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8399334 | PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DO VALE DO ITAJAÍ: RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Suellen Tapada da Silva ; Pollyana Bortholazzi Gouvea |
Resumo: **Introdução:** Inserido no processo de trabalho do enfermeiro, encontra-se o processo de enfermagem e, no contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele qualifica a assistência prestada ao paciente crítico, e também designa as funções atribuídas pelo profissional da enfermagem, exigindo organização e planejamento dentro do seu processo de trabalho na alta complexidade, sendo este, representado pela Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Esta é uma atividade exclusiva do profissional Enfermeiro que qualifica e organiza o cuidado assistido ao paciente. Partindo desta premissa, durante o decorrer de um Estágio Curricular Supervisionado, ao qual, fora designado o setor de Terapia Intensiva para execução do mesmo, pode-se acompanhar o processo de implementação da SAE no setor, que seria executada através do sistema de informação adotado pela instituição hospitalar. Conforme Santos; Dias (2013) supracitados, afirmam que na prática diária de um setor da alta complexidade, entende-se que a enfermagem necessita de organização e gerenciamento sobre as atividades realizadas, levando em consideração a complexidade dos pacientes, além do alto custo e demanda intensa. Contudo, para a eficácia no atendimento realizado ao paciente, há de se ressaltar a suma importância do seguimento preciso às etapas da SAE, sendo estas, organizadas logicamente conforme a coleta de dados, exame físico realizado ao paciente, desenvoltura de diagnósticos de enfermagem, prescrição de cuidados, intervenções e avaliação dos resultados, possibilitando a organização do processo de trabalho. Para que isso aconteça, comumente as instituições hospitalares adotam sistemas de informação que facilitam a execução das etapas da SAE, além de promover informações para controle de avalição do cuidado realizado. Neste contexto, o presente trabalho aborda o processo precedente à implementação de diagnósticos e prescrições de enfermagem na base de dados que auxiliará os profissionais durante a execução da SAE. **Objetivos: **Relatar o processo de implementação da sistematização da assistência de enfermagem durante o estágio curricular supervisionado no setor de terapia intensiva, dando ênfase na contribuição para formação acadêmica do profissional enfermeiro. **Descrição metodológica:** Trata-se de um relato de experiência que descreve o processo de implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem no setor de Terapia Intensiva de um hospital localizado no Vale do Itajaí, tendo como período de vigência o segundo semestre do ano de 2017. O Estágio Curricular Supervisionado, que possibilitou está experiência, tem foco em organização e gerenciamento de enfermagem no âmbito hospitalar. O relato foi baseado na vivência de uma acadêmica do Curso de Graduação de Enfermagem sob acompanhamento de uma Professora Supervisora. Entretanto, o estágio acontece através da inserção do acadêmico no campo proposto, executando previamente o plano de atuação, acerca de uma análise detalhada, feita antes do início das atividades. O plano de atuação se resume em atividades proposta para criar algo ou possibilitar a melhora no processo de trabalho da equipe, por exemplo. Neste caso, o que foi incluído no planejamento se refere a implementação da SAE na Terapia Intensiva. **Resultados: **Considerando que a instituição obtinha dados atualizados referente aos indicadores e perfil dos pacientes internados, já se tinha conhecimento das principais causas da internação e diagnósticos que seriam trabalhados com os pacientes ao longo do período, pois, algumas patologias e complicações eram inerentes ao caso clínico de cada cliente., antes do início das atividades curriculares no setor da UTI, os profissionais enfermeiros contavam com material de apoio para executar uma das etapas da SAE, sendo esta, o levantamento de Diagnósticos de Enfermagem. Ainda assim, diante da coleta de informações para averiguar como estava discorrendo o processo da implementação da SAE na instituição hospitalar, obteve-se