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9467633 | TECNOLOGIAS PARA APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA: REVISÃO DE LITERATURA | Autores: Lucimar Andrade Cardoso Muri ; Candida Caniçali Primo ; Eliane de Fátima Almeida Lima ; Kelryanna Almeida Cruz Nunes ; Franciele Marabotti Costa Leite |
Resumo: TECNOLOGIAS PARA APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA:
REVISÃO DE LITERATURA
Kelryanna Almeida da Cruz Nunes¹, Lucimar Andrade Cardoso Muri1, Eliane de
Fátima Almeida Lima2, Franciele Marabotti Costa Leite3, Candida Caniçali
Primo2
Introdução: Na perspectiva de avançar nos conhecimentos e práticas na área da
saúde da criança, torna se imprescindível à discussão acerca do processo de
enfermagem e do uso de ferramentas tecnológicas. As tecnologias podem ser
classificadas conforme a sua modalidade, identificadas como leve, leve-dura e
dura, as definidas como leves são as que envolvem o empoderamento das
relações, as leve-duras são as que submergem os saberes bem estruturados
necessários ao desenvolvimento, enquanto as duras abrangem as dos recursos
materiais, objetos e maquinários1. Neste âmbito em específico, é primordial
que as ações do processo de enfermagem sejam direcionadas a todos os
indivíduos de 0 a 12 anos incompletos, com subclassificações que geram em
torno de sua faixa etária, delimitadas em recém-nascidos de 0 a 28 dias de
vida, lactentes de 29 dias a 2 anos incompletos, pré-escolares de 2 anos
completos a 6 anos incompletos e escolares de 6 anos completos a 11 anos
incompletos, fortalecendo e orientando a prática de cuidados, direcionando a
assistência necessária a cada fase2. O processo de enfermagem na prática
profissional é um instrumento metodológico que orienta o cuidado e a
documentação da prática profissional e faz-se necessário avançar no
aperfeiçoamento constante e na inovação de ferramentas informatizadas que
levem ao aprimoramento dos instrumentos de trabalho da enfermagem3. Objetivo:
Identificar as tecnologias disponíveis para aplicação do processo de
enfermagem na saúde da criança. Método: O estudo trata de uma revisão
integrativa da literatura, de caráter exploratório e descritivo, trazendo a
atualização temporal das referencias que versassem sobre a questão norteadora:
Quais as tecnologias disponíveis para aplicação do processo de enfermagem na
saúde da criança? Realizou se a busca com recorte temporal de 2013 a 2017,
tendo como critério de inclusão: estudos dos últimos 5 anos, na íntegra,
disponíveis on-line, publicações nacionais e internacionais classificadas como
artigos originais de pesquisa. Tendo ainda, como critério de exclusão: Manuais
técnicos, normas, editoriais, cartas, artigos de opinião e de revisão,
comentários, ensaios, notas previas, monografias, teses e dissertações,
livros, relatórios, e relatos de experiência. A busca foi realizada através
das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line
(MEDLINE), a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Processos de
enfermagem, Saúde da criança, Enfermagem pediátrica, Tecnologias em saúde,
Software. Devido ao amplo quantitativo de artigos encontrados optou-se por
trabalhar com o cruzamento de dois em dois descritores para a seleção dos
artigos estudados. As buscas foram realizadas, de forma independente, por duas
pesquisadoras. A primeira seleção dos estudos foi feita a partir da análise
dos títulos e resumos, e nos casos de dúvidas a leitura dos textos completos
das publicações. Resultados: Encontrou-se no total 276 artigos, sendo 29
repetidos e 237 fora da temática de tecnologia e processo de enfermagem na
saúde da criança, ficando ao final 10 artigos selecionados, 100% foram obtidos
na base de dados LILACS e apresentados no idioma português. Quanto aos anos de
publicação pode-se considerar que 40% foram publicadas em 2016. As publicações
dos estudos foram 80% no Brasil e quanto à abordagem metodológica 90% são
qualitativos. No que se refere a classificação de acordo a faixa etária da
criança, 30% dos estudos voltados para o recém-nascido, 20% abordavam acerca
