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8982503 | ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA – ADULTO. REVISÃO INTEGRATIVA | Autores: Gabriela Marchioricarmo Azzolin ; Paula Lima Gomes Rocco |
Resumo: **Introdução:** Diante do contexto de mudança na forma de se oferecer e produzir saúde pode-se afirmar que no ambiente hospitalar de uma Unidade de Terapia Intensiva – Adulto, constitui-se um dos setores mais complexos e onerosos do sistema, tanto sob o ponto de vista financeiro e estrutural quanto das relações interpessoais e multiprofissionais ali existentes1Acompanhando esta necessidade de oferta e cuidados intensivos, os processos de trabalho em enfermagem nesta unidade se caracterizam por atividades que demandam habilidades e conhecimentos tecnocientíficos atualizados para garantir a tomada de decisão imediata e segura, voltada para a recuperação do paciente/cliente que se encontra em estado grave2 Constituído assim, em um setor de amplo estress físico e emocional para os profissionais envolvidos no processo da assistência3 Dessa forma, identifica-se a latente necessidade de construção de estratégias que visem o despertar nos membros da equipe de enfermagem e estas devem ser amplamente estudadas e implementadas, assim trazendo satisfação / recuperação do paciente, qualidade de vida ao trabalhador, resultando em qualidade da assistência prestada e alcance dos objetivos da instituição, uma vez que o empenho de todos os membros da equipe pode desencadear todo um processo determinante da qualidade da assistência4. Assim, com a expansão pela busca da qualidade no setor da saúde, bem como, com a contínua mobilização dos usuários pela busca dos melhores atendimentos, e pelo trabalho da enfermagem constituir um dos fatores de maior relevância nesse processo, torna-se imprescindível o reconhecimento da forma como o fator humano influencia a organização da assistência à saúde e no que tange o ambiente de Terapia Intensiva repercutindo no resultado final da assistência direta ao paciente/cliente grave. **Objetivos: **Identificar na literatura estratégias utilizadas por enfermeiros gerentes do cuidado para motivar o processo de trabalho da equipe de enfermagem, sendo este um fator otimizador da qualidade da assistência, reconhecer na literatura fatores e/ou aspectos que influenciam o desempenho da equipe de enfermagem na qualidade dos cuidados prestados ao paciente crítico, identificar na literatura os desafios para os enfermeiros gerentes do cuidado na condução do processo de trabalho da equipe de enfermagem para o alcance da qualidade da assistência. **Metodologia:** Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, exploratória- explicativa, aplicada, de abordagem qualitativa, guiada pela questão norteadora: Quais as estratégias utilizadas por enfermeiros gerentes do cuidado em Unidades de Terapia Intensiva – Adulto para otimizar o processo de trabalho da equipe de enfermagem? As bases de dados utilizadas foram a LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e BDENF (Bases de Dados de Enfermagem), indexadas na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), com uso dos descritores **Resultados:** A amostra final desta revisão foi constituída por quatorze artigos científicos, que apresentaram como fatores e/ou aspectos que influenciam o desempenho da equipe de enfermagem: absenteísmo, condições de trabalho desfavoráveis, política institucional prevencionista e humanista deficitária, ambiente de trabalho, rotatividade do pessoal, dimensionamento de pessoal inadequado, processo de trabalho. Já como estratégias: flexibilização de escalas de trabalho, compreender os motivos do absenteísmo para intervir com equidade, verificar o grau de satisfação dos trabalhadores de enfermagem, o motivo de adoecimento destes funcionários; promoção de uma pausa para descanso durante cada plantão; criação de canais de escuta da opinião e sugestões das trabalhadoras sobre as condições para a execução da assistência na unidade, criação de programa de ginástica laboral durante o horário de trabalho, tornando o ambiente recreativo e mais saudável e acompanhamento em conjunto com a medicina do trabalho da instituição quando se trata de recidiva de ausência pela mesma patologia. **Contribuição para a enfermagem: **O que o atual contexto da enfermagem mostra são os “erros” desses profissionais de saúde nas instituições brasileiras, desenhando um perfil profissional que degrada a profissão, entretanto pouco se fala, se analisa a sobrecarga de trabalho na enfermagem as condições inadequadas em que esses profissionais desempenham suas atividades laborais. Por esse motivo quando se fala em estratégias que visem otimizar a assistência prestada pela equipe de enfermagem, torna-se essencial conhecer o contexto no qual essa mesma equipe realiza suas atividades bem como suas limitações e suas potencialidades. Para isso o enfermeiro gerente do cuidado precisa estar capacitado. Porém, de forma equivocada o ensino superior, trabalham pouco tais questões durante a graduação, o que acarreta na falta de preparo para tais desafios do profissional recém-formado. Ao se tratar de mudança de paradigma, por vezes se torna complexo, pois estrutura e processo decisório nem sempre contam com a argumentação de quem realmente realiza o serviço – enfermeiro gerente do cuidado e equipe técnica de enfermagem - esse fato talvez explique tanto viés e ineficiência na assistência prestada. **Conclusão:** Torna-se indispensável no ambiente de Terapia Intensiva, um olhar específico para o profissional de enfermagem que presta assistência ao paciente grave, uma vez que as condições psíquicas e físicas desse colaborador mostram-se como influenciadores dos resultados da assistência prestada. Diante da abordagem metodológica desta revisão bibliográfica, pode-se verificar a necessidade da contínua realização de novas pesquisas e estratégias que venham a contribuir na busca por evidencias que as validem, e que possam auxiliar o enfermeiro gerente do cuidado no desafio de gerir a equipe em consonância com as exigências atuais de trabalho
Referências: 1. Baiocco GG, Silva JLB. The use of the peripherally inserted central catheter (PICC) in the hospital environment. Rev Latino-Am Enferm. 2010;18(6):1131-7.
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3. Cotogni P, Pittiruti M. Focus on peripherally inserted central catheters in critically ill patients. World J Crit Care Med. 2014;3(4):80-94.
4. Nolan ME, Yadav H, Cawcutt KA, Cartin-Ceba R. Complication rates among peripherally inserted central venous catheters and centrally inserted central catheters in the medical intensive care unit. J Crit Care. 2016;31(1):238-42.
5. Kaesler-Smith C. Evidence Summary - Intravascular Therapy: Maintaining Catheter Lumen Patency. JBI Summary. 2016. |