o relato de uma Enfermeira que estaria responsável, junto a uma equipe organizadora, que as etapas que se sucederam na época, estavam diretamente relacionadas ao levantamento dos diagnósticos de enfermagem que estavam atribulados aos profissionais da UTI. Diante das atividades propostas durante o transcorrer do estágio, uma das propostas de atuação da acadêmica, seria auxiliar na implementação da SAE, contudo, este trabalho teve início durante o processo de observação participativa no setor, identificando as fragilidades e potencialidades da execução da SAE. Consequentemente, realizou-se o levantamento dos diagnósticos de enfermagem mais utilizados pelos enfermeiros que compunham o setor, juntamente às intervenções propostas para cuidado, a partir disto, fora estabelecido planilhas Excel para organização e distribuição dos diagnósticos com resultados e intervenções detalhadas (o que deveria ser feito, como, quando e quem desempenharia). Juntamente à equipe responsável por esta implementação e a supervisão direta do estágio, foi-se modificando e aperfeiçoando os dados alimentados na planilha, até serem apresentados definitivamente para acoplamento do sistema de informação. Para que este trabalho que fora desempenhado em conjunto, fosse aprovado e utilizado de forma eficaz, houve uma coleta de dados acerca dos elementos fundamentais e utilizados corriqueiramente nos setores de Terapia Intensiva da respectiva instituição, com o propósito de otimizar o tempo e contribuir no processo de trabalho do enfermeiro, de maneira que não estivesse distante da realidade vivenciada, levando em consideração o perfil populacional do pacientes internados e os recursos disponíveis pela instituição hospitalar, cabíveis de execução. **Conclusão: **Durante o processo de implementação do novo _layout_ do sistema, a acadêmica, mediante supervisão, estava executando diariamente a SAE na UTI, aplicando os dados construídos para alimentar a nova plataforma da base de dados. Todavia, diante do uso contínuo destas informações e aplicabilidade da SAE, pode-se avaliar a implementação eficaz dos diagnósticos e intervenções prescritas, demandando do controle avaliativo dos resultados, gerando indicadores referentes a assistência prestada. Vide a suma importância de avaliar constantemente um instrumento que será previamente implementado, é interessante ressalvar que fora realizado uma educação em serviço com os enfermeiros presentes na Terapia Intensiva me período matutino, explanando como funcionaria o sistema e quais informações estariam disponíveis, bem como, a possibilidade de acrescentar dados no sistema, manualmente. Além dos profissionais enfermeiros, fora apresentado o sistema à coordenação de enfermagem da UTI, que auxiliou na coleta de dados e indicadores para traçar um perfil diagnósticos dos pacientes internados no setor. Devido ao término do Estágio ser realizado mediante a efetivação do novo _layout_ no sistema, não puderam ser avaliados diretamente os resultados gerados. **Contribuições/implicações para Enfermagem: **Por ser uma atividade particular do Enfermeiro, a SAE retrata a organização e estruturação do seu processo de trabalho, o que, oportunizou acadêmicos a presenciarem a implementação de um instrumento fundamental para organizar e sistematizar o cuidado de enfermagem. É de grande reconhecimento que, este processo possibilitou uma ampla visão das atribuições do enfermeiro e suas responsabilidades. Contudo, a viabilização do auxílio desempenhado por um acadêmico, integra o mesmo nos serviços e facilita o entendimento da magnitude e amplitude do processo de implementação da SAE, sendo duradouro e que demanda de trabalho minucioso.
Referências: MORAES, Bibiana Arantes; COSTA, Nilce Maria da Silva Campos. Compreendendo os currículos à luz dos norteadores da formação em saúde no Brasil. Rev Esc Enferm USP [s.l], v. 50, n. esp., p. 009-016; 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000300002
EGRY, Emiko Yoshikawa. Saúde coletiva: construindo um novo método em enfermagem. São Paulo: Editora Ícone, 1996; 144 páginas.
TRENTINI, Mercedes; PAIM, Lygia. Pesquisa Convergente-assistencial: Um desenho que une o fazer e o pensar na prática assistencial em saúde-enfermagem. 2 ed. Florianópolis: Insular, 2004. |