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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 8481108

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8481108

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADO AO PACIENTE ONCOLÓGICO

Autores:
Lúcia Nazareth Amante ; Bruno de Campos Gobato ; Luciara Fabiane Sebold ; Juliana Balbinot Reis Girondi

Resumo:
**Introdução**: O Enfermeiro lidera a equipe de enfermagem e por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), busca garantir uma assistência ao paciente adequada e individualizada. No contexto da SAE tem-se o Processo de enfermagem que contempla o histórico de enfermagem, Diagnósticos, Planejamento dos Resultados Esperados, Implementação da Assistência de Enfermagem (Prescrição de Enfermagem), Avaliação da Assistência de Enfermagem1. Os diagnósticos de enfermagem identificam as condições de saúde/doença e a partir disso é pensado nas intervenções de enfermagem para que possa ser realizado um cuidado de forma mais integral pautado no conhecimento científico e focado nos problemas de cada paciente2. Portanto, o contato durante a graduação permite o discente desenvolver ações relacionadas ao cuidado na área oncológica, onde requer conhecimento técnico e científico e habilidades interpessoais para que favoreça seu aprendizado, tornando assim a experiência algo essencial no que se diz respeito a formação pessoal, acadêmica e de futuro profissional. **Objetivo: **Relato de experiência sobre a aplicação da  Sistematização da Assistência de Enfermagem no âmbito oncológico que auxilie no cuidado individualizado seguindo os passos do processo de enfermagem. **Descrição metodológica: **Trata-se de uma experiência que se desenvolveu a partir de uma consulta com paciente à beira do leito seguindo os passos do processo de enfermagem, onde foi efetuado a anamnese e exame físico, avaliando as necessidades biopsico-sócio e espirituais, realizando assim,o levantamento de problemas e potencialidades evidenciados. Baseado nos resultados foram elencados diagnósticos de enfermagem utilizando como instrumento o sistema de classificação NANDA International (NANDA-I)3. Segue o caso: I.B.G, masculino, 56 anos, branco, católico praticante, possui ensino superior incompleto, natural de braço do Norte/SC. Casado há 30 anos, possui dois filhos. Nos registros do prontuário, consta que o paciente foi admitido em um hospital de referência de tratamento do câncer no sul do Brasil dia 28/9/2017, procedente de outor hospital devido a dificuldades respiratórias, onde foi realizada biópsia, tendo como resultado um pré-diagnóstico de neoplasia. Paciente deu entrada lúcido, orientado e comunicativo, deambulando com auxílio de familiar, apresentando dificuldade respiratória devido ao quadro de derrame pleural e enfisema pulmonar. O diagnóstico médico final foi de Adenocarcinoma metastático para pleura e pericárdio de origem desconhecida. O paciente  permaneceu internado até (17/10/2017). Com base nos dados do caso foram planejados os diagnósticos de enfermagem. **Resultados: **A capacidade vital refere-se ao maior volume de ar que pode ser expirado dos pulmões depois de uma inspiração plena. Pode ser mensurado por meio da soma do volume de reserva inspiratório, com o volume corrente, e o volume de reserva expiratório. Quando a capacidade vital está reduzida, há uma diminuição do volume expirado, indicando assim padrão respiratório ineficaz. Esta condição pode ser evidencia em indivíduos com patologias como enfisema pulmonar, neoplasias e derrames pleurais e afetar a qualidade de vida do paciente4. Dito isso, os diagnósticos considerados prioritários foram: Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade, Desobstrução ineficaz de vias aéreas, Risco de quedas. As intervenções pela Classificação de Intervenções de Enfermagem (NIC) foram: Manter vigilância constante, monitorar frequência, ritmo, profundidade e esforços na respiração, Monitorizar a administração e eficácia de oxigenoterapia, Atentar para mudança na coloração da pele, principalmente cianose de extremidades, Monitorar e registrar o estado respiratório e a oxigenação através da Oximetria de pulso, Supervisionar, avaliar, reavaliar e registrar os sinais vitais, temperatura, frequência cardíaca e respiratória e pressão arterial, Monitorar a ocorrência de aumento da inquietação, ansiedade e faltar de ar, Observação de alterações do estado mental, Encorajar a respiração lenta e profunda, Planejar períodos de repouso de acordo com o horário diário entre as atividades, Orientar acompanhante para com auxílio durante atividades, Oferecer e orientar o uso de equipamentos para locomoção (cadeiras de rodas, cadeira de banho, andadores e muletas). Além disso, o paciente demonstrou acreditar em sua recuperação, pois segundo o mesmo, trabalhar em cima da esperança permite uma melhora na adesão e nas consequências do tratamento oncológico. Dito isso, se tornou evidente que o enfermeiro pode contribuir para a esperança e a vontade de viver em seus pacientes, oferecendo suporte emocional, informações sobre o processo de saúde e doença. Portanto, se fez necessário a elaboração de diagnósticos como disposição para controle da saúde melhorado e disposição para esperança melhorada. **Conclusão: **A partir do desenvolvimento desta experiência, é notório a importância da implementação do processo de enfermagem à realidade, pois o mesmo permite individualizar o cuidado e construir o plano assistencial possibilitando o uso do raciocínio clínico, e foi possível perceber com clareza ao cuidado prestado. Nesse sentido, enfatiza-se a necessidade de capacitação e atualização progressiva e constante pelos acadêmicos e atuais profissionais de enfermagem a fim de proporcionar maiores haveres de atuação no cuidado direto ao paciente. Oncologia é uma área que requer cuidados multidisciplinares. Para que um tratamento tenha sucesso é necessário que se trabalhe em equipe. Vale ressaltar, que o trabalho em equipe não se estabelece de modo automático, sendo necessário um processo de desenvolvimento de habilidades e capacidades, que englobam inteligência emocional, conhecimentos científicos, vivências e experiências. Além disso, o contato durante a graduação permite o discente a desenvolver ações relacionadas ao cuidado na área oncológica, onde requer conhecimento técnico e científico e habilidades interpessoais para que favoreça seu aprendizado, tornando assim a experiência algo essencial no que se diz respeito a formação pessoal, acadêmica e de futuro profissional. O desenvolvimento de competências para a assistência aos portadores de distúrbios respiratórios poderá agregar à enfermagem a responsabilidade inerente a esse profissional da implementação de atividades que viabilizem resultados visíveis. Dessa forma, será capaz eliminar possíveis lacunas na assistência de enfermagem, que favorecem a atuação de outra categoria profissional. Por conseguinte, considera-se a primordialidade de educação permanente, no aproveitamento dos sistemas de classificação de enfermagem, neste contexto, destaca-se a NIC por facilitar na seleção de intervenções apropriadas que vão ao encontro das necessidades discernidas, visto que apresenta ligação com a NANDA-I, tornando viável o alcance dos resultados dos fatores relacionados e das características definidoras.Como acadêmico, se tornou evidente que a relação enfermeiro-paciente é uma das questões mais importantes no tratamento oncológico no cenário hospitalar pois a pessoa doente muitas vezes está fragilizada e com medo, portanto, se faz necessário a evolução do lado humanizado, pois a enfermagem humana e atenciosa possibilitará a confiança do paciente perante a assistência prestada. **Contribuições/implicações para a Enfermagem: **Este relato demonstra claramente a contribuição para a formação em Enfermagem, tendo em vista que a prática das atividades acadêmicas proporciona ao aluno experenciar o processo de enfermagem. Assim a implementação de intervenções inovadoras na prática de enfermagem que espelhem a capacidade de cuidado cientifico e redução e/ou resolução dos danos são tópicos fundamentais para a evolução e delimitação do espaço profissional.


