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8716058 | ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM REALIZADO EM SALA DE EMERGÊNCIA PARA PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM FASE HIPERAGUDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Janaína Cristina Celestino Santos ; Cassiana Mendes Bertoncello Fontes ; Natália Cristina Ferreira |
Resumo: **Introdução: **o acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma perda súbita, não convulsiva, da função neurológica devido a um evento vascular, de natureza isquêmica ou hemorrágica, sendo realizada confirmação diagnostica através de exame de imagem, possui alto índice de mortalidade, e é responsável por gerar condições incapacitantes temporárias ou definitivas.¹,³ Para a melhora dessas condições incapacitantes no ano de 1996, a Agência de Regulação de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos da América, aprovou o uso do ativador do plasminogênio tissular recombinante (rt-PA) como trombolítico para casos de acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCi). Entretanto, existe um momento ideal para intervir nos processos patológicos desencadeados pela isquemia cerebral, no sentido de minimizar o dano ao sistema nervoso central. Esse tempo (momento) é chamado de fase hiperaguda, denominada “AVC em janela”.3 É ideal iniciar o tratamento terapêutico endovenoso em até quatro horas e meia após (fase hiperaguda) do início dos sintomas (ictus), sendo, por isso, de extrema importância um atendimento emergencial. Nesta fase tempo é cérebro. ² O atendimento primário deve ser realizado em sala de emergência, e este, deve ser eficiente, e depende da participação efetiva e integrada de todos os setores envolvidos no atendimento. O tempo de início dos sintomas até o diagnóstico e a definição do tratamento agudo, são os principais determinantes do prognóstico destes pacientes.³ Toda a equipe de emergência do hospital deve ser treinada, especializada, em recebimento do paciente com AVC. Nesse contexto o Enfermeiro possui um papel essencial na coordenação da equipe, na prevenção de novos episódios; no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico agudo, pois agrega experiência que é fundamental no tratamento. Esse relato pretende descrever as experiências vivenciadas por enfermeiros na sala de emergência de um serviço especializado em tratamento do paciente com AVC. **Métodos: **trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por enfermeiros durante sua jornada de trabalho, na sala de emergência de um serviço de referencia no tratamento de AVC. **Descrição da experiência:**A unidade de emergência situa-se em um hospital universitário público no Interior do Estado de São Paulo que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse serviço é especializado em atendimento ao portador de AVC. A Logística da admissão do paciente com hipótese diagnóstica de AVC do paciente com hipótese diagnostica de AVC compreende: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), central de vagas e demanda espontânea com os neurologistas de plantão, que avisa o enfermeiro da sala de emergência informando que se trata de um provável “AVC em janela” e inicia-se o protocolo de enfermagem para AVC, que consiste em puncionar dois acessos venosos periféricos com abocath calibre 18, colher os exames pré estabelecidos, fazer o hemoglicoteste e traçar o eletrocardiograma. Enquanto esses procedimentos são realizados, a enfermeira da unidade de emergência entra em contato com o setor de tomografia, solicitando liberação de uma sala, providencia a maleta de trombólise, e a monitorização dos sinais vitais não invasivos e prossegue após avaliação da escala de NIHSS (NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH STROKE SCALE), para o setor de imagens Na fase hiperaguda o transporte do paciente é uma corrida contra o tempo, pois cada minuto significa perda de função cerebral. Após confirmação do AVC isquêmico e checagem das contra - indicação de trombólise pelo médico inicia- se a infusão do trombolítico “in bolus” pelo enfermeiro no setor de tomografia. O enfermeiro possui habilidades técnicas e teóricas para o procedimento que apresenta alta complexidade e riscos eminentes. Ao retornar para a sala de Emergência, o paciente permanece por 1 hora recebendo a infusão do trombolítico em bomba de infusão contínua acompanhado do enfermeiro e do médico responsável. Durante todo esse processo rigoroso de atendimento, verificam-se os sinais vitais a cada 15 minutos, e é realizada avaliação neurológica pela equipe médica. É de extrema importância a agilidade de todos os profissionais envolvidos neste tipo de atendimento desde a chegada do paciente até o inicio da trombólise, pois isso ocorre em média de 10 a 15 minutos. É gratificante para a equipe de saúde, que após todo o empenho, observar melhora imediata do déficit motor, assim como a perspectiva de resgate da autonomia do paciente. Nesse processo, a equipe de enfermagem é capacitada continuamente pela instituição com a finalidade de proporcionar ao paciente um cuidado integral, preservar sua privacidade,considerar a avaliação ininterrupta do quadro clinico. **Lições aprendidas: **o Pronto Socorro é uma unidade que atende a população de uma macrorregião, com portas abertas para SAMU, Central de Operações de Bombeiros (COBOM), e RODOVIAS, e que a sala de emergência sempre esta acima de sua capacidade máxima de operação, é possível uma assistência qualificada e humanizada. O enfermeiro da sala de emergência dessa instituição conta com recursos humanos e tecnológicos pelo SUS. A equipe de enfermagem realiza os cuidados de forma eficiente, ágil e com ótimos resultados para o beneficio do paciente, apesar da fase hiperaguda e do tempo para este atendimento. Observa-se a importância da existência de protocolos de atendimento como processos que permitem o planejamento do cuidado para sincronizar a equipe visando diminuir o tempo de espera destes pacientes em outros serviços, chegando em curto prazo no hospital de referência. Ressalta-se a valorização, qualificação e a educação continuada da equipe de enfermagem.
Referências: 1- De Domenico EB, Cohrs CR. Plataforma Moodle na construção do conhecimento em Terapia Intensiva: estudo experimental. Acta Paul Enferm. 2016; 29(4): 381-9.
2- Holanda VR, Pinheiro AKB, Holanda ER, Santos MCL. Ensino e aprendizagem em ambiente virtual: atitude de acadêmicos de enfermagem. Rev Min Enferm. 2015; 19(1): 141-7. |