do seio cobaia em estudantes voluntárias atuando como atrizes, o que possibilitou a avaliação de procedimento e técnicas de comunicação do graduando com as eventuais queixas do paciente simulado. Neste caso uma atriz, com o uso de suas vestimentas, adota a posição deitada sobre a maca ginecológica e utiliza o modelo anatômico da pelve entre as pernas, simulando um exame ginecológico real. A junção do corpo da atriz e o modelo anatômico foi encoberto por um lençol, simulando a posição correta da coleta do material. Neste caso específico o treinamento da atriz envolveu o aspecto emocional do exame e a necessidade de que o acadêmico avaliado na simulação, realizasse a comunicação verbal dos passos do exame tranquilizando a paciente (atriz), se caso não houvesse a comunicação ela faria verbalização de dúvida ou dor³. A tecnologia do paciente híbrido, utiliza um paciente simulado e um modelo anatômico, a fim de realizar o procedimento e também propiciar a comunicação efetiva4. **Resultados: **observou-se durante a avaliação de OSCE, as expressões verbais e faciais do paciente simulado, as quais deram sustentabilidade à prática e permitiu avaliar as reais condutas dos estudantes frente as queixas relatadas durante a realização da coleta do material ginecológico.  **Conclusão: **conclui-se que a utilização de paciente híbrido nesta prática, possibilitou um aprendizado significativo uma vez que, após o término de cada estação do OSCE, foi realizado o _feedback _pelas docentes envolvidas, apoiado em instrumento próprio. **Contribuições e implicações para Enfermagem**: apreendeu-se que a relação teórica–pratico solidifica o aprendizado e que as práticas simuladas ampliam as possibilidades didáticas, contribuindo para avaliar, compreender e refletir sobre as situações. A avaliação de competências deve ter uma finalidade formativa para a inclusão de melhores práticas de cuidados de enfermagem. Espera-se um vasto desenvolvimento de competências dos estudantes de enfermagem, numa perspectiva multidimensional incluindo requisitos dos domínios cognitivo, psicomotor e afetivo. O processo avaliativo durante a formação visa validar e reconhecer competências alcançadas pela aprendizagem. **DESCRITORES:** Ensino Superior; Educação em Enfermagem; Avaliação do Ensino. **TEMA: **Processo de Enfermagem: referencial teórico - metodológico, raciocínio clinico e sistema de linguagem. **_REFERÊNCIAS:_** 1          ZAPPONI, Ana Luiza Barreto; TOCANTINS, Florence Romijn; VARGENS, Octavio Muniz da Costa**. A detecção precoce do câncer de mama no contexto brasileiro. **Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2012 jul/set; 20(3):386-90. Disponível em: <>. Acesso em dez. 2013. 2          OLIVEIRA, P.C.M. **Auto eficácia específica nas competências do**** enfermeiro de cuidados gerais**: percepção dos estudantes finalistas do curso de licenciatura em enfermagem. Dissertação [Mestrado Administração e Planificação da Educação]. Universidade Portucalense Infante D. Henrique do Departamento de Ciências de Educação e do Património. Porto, 2010. 3          TEIXEIRA, Ilka Nicéia D’Aquino Oliveira; FELIX, Jorge Vinícius Cestari. **Simulação como estratégia de ensino em enfermagem: revisão de literatura. **Interface-Comunic, Saúde, Educ.,2011. 4          COSTA, Raphael Roniere de Oliveira; MEDEIROS, Soraya Maria de; MARTINI, José Carlo Amado, MENEZES, Rejane Maria Paiva; ARAUJO, Marília Souto. **O Uso da simulação no contexto da educação e formação em saúde e enfermagem: uma reflexão acadêmica.** Revista Espaço para a Saúde, Londrina, 2015 jan/mar; 16(1): 59-65. * * * [1] Enfermeira, Mestre. Docente dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) Responsável pelo Projeto de Extensão Mulher Saudável. E-mail: adri2303@brturbo.com.br [2] Enfermeira, Doutora. Diretora Acadêmica da FPP. Docente do Programa de Pós-Graduação Ensino nas Ciências da Saúde da FPP. [3] Enfermeira Doutoranda. Docente dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina da FPP. Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem da FPP. [4] Enfermeira. Mestre. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da FPP. Responsável pelo Projeto de Extensão Paciente Simulado da FPP.


Referências:
1. Dearmon V et a. Effectiveness of simulation-based orientation of baccalaureate nursing students preparing for their first clinical experience. J Nurs Educ [Internet]. 2013 [acesso em 02 mar 2018];52(1):29-38. 2. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n? 358 de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de Saúde Brasileiras. Brasília (DF): Conselho Federal de Enfermagem; 2009. 3. Brasil. Lei n. 7498, de 25 de Junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); 1986. 4. Gimenes FRE, Cassiani SHB. Segurança e qualidade dos cuidados. In: Martins JCA, Mazzo A, Mendes IAC, Rodrigues MA. A Simulação no ensino de enfermagem. Ribeirão Preto (SP): SOBRACEN; 2014. p. 39-51.