de todas as fases, recém-nascido, lactentes, préescolares e escolares, 20%
abordavam os pré-escolares e escolares, sendo 10% voltados apenas para os
escolares, 10% centravam se nos lactentes, pré-escolares e escolares e 10%
abordavam aos recém-nascidos, lactentes e pré-escolares. Nos aspectos da
atenção a saúde, 90% das pesquisas foram voltadas para ações na atenção
terciária à saúde (Hospitais, com abordagens em diversos setores como Clínicas
pediátricas, Centro cirúrgico, Emergência pediátrica, Unidade de terapia
intensiva neonatal e Unidade de tratamento intensivo pediátrica), e apenas 10%
tratavam acerca de inovações tecnológicas na atenção primária (Estratégia de
Saúde da família). Na vertente das etapas do processo de enfermagem
desenvolvidas nas pesquisas aponta-se que 40% abordavam o histórico de
enfermagem, diagnósticos de enfermagem e intervenções de enfermagem, 30%
envolviam o histórico de enfermagem, sendo 20% das pesquisas relatando as
intervenções de enfermagem e apenas 10% abordavam todas as 5 etapas do
processo de enfermagem. Em relação as taxonomias de enfermagem, 40% utilizavam
a Classificação internacional para as práticas de enfermagem, 30% acerca da
Associação norte-americana de diagnósticos de enfermagem e 30% não detalhavam
por se tratarem de estudos que abordavam a 1º fase do processo de enfermagem,
conhecido como histórico de enfermagem. Quanto a escolha da teoria de
enfermagem pelos autores dos estudos, obteve se uma percentagem de 60%
utilizando a teoria de Wanda Horta, 10% de Dorothy Johnson e 30% não se
aplicavam ou não deixavam claro a teoria utilizada. Após a análise dos artigos
estudados foram definidas duas categorias para serem discutidas: categoria I –
Aplicação por tecnologias leve-duras (50% dos artigos selecionados) e
categoriaII – Aplicação por tecnologias duras (50% dos artigos). Contribuições
de enfermagem: Como resultados deste estudo pode se afirmar que um número
ainda discreto, mas de essencial significância foi encontrado acerca das
tecnologias aplicadas para realização do processo de enfermagem na atenção a
saúde da criança. Nesta perspectiva, ainda há o predomínio destas ferramentas
na atenção terciária em saúde, em nível de setores altamente críticos, com
compromisso de vislumbrar agilidade, resolutividade, padronização, segurança,
auxiliando na vigilância a saúde neste foco, minimizando erros na prática do
planejamento e na efetivação dos cuidados assistenciais de enfermagem. Os
estudos contribuem para fortalecer a cientificidade da profissão, e
dimensionar os cuidados de enfermagem na aplicação do processo de enfermagem,
elucidando ferramentas tecnológicas para melhoria no cuidado assistencial da
enfermagem a saúde da criança em todas as suas fases de desenvolvimento.
Referências: 1. Merhy EE, Onocko R. Em busca de ferramentas analisadoras das
tecnologias em saúde: A informação e o dia a dia de um serviço, interrogando e
gerindo trabalhos. In: Agir em saúde: um desafio para o público. São
Paulo:Hucitec; 1997. p. 35–63. 2. Brasil. Caderno de atenção básica - Saúde da
criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
3. Brasil. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em
que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. 358
out 15, 2009.
Descritores: Processo de enfermagem; Enfermagem pediátrica; Tecnologias.
1 – Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. 2 – Enfermeira.
Doutora em Enfermagem. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. 3 - Enfermeira. Doutora em
Epidemiologia. Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail relator: kelryenf@hotmail.com
Referências: 1. Brasil. Presidência da República. Decreto Presidencial Nº. 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola – PSE, e dá outras providências. Brasília; 2007.
2. Brasil. Ministério da Saúde; Ministério da educação. Passo a Passo Programa Saúde na Escola (PSE) Tecendo caminhos da intersetorialidade. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2011.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Caderno do gestor do PSE. Brasília; 2015. |