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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 8443788

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8443788

A ORIGEM DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR EM ENFERMAGEM

Autores:
Fábio José de Almeida Guilherme

Resumo:
**Introdução: **Na tentativa de localizar e compreender o fenômeno estudado realizamos o levantamento de artigos e demais estudos sobre a temática Estágio Extracurricular (EER) em Enfermagem vinculado as Instituições de Saúde no Brasil. O levantamento bibliográfico ou prospecção da informação para fins técnico-científicos acerca do tema teve seu início com a formulação da pergunta de revisão: quais são as evidências científicas da enfermagem sobre o planejamento e desenvolvimento e avaliação do estágio extracurricular em enfermagem? **O****bjetivos**: Construir a trajetória dos estágios extracurriculares em Enfermagem no Brasil.** Descrição M****etodológica****:** O levantamento da literatura foi iniciado utilizando as estratégias de busca temática proposta pela Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, que concentra fontes de informação em saúde disseminando a literatura científica e técnica. Os bancos de dados foram: Literatura Internacional em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados de enfermagem (BDENF) e Literatura do Caribe em Ciências da Saúde (MEDCARIBE). Utilizamos o vocabulário estruturado dos Descritores em Ciências da Saúde – DeCS, como linguagem única para a indexação de revistas científicas, livros, dentre outros que estão disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde ([BVS](http://bvsalud.org/)). Os descritores escolhidos foram: Estágio, Estágio Clínico e Estudantes de Enfermagem. Após o reconhecimento e a definição do Descritor foi realizada a busca de publicações no Portal da [BVS](http://bvsalud.org/). Iinicialmente pesquisamos separadamente cada descritor. Com o resultado numericamente significativo dessa busca inicial, percebemos a necessidade de trazer à tona a especificidade do estudo proposto e com o intuito de aproximar a revisão de literatura, realizamos associação dos descritores. Os critérios de inclusão estabelecidos para a busca foram: Produções que estivessem disponíveis na íntegra online e de acesso livre; Produções grafadas nos idiomas português, inglês e espanhol; Produções com o enfoque nas interfaces que contemplam o objeto deste estudo. Ao final deste levantamento, procedemos a leitura dos resumos para verificar mais atentamente o conteúdo dos materiais disponíveis, promovendo com isso uma nova seleção, com o intuito de separar as publicações com aderência à abordagem temática escolhida. É válido registrar que realizei a leitura de todos os resumos encontrados nos bancos de dados com os descritores Estágio, Estágio Clínico e Estudantes de Enfermagem. Com a leitura do resumo, buscando materiais que atendiam aos objetivos e delineamento da pesquisa, após a seleção e exclusões de produções que não estavam disponíveis na íntegra e eram repetidas, selecionei seis (06) publicações científicas da base de dados da BDENF e LILACS. Com o intuito de aumentar o quantitativo de publicações, realizei busca no Banco de Teses e Dissertações. Com este levantamento adicional, identifiquei seis (06) publicações, totalizando uma amostra final de doze (12) publicações, que considerei como bibliografia para deste estudo. Além destas produções buscamos as bases legais para o fortalecimento da pesquisa, que envolve àquelas vinculadas a Educação e a Enfermagem. **Resultados: **Considero que a proposta de EER, no qual vincula os estudantes de enfermagem, foi iniciada na década de sessenta (60), através do Projeto Rondon. Esse projeto foi uma iniciativa do governo federal com o objetivo de instrumentalizar esses alunos para a prática profissional.  No decorrer dos anos, várias iniciativas foram adotadas para a promoção do EER. Podemos citar a iniciativa do Hospital Alemão Osvaldo Cruz, entre as décadas de 70 e 80 (SECAF 1989). No ano de 1982, o Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina cria o Programa de Bolsa de Enfermagem, de caráter extracurricular, onde a coordenação e supervisão do programa eram realizadas por enfermeiros do hospital e por docentes da escola (CALDEIRA, 1982). No final da década de 80, o município do Rio de Janeiro, inicia um Programa de EER nas Unidades de Saúde por ela administrada, para os alunos de instituições de ensino superior conveniados. Em 2003, a relação dessas IES foi atualizada e publicada no Diário Oficial do município. Em meados da década de 90, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro também oferta o EER, sendo ampliado em 2011 com a inserção desses acadêmicos nas Unidades de Pronto Atendimento – UPAs. Nessa mesma década, há também a inserção no EER de alunos do curso de enfermagem pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, conforme Caldeira (1992) relata em seus estudos sobre a temática. Nos anos 2000, destacamos a realização de EER em unidade de Terapia Intensiva Coronariana, no interior do estado de São Paulo, na região de Campinas conforme relato de experiência de Vaccari, Azzolin e Mellin (2008) acerca das suas contribuições para a formação do acadêmico de enfermagem, para a iniciativa do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria em oferecer EER em Unidade de Terapia Intensiva (SOUZA, SOARES e CAMPONOGARA, 2011), do Hospital Municipal José Facundo Filho, do Município de Jucás - CE (BESERRA JUNIOR, DE SOUZA E DA SILVA, 2011) e a modalidade EER na rede ambulatorial de uma Instituição Privada no município de Belo Horizonte - MG (ALMEIDA, ARAUJO, CUNHA, FERREIRA, GÉA HORTA, 2012). **Conclusão****:** As atividades realizadas por parte dos estudantes participantes de Estágio Extracurricular Remunerado propiciam uma participação ativa na realidade dos processos de trabalho, implicando na possibilidade de fazer parte da dinâmica deste, sem que lhes causem prejuízo na integralização dos currículos. Dentre as vantagens trazidas ao Estagiário podemos destacar: o direito de recesso remunerado proporcional aos dias trabalhados; vínculo do Estágio ao Projeto Pedagógico da Instituição de Ensino, compatibilizando com o itinerário formativo; contrato de estágio com máxima duração de até dois (02) anos; elaboração de relatório de atividades do estagiário para a instituição de ensino no mínimo de 06 meses; jornada de trabalho será de no máximo seis (06) horas diárias e trinta (30) semanais, para estudantes do ensino superior, ensino técnico e ensino médio; cota de vagas para portadores de deficiência física e a possibilidade de contratação pelos profissionais liberais. **Contribuições/implicações para a Enfermagem**: Na enfermagem, o EER envolve os diferentes níveis de formação, tanto alunos de graduação quanto de nível médio. Concordo com Secaf (1989) quando descreve o estágio como atividade fundamental para a preparação e treinamento para o mercado de trabalho e que durante o estágio, ao aluno participante deve-se oferecer receita determinante para custear as suas despesas de cunho pessoal e complementar a renda familiar, além de auxiliar no próprio custo da graduação.


Referências:
1. ______. Políticas de Extensão Universitária Brasileira. Manaus, 2012. Disponível no link: acessado em: 15-03-18 2. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 50 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011 3. Silveira A et al. A família de crianças/adolescentes hospitalizados: o grupo como estratégia de cuidado. Cienc CuidSaude Abr/Jun; 11(2):402-407. Disponível em: acessado em: 15-03-18 4. Maceno PR, Heidemann ITSB. Unveilling the Actions of Nurses in Primary Health Care Groups. Texto & Contexto - Enfermagem. 2016;  25(4): 1-9. Disponível em: acessado em: 15-03-18.