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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 9467633

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9467633

TECNOLOGIAS PARA APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA: REVISÃO DE LITERATURA

Autores:
Lucimar Andrade Cardoso Muri ; Candida Caniçali Primo ; Eliane de Fátima Almeida Lima ; Kelryanna Almeida Cruz Nunes ; Franciele Marabotti Costa Leite

Resumo:
TECNOLOGIAS PARA APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA: REVISÃO DE LITERATURA Kelryanna Almeida da Cruz Nunes¹, Lucimar Andrade Cardoso Muri1, Eliane de Fátima Almeida Lima2, Franciele Marabotti Costa Leite3, Candida Caniçali Primo2 Introdução: Na perspectiva de avançar nos conhecimentos e práticas na área da saúde da criança, torna se imprescindível à discussão acerca do processo de enfermagem e do uso de ferramentas tecnológicas. As tecnologias podem ser classificadas conforme a sua modalidade, identificadas como leve, leve-dura e dura, as definidas como leves são as que envolvem o empoderamento das relações, as leve-duras são as que submergem os saberes bem estruturados necessários ao desenvolvimento, enquanto as duras abrangem as dos recursos materiais, objetos e maquinários1. Neste âmbito em específico, é primordial que as ações do processo de enfermagem sejam direcionadas a todos os indivíduos de 0 a 12 anos incompletos, com subclassificações que geram em torno de sua faixa etária, delimitadas em recém-nascidos de 0 a 28 dias de vida, lactentes de 29 dias a 2 anos incompletos, pré-escolares de 2 anos completos a 6 anos incompletos e escolares de 6 anos completos a 11 anos incompletos, fortalecendo e orientando a prática de cuidados, direcionando a assistência necessária a cada fase2. O processo de enfermagem na prática profissional é um instrumento metodológico que orienta o cuidado e a documentação da prática profissional e faz-se necessário avançar no aperfeiçoamento constante e na inovação de ferramentas informatizadas que levem ao aprimoramento dos instrumentos de trabalho da enfermagem3. Objetivo: Identificar as tecnologias disponíveis para aplicação do processo de enfermagem na saúde da criança. Método: O estudo trata de uma revisão integrativa da literatura, de caráter exploratório e descritivo, trazendo a atualização temporal das referencias que versassem sobre a questão norteadora: Quais as tecnologias disponíveis para aplicação do processo de enfermagem na saúde da criança? Realizou se a busca com recorte temporal de 2013 a 2017, tendo como critério de inclusão: estudos dos últimos 5 anos, na íntegra, disponíveis on-line, publicações nacionais e internacionais classificadas como artigos originais de pesquisa. Tendo ainda, como critério de exclusão: Manuais técnicos, normas, editoriais, cartas, artigos de opinião e de revisão, comentários, ensaios, notas previas, monografias, teses e dissertações, livros, relatórios, e relatos de experiência. A busca foi realizada através das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE), a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Processos de enfermagem, Saúde da criança, Enfermagem pediátrica, Tecnologias em saúde, Software. Devido ao amplo quantitativo de artigos encontrados optou-se por trabalhar com o cruzamento de dois em dois descritores para a seleção dos artigos estudados. As buscas foram realizadas, de forma independente, por duas pesquisadoras. A primeira seleção dos estudos foi feita a partir da análise dos títulos e resumos, e nos casos de dúvidas a leitura dos textos completos das publicações. Resultados: Encontrou-se no total 276 artigos, sendo 29 repetidos e 237 fora da temática de tecnologia e processo de enfermagem na saúde da criança, ficando ao final 10 artigos selecionados, 100% foram obtidos na base de dados LILACS e apresentados no idioma português. Quanto aos anos de publicação pode-se considerar que 40% foram publicadas em 2016. As publicações dos estudos foram 80% no Brasil e quanto à abordagem metodológica 90% são qualitativos. No que se refere a classificação de acordo a faixa etária da criança, 30% dos estudos voltados para o recém-nascido, 20% abordavam acerca de todas as fases, recém-nascido, lactentes, préescolares e escolares, 20% abordavam os pré-escolares e escolares, sendo 10% voltados apenas para os escolares, 10% centravam se nos lactentes, pré-escolares e escolares e 10% abordavam aos recém-nascidos, lactentes e pré-escolares. Nos aspectos da atenção a saúde, 90% das pesquisas foram voltadas para ações na atenção terciária à saúde (Hospitais, com abordagens em diversos setores como Clínicas pediátricas, Centro cirúrgico, Emergência pediátrica, Unidade de terapia intensiva neonatal e Unidade de tratamento intensivo pediátrica), e apenas 10% tratavam acerca de inovações tecnológicas na atenção primária (Estratégia de Saúde da família). Na vertente das etapas do processo de enfermagem desenvolvidas nas pesquisas aponta-se que 40% abordavam o histórico de enfermagem, diagnósticos de enfermagem e intervenções de enfermagem, 30% envolviam o histórico de enfermagem, sendo 20% das pesquisas relatando as intervenções de enfermagem e apenas 10% abordavam todas as 5 etapas do processo de enfermagem. Em relação as taxonomias de enfermagem, 40% utilizavam a Classificação internacional para as práticas de enfermagem, 30% acerca da Associação norte-americana de diagnósticos de enfermagem e 30% não detalhavam por se tratarem de estudos que abordavam a 1º fase do processo de enfermagem, conhecido como histórico de enfermagem. Quanto a escolha da teoria de enfermagem pelos autores dos estudos, obteve se uma percentagem de 60% utilizando a teoria de Wanda Horta, 10% de Dorothy Johnson e 30% não se aplicavam ou não deixavam claro a teoria utilizada. Após a análise dos artigos estudados foram definidas duas categorias para serem discutidas: categoria I – Aplicação por tecnologias leve-duras (50% dos artigos selecionados) e categoriaII – Aplicação por tecnologias duras (50% dos artigos). Contribuições de enfermagem: Como resultados deste estudo pode se afirmar que um número ainda discreto, mas de essencial significância foi encontrado acerca das tecnologias aplicadas para realização do processo de enfermagem na atenção a saúde da criança. Nesta perspectiva, ainda há o predomínio destas ferramentas na atenção terciária em saúde, em nível de setores altamente críticos, com compromisso de vislumbrar agilidade, resolutividade, padronização, segurança, auxiliando na vigilância a saúde neste foco, minimizando erros na prática do planejamento e na efetivação dos cuidados assistenciais de enfermagem. Os estudos contribuem para fortalecer a cientificidade da profissão, e dimensionar os cuidados de enfermagem na aplicação do processo de enfermagem, elucidando ferramentas tecnológicas para melhoria no cuidado assistencial da enfermagem a saúde da criança em todas as suas fases de desenvolvimento. Referências: 1. Merhy EE, Onocko R. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia a dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalhos. In: Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo:Hucitec; 1997. p. 35–63. 2. Brasil. Caderno de atenção básica - Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. 3. Brasil. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. 358 out 15, 2009. Descritores: Processo de enfermagem; Enfermagem pediátrica; Tecnologias. 1 – Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. 2 – Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. 3 - Enfermeira. Doutora em Epidemiologia. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail relator: kelryenf@hotmail.com


Referências:
1. Brasil. Presidência da República. Decreto Presidencial Nº. 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola – PSE, e dá outras providências. Brasília; 2007. 2. Brasil. Ministério da Saúde; Ministério da educação. Passo a Passo Programa Saúde na Escola (PSE) Tecendo caminhos da intersetorialidade. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2011. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Caderno do gestor do PSE. Brasília; 2015.