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9486810 | ADOLESCÊNCIA E AS BOAS PRÁTICAS QUE ENVOLVEM A SEXUALIDADE. | Autores: Regina Gema Santini Costenaro ; Priscila Mattos de Castro ; Manuela Dalenogare ; Dielli Arend Teixeira ; Martha Inês Almeida de Jesus |
Resumo: INTRODUÇÃO: O ciclo evolutivo do homem passa por diferentes fases durante o
seu desenvolvimento. Estas etapas possuem características distinta e são
permeadas por transformações inerentes a cada etapa que o ser humano está
vivenciando. Dentre estas etapas se destaca a adolescência a qual se
caracteriza pelo caminho percorrido entre a infância e a idade adulta, o qual
é sinalizado por transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e
sociais. É neste período que se solidifica a identidade, que se configuram as
características e tomadas de decisões, embora a adolescência seja marcada por
manifestações e inquietudes inerentes a esta fase da vida1. Também, se percebe
que o sexo e sexualidade na adolescência incluem uma etapa da vida que
auxiliam no processo estruturador da identidade e que influencia diretamente
nas relações sociais e interpessoais2. Pensa-se que é imprescindível conhecer
de maneira adequada os mitos e a realidade da sexualidade e do imaginário na
adolescência, bem como os meios para abordá-los de forma clara e tranquila, a
fim de manter um diálogo e entender as manifestações entre os mesmos. Esta
preocupação, também se relaciona ao fato de que os adolescentes iniciam sua
vida sexual precoce sem cuidados contraceptivos com a possibilidade a certas
vulnerabilidades a exemplo da gravidez e paternidade precoce, e também a
respeito das doenças sexualmente transmissíveis e outros problemas
decorrentes. É neste viés que o enfermeiro pode atuar, ao mesmo tempo em que
orienta, alertando frente a percepção dos riscos com relação aos problemas
sociais e de saúde, promovendo ações junto aos adolescentes, e que estes sejam
coautores do processo. Portanto, o objetivo desse estudo foi de analisar a
literatura que contextualiza a relação da sexualidade na adolescência e as
possibilidades sobre um saber-fazer em educação em saúde, que motive
efetivamente os adolescentes a promover saúde e vivenciar boas práticas na sua
rotina na convivência familiar, nas relações interpessoais e sociais.
METODOLOGIA: Nos enfrentamentos sobre a promoção em saúde, viu-se que há
melhor coerência do significado do tema e seu desenvolvimento a partir da
revisão narrativa de literatura, na temática da sexualidade na adolescência.
Para o levantamento bibliográfico e coleta de dados, foi designada a base de
dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
o recurso Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores
consultados no Descritores em Ciências da Saúde (DECS), em formulário
avançado: “adolescência” AND “sexualidade”; “IST”/”DST” AND “gravidez”,
resultando em sete publicações. Alerta-se que os artigos duplicados nos
motores de busca foram excluídos da seleção final, e, ainda, foi elaborado um
fluxograma das estratégias de busca na base de dados. RESULTADOS: Para a
seleção inicial foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: texto
completo disponível on-line nos idiomas inglês, espanhol e português bemcomo
outros documentos relevantes à temática não contemplada na procura. Em relação
aos temas e sua contextualização a partir das referências encontradas,
emergiram duas categorias: Atuação da enfermagem na promoção da saúde dos
adolescentes e família; Vivencia de uma sexualidade saudável na adolescência.
Os autores abordaram o cuidado com a saúde dos adolescentes principalmente nas
discussões referentes a sexualidade, gravidez, ISTs. Essas questões envolvem
os problemas contemporâneos e que interferem negativamente na educação sexual
com os adolescentes, principalmente pela frequente troca de parceiros e também
pelo não uso de preservativos. Neste viés pode inserir-se o profissional da
enfermagem assumindo junto à família meios que promovam o acesso às
informações e discussões necessárias sobre sexualidade de maneira flexível e
objetiva com os adolescentes. A Enfermagem deve estar integrada aos familiares
e suas relações, encaminhando e orientando os jovens às redes de cuidado,
cujas intervenções podem auxiliar na adequação da realidade dos adolescentes.
As boas práticas de vida devem fazer parte do cotidiano das pessoas de maneira
a torna-lo coerente e prazeroso de enfrentar. São as boas práticas sociais,
familiares e de saúde que impulsionam o ser humano de maneira a enfrentar as
dificuldades inerentes da vida humana e que fazem valer apena viver. Dentre os
diferentes aspectos do ciclo evolutivo, está a fase da adolescência permeada
de surpresas, desafios e impulsividades, principalmente quando relacionados
aos aspectos sexuais. Mesmo sendo adolescentes eles sonham pela busca de
parceiros e de experiências, que primam pela afetividade responsabilidade,
monogamia, entusiasmo e amor. Neste contexto predomina o princípio da
integralidade nas ações de educação em saúde como uma forma de reparar as
arestas resultantes de um saber-fazer fragmentado e baseado em práticas
retrógradas, e assim o adolescente ser capaz de propor e opinar nas decisões
de saúde para o cuidar de si, de sua família e da coletividade3. Colaborando
com esta fase da vida, que é a adolescência, faz-se presente o cenário
escolar, o qual, pode ser percebido como um espaço de interação entre as
crianças, os adolescentes, suas famílias, seus professores e a comunidade.
Assim, as atividades de educação para a saúde no cenário escolar podem ser
produtivas, uma vez que estimula a autonomia, bem como o exercício de seus
direitos e deveres, com atitudes saudáveis e que promovem a qualidade de vida.
Salienta-se que os escolares não aprendem somente no cenário escolar, mas
também em outros espaços sociais; todavia, não há dúvida quanto à função
básica da escola como espaço de ensinar, aprender e de mediar as relações da
família com aspectos relacionados a saúde4. Conclusão: A Enfermagem trabalha
um complexo de temáticas, baseando-se no cuidado, no saber-fazer e numa
formação que contemple a capacidade de produzir efeitos diante de tantos
problemas que a realidade contemporânea carrega consigo, a exemplo do que se
trata no tema que confere à sexualidade na adolescência um dos aspectos que
repercute através dos tempos ainda como problema, mesmo se sabendo que em
plena era da globalização, da tecnologia e da informação ainda perdurem
dúvidas, incertezas comportamentais que o adolescente vislumbra e que tornam
suas relações interpessoais e sociais problemáticas. Revisou-se, igualmente,
que a maioria dos artigos lidos evocam a necessidade e interferência do
profissional da Enfermagem para atuar nessa realidade, para explicar e
esclarecer objetivamente, senão de forma pedagógica, as transformações,
efeitos e comportamentos na vida do adolescente e transformar sua realidade.
Referências: 1 - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE – OMS. Problemas de saúde: esquizofrenia. Suiça, 2018. Disponível em < http://www.who.int/topics/schizophrenia/es/>. Acesso em: 28 jan. 2018.
2 - SUVISAARI, Jaana et al., Diabetes and Schizophrenia. Current diabetes reports, v. 16, n. 2, Fev. 2016.
3 - HORTA, W. A. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
4 - GARCIA, T.R; COENEN, A. M; BARTZ, C. C. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE®. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. |