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9489775 | Assistência de enfermagem ao paciente em morte encefálica/potencial doador de órgãos e tecidos: principais diagnósticos de enfermagem | Autores: Ana Graziela Alvarez ; Aline Pestana Magalhães ; Sibele Schuantes ; Juliana Santos ; Neide da Silva Knihs |
Resumo: _INTRODUÇÃO:_ O paciente com diagnóstico clinico de Morte Encefálica (ME) é
considerado morto conforme Legislação brasileira, tornando-se assim, um
potencial doador de órgãos e tecidos (BRASIL, 1997). Após estabelecer a ME,
uma série de alterações fisiopatológicas favorece a parada cardíaca. Neste
sentido, o enfermeiro tem um grande desafio, planejar a assistência de
enfermagem a um paciente morto. OBJETIVO: Apresentar os principais
diagnósticos de enfermagem no cuidado ao paciente em ME/possível doador de
órgãos e tecidos. _DESCRIÇÃO METODOLÓGICA_: Trata-se de um estudo de abordagem
quantitativa, prospectiva e descritiva desenvolvido em dois hospitais de
referência em doação de órgãos e tecidos no sul do país. População:
prontuários de pacientes com diagnóstico de ME notificados a Central Estadual
de Transplantes como possíveis doadores de órgãos. Amostra: prontuários de
pacientes que foram notificados a Central de Transplantes entre janeiro de
2016 a janeiro de 2017. A definição deste período está relacionada com o fato
do início a sistematização do cuidado a esses pacientes nas referidas
instituições. Coleta de dados: foi analisado as principais alterações que
ocorreram com o paciente neste período, tais como: a alteração na pressão
arterial, hipotermia, débito urinário, alteração da glicemia, presença de
diabetes insípido e outros. Após identificação de todas as alterações e
problemas de enfermagem nos prontuários, as mesmas foram agrupadas e na
sequencia foram definidos os diagnósticos de enfermagem prioritários (NANDA,
2015). _RESULTADOS._ Foram identificados cinco diagnósticos de enfermagem
prioritários: 1°- Débito cardíaco diminuído, caracterizado pelo aumento da
pressão sistêmica, seguido da hipotensão sistêmica quando da descarga
adrenérgica, relacionado por alterações frequentes na pressão sistólica e
diastólica. 2° - Hipotermia, caracterizado pela ausência da função do centro
regulador da temperatura, relacionado por temperaturas frequentes abaixo de
35°C. 3° - Volume de líquidos deficiente, caracterizado pelo aumento na
concentração urinária devido à diminuição do hormônio antidiurético causado
pela lesão central do hipotálamo, fator relacionado perda ativa de volume de
líquido. 4° - Risco de glicemia instável, caracterizado pelo comprometimento
na produção de insulina, relacionado a alterações frequentes no resultado da
glicemia. 5° - Risco de perfusão cardíaca diminuída, relacionado por agentes
farmacológicos, hipovolemia e hipóxia, relacionado com presença de alteração
na frequência cardíaca. _CONCLUSÕES_: Por meio dos dados é possível perceber
que os diagnósticos identificados envolvem e direcionam o enfermeiro para a
realização do cuidado de enfermagem para manter a hemodinâmica deste
paciente.
_CONTRIBUIÇÕES:_ A utilização da sistematização do cuidado de enfermagem ao
paciente com diagnóstico de ME/potencial doador, é uma recomendação da
Resolução 292/2004 (COFEN, 2004). Acredita-se que este trabalho possa auxiliar
os enfermeiros no sentido de assegurar a utilização de diagnósticos de
enfermagem e contribuir para a estabilidade hemodinâmica e viabilidade dos
órgãos, além de melhorar as condições do enxerto a ser transplantado.
IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Uma das principais implicações desse estudo é
dar suporte ao enfermeiro frente ao cuidado efetivo a ser realizado. Além de
dar subsídio a esse profissional quanto a sistematização da seguindo os
parâmetros éticos, de planejar o cuidado a esse paciente de maneira
individualizada. (BIANCHI et al, 2015)
Referências: Referências: 1. Carvalho CMG, Cubas MR, Nóbrega MML da. Brazilian method for the development terminological subsets of ICNP®: limits and potentialities. Rev Bras Enferm. 2017; 70(2):430–5. 2. Garcia TR, Bartz CC, Coenen AM. CIPE®: uma linguagem padronizada para a prática profissional. In: Classificação Internacional para a prática de Enfermagem: CIPE® versão 2015. Porto Alegre: Artmed; 2016; p. 270. 3. Primo CC, Resende FZ, Garcia TR, Duran ECM, Brandão MAG. ICNP® terminology subset for care of women and children experiencing breastfeeding. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2018 [cited 2018 Jan 17]; 39(0). Available from: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/79533. 4. Primo CC, Brandão MAG. Interactive Theory of Breastfeeding: creation and application of a middle-range theory. Rev Bras Enferm. 2017; 70(6):1191–8. 5. Cubas MR, Koproski AC, Muchinski A, Anorozo GS, Dondé N de FP. Validação da nomenclatura diagnóstica de enfermagem direcionada ao pré-natal: base CIPESC® em Curitiba-PR. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(3):363–370. |