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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 9544356

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9544356

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS DE PACIENTES HOSPITALIZADOS POR MEIO DA NOC: ESTUDO PILOTO

Autores:
Melissa de Freitas Luzia ; Isabella Duarte Vidor ; Franciele Moreira Barbosa

Resumo:
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS DE PACIENTES HOSPITALIZADOS POR MEIO DA NOC: ESTUDO PILOTO Melissa de Freitas Luzia1 , Isabella Duarte Vidor2, Franciele Moreira Barbosa3 Amália de Fátima Lucena4 Introdução: As quedas representam um dos principais incidentes de segurança no ambiente hospitalar. Diante desse cenário, é fundamental o papel da enfermagem na prevenção desses eventos de forma a evitar ou diminuir danos através de intervenções efetivas. As intervenções educativas são importantes para promover o conhecimento do paciente com relação ao risco e as medidas preventivas além de estimular a mudança de comportamentos para evitar esse evento. A participação do paciente nas ações preventivas vem sendo cada vez mais enfatizada pelos programas mundiais de segurança, e a enfermagem necessita realizar esforços para que o paciente compreenda a sua vulnerabilidade, já que a adesão às medidas de prevenção está relacionada à forma como ele entende a sua situação de risco para queda. Por outro lado, também é fundamental avaliar a percepção do paciente e do seu familiar sobre a orientação ou a estratégia que lhes é fornecida pelo profissional de saúde, além de verificar o quão efetivas são. Os resultados de enfermagem (RE) da Nursing Outcomes Classification (NOC) estabelecem medidas e definições padronizadas e permitem avaliar a efetividade dos cuidados de enfermagem, tornando visível o impacto das suas ações. Essa mensuração demonstra se os pacientes estão respondendo adequadamente às intervenções de enfermagem, auxiliando a determinar se são necessárias mudanças no cuidado. No contexto da prevenção de quedas, a NOC apresenta diversos resultados que podem ser utilizados pelo enfermeiro para avaliar pacientes com risco de quedas. Dentre eles, destaca-se o “Conhecimento: Prevenção de Quedas (1821)” e o “Comportamento de Prevenção de Quedas (1909)”. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento e o comportamento de prevenção de quedas de pacientes hospitalizados através da aplicação de indicadores selecionados dos resultados da NOC “Conhecimento: Prevenção de Quedas (1821)” e “Comportamento de Prevenção de Quedas (1909)”. Descrição metodológica: Trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo realizado em um hospital universitário do sul do Brasil. Foram incluídos 20 pacientes com idade =18 anos, identificados como de alto risco para queda pela Morse Fall Scale (= 45 pontos), internados em unidades de internação clínicas e cirúrgicas há no máximo 24 horas.  Excluíram-se os pacientes com barreiras de comunicação, déficit cognitivo e confusão mental. A capacidade cognitiva foi avaliada através da aplicação do Teste de Fluência Verbal Semântica. Foram aplicados dez indicadores do RE “Conhecimento: Prevenção de Quedas (1821)”, ou seja, Uso correto de dispositivos de assistência (182801), Calçado adequado (182803), Uso correto de barras de apoio (182804), Quando solicitar assistência pessoal (182808), Uso de procedimentos seguros de transferência (182809), Razões para restrições (182810), Medicamento prescritos que aumentam o risco de quedas (182812), Doenças que aumentam o risco de quedas (182813)(182814), Mudanças na pressão arterial que aumentam o risco de quedas (182815) e Estratégias para caminhar de forma segura (182817) e  seis indicadores do RE “Comportamento de Prevenção de Quedas (1909)”, ou seja, Utiliza corretamente os dispositivos de assistência (190901), Utiliza, no banheiro, barras de segurança para apoio das mãos (190915), Utiliza calçado adequado para prevenir quedas (190910), Solicita auxílio físico para si (190923), Utiliza ações seguras durante a transferência (190919), Utiliza adequadamente a cama (190913). Os 16 indicadores selecionados dos REs foram aplicados com suporte das definições conceituais e operacionais previamente construídas para cada um dos mesmos de forma a balizar os escores atribuídos de acordo com a escala likert de 5 pontos da NOC, nenhum conhecimento a conhecimento extenso para o RE “Conhecimento: Prevenção de Quedas (1821)” e nunca demonstrado a consistentemente demonstrado para o RE “Comportamento de Prevenção de Quedas (1909)”. Os dados foram analisados pela estatística descritiva, com base na pontuação da escala. Os pacientes assinaram o TCLE e o estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da instituição sob o protocolo nº170279. Resultados e discussão: A idade média dos pacientes foi 64,5±18,8 anos, do sexo feminino, 14(70%), com mediana de 8 (5–13) anos de estudo e renda familiar de 4 (3-5) salários mínimos. A maioria dos pacientes eram aposentados, 15(75%), casados, 9 (45%), residiam com familiar, 8(40%), portadores de doenças cardiovasculares (74,1%), neurológicas (26%) e com média de 3 ± 1,8 comorbidades. O conhecimento dos pacientes sobre o “Uso correto de barras de apoio” foi moderado e sobre “Calçado adequado” e “Quando solicitar assistência pessoal”, limitado. “Razões para restrições”, “Medicamentos prescritos que aumentam o risco de quedas” e “Uso de procedimentos seguros de transferência”, limitado a nenhum conhecimento. Os comportamentos “Utiliza no banheiro barras de segurança para apoio das mãos” e “Utiliza calçado adequado para prevenir quedas” foi algumas vezes demonstrado. “Utiliza adequadamente a cama”, “Solicita auxílio físico para si” e “Utiliza ações seguras durante a transferência” foram nunca ou raramente demonstrados. Conclusão e contribuições para a enfermagem: A avaliação do conhecimento e comportamento dos pacientes sobre prevenção de quedas, através dos RE da NOC permite identificar se as orientações educativas foram compreendidas, quais delas necessitam ser reforçadas, além de verificar a efetividade das intervenções de enfermagem, contribuindo para nortear mudanças que auxiliem na segurança do paciente. Os pacientes apresentaram baixo conhecimento e um comportamento de prevenção de quedas pouco praticado. Portanto, há necessidade de investir em medidas educativas de prevenção de quedas, que promovam conhecimento e estimulem comportamentos seguros para os pacientes hospitalizados.


Referências:
Referências: 1. Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n. 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação em ambientes públicos e privados em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem e dá outras providências. Brasília, DF: COFEN; 2009.Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html 2. Nietsche EA, Backes VMS, Colomé CLM, Ceratti RN, Ferraz F. Tecnologias educacionais, assistenciais e gerenciais: uma reflexão a partir da concepção dos docentes de enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem. 2005; 13(3):344-53. 3. Andrade CR; Tadeu, LFR; Dutra, IR; Alvarenga, AW; Carvalho, WS; Oliveira, AG; et. al. Revisão e aplicabilidade de um software de sistematização da assistência no ensino de enfermagem. Rev. Min. Enferm. 2009;13(2): 183-192. 4 Silva RS, Almeida ARLP, Oliveira FA, Oliveira AS, Sampaio MRFB, Paixão GPN. Sistematização da assistência de enfermagem na perspectiva da equipe. Enferm. Foco. 2016; 7(2): 32-36. 5. Tamashiro LMC, Peres HHC. Desenvolvimento e avaliação de objetos de aprendizagem sobre administração de medicamentos por via intramuscular. Rev Latino-Am Enfermagem. 2014;22(5):716-23.