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Resumo: 8930203

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8930203

PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM MULHERES COM LOMBALGIA CRÔNICA

Autores:
Ilkelyne de Freitas Costa ; Rosilda Silva Dias ; Mayane Cristina Pereira Marques ; Elouise Rayanne de Almeida Vasconcelos

Resumo:
A mulher, primeiramente era excluída da vida política através do critério da renda, uma vez que se exigia renda mínima para o voto. As mulheres deveriam se dedicar ao lar e à família, não sendo suficientemente valorizadas, tampouco remuneradas por isso. Sua dedicação advinha da obrigação de servidão e de reprodução. Podemos classificar a história da desigualdade de gênero (de sexo) no Brasil em três momentos substanciais: primeiramente, do século XV ao XVIII, período no qual a mulher não desfrutava do acesso à educação, ao mercado de trabalho formal e não gozava de direitos civis e políticos; posteriormente, a partir do século XIX, muitos progressos ocorreram, principalmente ao final do século, quando uma mulher brasileira obteve pela primeira vez em território nacional um diploma de curso superior; e, finalmente, ao longo do século XX, quando as mulheres brasileiras conquistaram a educação, a inserção no mercado de trabalho e o direito ao voto. Agora ao ocupar todos estes papéis na sociedade, a mulher também sofre com consequências na sua saúde, por conta da correria do dia a dia e suas muitas atividades. Como condições crônicas, que muitas vezes estão associadas ao trabalho ou as atividades do lar. A lombalgia é uma das afecções musculoesqueléticas mais comuns e sua importância pode ser constatada pelos índices na população geral, podendo atingir homens e mulheres em diferentes faixas etárias ¹². Trata-se de um problema de saúde pública, sendo considerada uma das principais causas de absenteísmo ao trabalho por incapacidade temporária ou permanente e mesmo de invalidez na idade adulta, gerando altos custos econômicos para os sistemas de seguridade social pelo comprometimento do desempenho de papeis e para a saúde³. Pessoas com lombalgia crônica relatam queixas de incapacidade para realizar as atividades diárias, profissionais, sociais e de lazer, pois as limitações funcionais e as restrições de movimentos provocadas pela doença impedem de exercer plenamente as tarefas cotidianas4. Nas mulheres as repercussões têm maior impacto pelos seus múltiplos papeis desempenhados na sociedade contemporânea o que pode acarretar problemas no seu estado de saúde e bem estar.  Alcançando-se maior compreensão sobre a problemática que permeia as condições de saúde dessas mulheres na identificação dos diagnósticos de enfermagem estaremos oferecendo subsídios para fundamentarmos as ações programadas para prestação de um cuidado qualificado. **Objetivo:** Identificar os diagnósticos de enfermagem mais frequentes apresentados por mulheres com lombalgia crônica segundo a Taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association. **Metodologia:** Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado por participantes de um Projeto de Extensão Universitária intitulado Programa Educacional de Enfermagem em Dor Crônica, aprovado pelo processo nº 11026/2015-86 da Universidade Federal do Maranhão realizado no Núcleo de Extensão da Vila Embratel em São Luís- Maranhão.  A coleta de dados ocorreu no período de julho a novembro de 2017,  por meio de uma entrevista com um questionário semiestruturado, contendo a escala visual analógica de dor, exame físico e testes específicos para lombalgia. A amostra foi composta por 13 mulheres, com idades entre 35 a 72 anos, portadoras de lombalgia crônica. **Resultados**: De acordo com a análise da escala numérica de dor no momento da entrevista a maioria apresentava-se com dor leve (69,3 %), dor moderada ou intensa (84,6%). Um dado relevante, era que as mulheres apresentavam doenças de base a especificar: hipertensão arterial (46,1%) e diabetes mellitus (23,0%). Os diagnósticos de enfermagem mais frequentes segundo a taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association foram: mobilidade física prejudicada (53,5%), disposição para melhora do auto cuidado (69,2%), dor aguda (69,2%), dor crônica (100%), foram levantadas as características definidoras e fatores relacionados. Os quatro diagnósticos de Enfermagem mais frequentes identificados foram: mobilidade física prejudicada (53,8%), disposição para melhora do auto cuidado (69,2%), dor crônica (100%) e dor aguda (69,2%). **Conclusão:** Observou-se que a lombalgia crônica impacta de maneira significativa nas atividades de vida diária e laborais das mulheres. A aplicabilidade de um sistema de classificação na prática de extensão, especialmente na identificação dos diagnósticos a essa clientela, expressa particularidades impostas por uma condição crônica que repercute nos papeis sociais e na qualidade de vida das mulheres. Além disso, compreender os fenômenos de enfermagem, o desenvolvimento do raciocínio clínico, a tomada de decisões na prática e na educação contribui para o planejamento de cuidados, de intervenções fundamentais para o alcance dos resultados esperados. **Implicações para a enfermagem**: A Enfermagem, enquanto ciência do cuidar necessita de conhecimentos e habilidades para desenvolver o cuidado eficiente. A experiência extensionista propicia a aquisição desse conhecimento durante a vida acadêmica.  Os resultados deste trabalho contribuem para subsidiar a implantação de estratégias assistenciais voltadas para as necessidades individuais oferecendo um cuidado mais qualificado as mulheres com lombalgia crônica.


Referências:
Brasil. Política nacional de saúde integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf Borba R. Receita para se tornar um "transexual verdadeiro": discurso, interação e (des)identificação no processo transexualizador. Trab. linguist. apl. 2016; 55(1): 33-75. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-18132016000100033&script=sci_abstract&tlng=pt Freire L. Sujeitos de papel: sobre a materialização de pessoas transexuais e a regulação do acesso a direitos. Rev Cad. Pagu. 2016; 48(e164813). Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-83332016000300502&script=sci_abstract&tlng=pt Morera JAC, Padilha MI. Representações sociais de sexo e gênero entre pessoas trans. Rev. Bras. Enferm. 2017; 70(6): 1235-1243. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reben/v70n6/pt_0034-7167-reben-70-06-1235.pdf Popadiuk GS, Oliveira DC, Signorelli MC. A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) e o acesso ao Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS): avanços e desafios. Rev Ciênc. Saúde coletiva. 2017; 22(5): 1509-1520. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232017002501509&script=sci_abstract&tlng=pt