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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 9137398

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9137398

O DESIGN THINKING COMO METODOLOGIA ATIVA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.

Autores:
Nathália Faria de Freitas ; Isamara Corrêa Lemos ; Fabiana Costa Sampaio

Resumo:
**INTRODUÇÃO:** a formação atual baseada em competências vislumbra o enfermeiro como profissional autônomo, criativo, dinâmico, preparado para lidar com os desafios advindos da sociedade e com a coletividade. O enfermeiro necessita em sua formação acadêmica desenvolver habilidades e aperfeiçoar competências necessárias para uma reflexão crítica sobre os processos de trabalho e realidade local.  A metodologia tradicional, pautada na transmissão de conhecimentos ainda é um desafio no processo de ensino aprendizagem, uma vez que somente a metodologia tradicional não é suficiente para a formação do profissional crítico, reflexivo e agente de mudança1. A concepção do uso de metodologia inovadoras propõe a participação ativa na construção do conhecimento, sendo o aluno, o principal responsável pelo seu aprendizado. Docentes do curso de graduação em enfermagem, acreditam que favorecer e implementar metodologias ativas é favorecedora para o aprendizado do aluno.  A finalidade da disciplina de Sistematização da Assistência de enfermagem é compreender o processo de enfermagem como metodologia de assistência que possibilita identificar, descrever e explicar como o indivíduo responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais. Neste contexto, o Design Thinking é um modelo de pensamento centrado nas pessoas, apresenta vantagens por considerar as múltiplas perspectivas e a criatividade dos demais para reforçar a sua própria criatividade. É uma abordagem estruturada para gerar e aprimorar ideias, composto por cinco fases (descoberta, interpretação, ideação, experimentação e evolução). As etapas ajudam em seu desenvolvimento, desde a identificar um desafio até encontrar e construir a solução2. Foi utilizado como uma estratégia para conduzir a atividade Seminário de Teorias de Enfermagem, na disciplina de Sistematização da Assistência de Enfermagem. **OBJETIVOS: **compartilhar a experiência da utilização do Design Thinking no Seminário de teorias de enfermagem na disciplina de Sistematização da Assistência de enfermagem. **MÉTODO:** trata-se de um relato de experiência da condução do Seminário de Teorias de Enfermagem, utilizando a abordagem Design Thinking. Esta atividade contou com docentes da disciplina de Sistematização da Assistência de Enfermagem e acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem de um Centro Universitário de BH/MG. Foram propostos três encontros em sala de aula para realização do Seminário de Teorias de Enfermagem. Textos sobre o tema e os materiais disponibilizados pelas professoras serviram de subsídios para as atividades. Foi elaborado um roteiro que apresentava o Design Thinking ao aluno e descrevia as metas a serem alcançadas em cada etapa do Seminário. O Seminário de Teorias de Enfermagem foi realizado em uma carga horária de 6h/ aula. **RESULTADOS:**  As teorias de enfermagem representam um dos elementos que compõe a linguagem específica da enfermagem, não estão prontas ou acabadas, estão em constante análise e transformação. As teorias contêm conceitos que representam os fenômenos à ciência de enfermagem, quais sejam: ambiente, humano, saúde e enfermagem. Cada um desses conceitos quando se inter-relacionam são chamados de metaparadigmas3. No primeiro momento os alunos foram divididos em grupos, cada grupo ficou com uma teórica. Foram orientados a realizar levantamento bibliográfico e o fichamento sobre os fundamentos e conceitos da teoria de enfermagem. Na segunda fase (interpretação) o aluno foi encorajado a buscar inspirações e a partir da leitura dos registros e vivências na prática de enfermagem, o grupo documentou as definições e os fundamentos em papéis adesivos (post it), que foram organizados em agrupamentos temáticos (saúde, enfermagem, ambiente e pessoa/indivíduo). Posteriormente foi realizado uma reflexão e discussão sobre o tema, sobre o que eles já sabiam e ainda precisavam saber. Nas fases de ideação e experimentação a turma foi novamente dividida em quatro novos grupos (indivíduo, enfermagem, ambiente, saúde) e cada grupo de conceito, era formado por um representante das teóricas estudadas. Os grupos foram orientados a construir um conceito e um símbolo (protótipo) que representasse aquela temática. Na última etapa (evolução) o grupo organizou as ideias e apresentou o produto final (conceito + símbolo) em sala de aula. A facilitadora realizou uma exposição dialogada acerca dos paradigmas e como eles se articulam e interagem, utilizando o produto final dos grupos. Posteriormente os alunos deram um feedback das atividades realizadas. Avaliaram positivamente o método para discussão e aprendizado de um tema complexo de maneira construtiva e coletiva. A partir do relato dos alunos foi possível identificar algumas experiências que geraram significado. A aprendizagem significativa, é o resultado da interação cognitiva entre conhecimentos prévios e novos, pois é neste momento que os conhecimentos novos ganham significado. Por isso, a ordem e a forma como se trabalham os conteúdos pode facilitar ou não a interação nesse processo4,5.  **CONCLUSÕES:** A possibilidade de utilizar metodologias ativas no processo ensino-aprendizagem dos alunos de graduação em enfermagem possibilitou a revisão de conceitos e um olhar reflexivo acerca da formação teórico-prática desse aluno. O uso do Design Thinking facilitou a compreensão dos metaparadigmas da enfermagem e as discussões conceituais de cada teórica abordada. Permitiu crescimento individual e coletivo, desenvolvimento de habilidades técnico-científicas e aperfeiçoamento das competências. **CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM:** Aperfeiçoamento e o amadurecimento da prática docente a fim de propor novos caminhos para potencializar o processo de ensino-aprendizagem e valorizar o aluno como protagonista do processo. A educação é um processo contínuo de mudança, inova e se renova a cada dia.


Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: 2015. 2. Sobep. Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras. [online] [acesso 10 mar 2017]. Disponível em: https://sobep.org.br/site/.