Referências:
ALMEIDA, S. A.; ARAUJO, B. S.; CUNHA, D. D.; FERREIRA, D. V. de C.; GÉA HORTA, T. As contribuições do estágio extracurricular na formação acadêmica de alunos de enfermagem em um ambulatório de uma instituição privada de ensino em Belo Horizonte - MG: relato de experiência. Revista NBC. v.02, n.03, ago/set de 2012. Disponível em: http://www3.izabelahendrix.edu.br/ojs/index.php/bio/article/view/316. Acesso em 21 Abril 2012, as 19:30 horas. BESERRA JUNIOR, C.R; SOUZA, M.M; SILVA, M.M. A importância do estágio extracurricular para a formação dos acadêmicos de enfermagem: um relato de experiência. Ceará, 2011. Disponível em:< http://www.webartigos.com/artigos/aimportancia-do-estagio-extracurricular-para-a-formacao-dos-academicos-deenfermagem-relato-de-experiencia/77943/>. Acesso em 21 Abril 2012, as 19:00 horas. CALDEIRA, V. P. Estágio extra curricular em enfermagem. Saúde Debate, n. 27, p. 53-8, dez. 1989. SECAF, V.; LORENCETTE, D. A. C.; MARX, L. C. Enfermagem: o estágio extracurricular remunerado. Acta Paul. Enferm, v. 2, n. 3, p. 79-85, set. 1989. SOUZA, C.; SOARES, S. G. A.; CAMPONOGARA, S. A importância do estágio extracurricular em unidade de terapia intensiva ao adulto na visão de acadêmicos de graduação de enfermagem – relato de experiência. Anais da VII Semana de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. 2011. Disponível em: www.unifra.br/eventos/enfermagem2011/Trabalhos/501.pdf. Acesso em: 10 de junho de 2012. VACCARI, M.; AZZOLIN, G.; MELLIN, A. S. Estágio extracurricular em unidade coronária de um hospital universitário: relato de experiência. Anais do 20 Seminário Internacional sobre Trabalho em Enfermagem: ABEn Paraná. 2008. Disponível em: http://www.abennacional.org.br/2SITEn/Arquivos/N.051.pdf. Acesso em: 10 de Jun. 2012, as 18:30 horas.