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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 8031629

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8031629

CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ANTES E APÓS CAPACITAÇÃO EM SEMIOTÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS.

Autores:
Karla de Melo Batista ; Walckirian Garcia Romero Sipolatti ; Lorena Barros Furieri ; Mirian Fioresi ; Luciana Nascimento Barcellos

Resumo:
**Título:** CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ANTES E APÓS CAPACITAÇÃO EM SEMIOTÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS. **Autores: **_Lorena Barros Furieri1;_ Luciana Nascimento Barcellos2; Mirian Fioresi3; Karla de Melo Batista3; Walckiria Garcia Romero3. **Introdução: **O exame físico integra a primeira fase do Processo de Enfermagem (PE) e permite que as características levantadas permeiem o desenvolvimento das cinco etapas que o compõem(1). Neste sentido, espera-se que o enfermeiro, além de monitorar os sinais vitais, julgue seus achados e atue na tentativa de evitar uma piora no quadro clínico do paciente(2). A padronização dos registros dos sinais vitais melhora a qualidade e a segurança da assistência(3). A equipe de enfermagem forma o maior quantitativo de trabalhadores na área da saúde e permanece ao lado do paciente 24 h/dia. O conhecimento sobre a adequada verificação dos sinais vitais permite o enfermeiro determinar os diagnósticos, traçar as intervenções e avaliar as ações desenvolvidas. **Objetivo: **Analisar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a semiotécnica para avaliação dos sinais vitais antes e após uma capacitação sobre a temática. **Descrição** **metodológica: **Trata-se de um estudo intervencionista e analítico, realizado em hospital de ensino em Vitória, Espírito Santo, Brasil. A coleta de dados ocorreu antes, imediatamente após e 02 meses decorridos da capacitação em sinais vitais, oferecida entre os meses de novembro de 2016 e março de 2017, totalizando 22 eventos. Foram incluídos enfermeiros (antes n= 13; imediatamente após n= 12; 02 meses n= 10) e técnicos e auxiliares (antes n= 24; imediatamente após n= 21; 02 meses n= 19). O questionário utilizado para avaliar a correta semiologia dos sinais vitais era pontuado de zero a 20, no qual zero era a menor pontuação atingida pelo profissional e 20, a pontuação máxima. Análise estatística: Teste exato de Fisher; Mann-Whitney; Anova uma via, seguida de pós-teste de Tukey; p<0,05 foi considerado significante. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde, sob nºCAAE 54867016.0.0000.5060. **Resultados: **Para os enfermeiros, a média de acertos aumentou de 14,7 ± 0,7 (73,5 ± 3,3%) para 16,9 ± 0,4(84,6 ± 2,3%) enquanto para os técnicos/auxiliares aumentou de 11,6 ± 0,5 (57,8 ± 2,4%) para 15,7 ± 0,8 (78,3 ± 3,9%). Transcorridos dois meses da capacitação, a média de acertos reduziu de 15,7 ± 0,8 para 14,1 ± 0,6 (70,3 ± 2,8%) na categoria de técnicos e auxiliares, mas ainda permaneceu maior quando comparada aos parâmetros anteriores à capacitação (11,6 ± 0,5). Considerando a categoria profissional dos enfermeiros, estatisticamente não houve redução na porcentagem de acertos transcorridos 2 meses da capacitação (79,5 ± 3,4%), quando comparado ao período após capacitação (84,6 ± 2,3%).  Além do aumento na média de acertos de todas as categorias após a capacitação, a diferença estatística encontrada previamente ao treinamento, entre as categorias profissionais, deixou de existir (Tec + Aux= 15,82 ± 0,72 _vs _Enf= 16,92 ± 0,47; p>0,05). Quanto ao desempenho no teste teórico, os técnicos e auxiliares de enfermagem apresentaram maior frequência nas diferenças de acerto antes e após o treinamento. Assim, após a capacitação houve melhor desempenho (p<0,05) para as questões referentes às características do pulso periférico; à verificação da temperatura axilar do paciente; aos fatores que influenciam a temperatura; à semiotécnica de aferição da pressão arterial; ao método palpatório de aferição de Pressão arterial; e ao registro de enfermagem. **Conclusão: **A capacitação em sinais vitais melhorou o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a referida semiotécnica e embasou a competência técnica, possibilitando a tomada de decisão clínica e, assim, favorecer a autonomia profissional para a realização do PE. **Contribuições/implicações para a enfermagem: **A capacitação apontou a necessidade de ações de educação permanente para proporcionar o acesso contínuo a essa temática fundamental para o cuidado de enfermagem 1Enfermeira, Doutora, Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, Brasil, e-mail: [lorafurieri@yahoo.com.br](mailto:lorafurieri@yahoo.com.br). 2Enfermeira, Mestra pela Universidade Federal do Espírito Santo, Prefeitura Municipal de Vila Velha, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil.3Enfermeira, Doutora, Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, Brasil. **Referências**: 1- Resolução n. 358 de 23 de outubro de 2009 (BR).Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Conselho Federal de Enfermagem. 2- Johnson KD, Mueller L, Winkelman C. The nurse response to abnormal vital sign recording in the emergency department.Journal of Clinical Nursing.2016; 26; 148-156. 3- Rosen MA, Chima AM, Sampson JB, Jackson EV, Koka R, Marx MK, et al. Engaging staff to improve quality and safety in an austere medical environment: a case-control study in two Sierra Leonean hospitals. InternationalJournal for Quality in Health Care. 2015; 27(4), 320-327. **Descritores: **Sinais vitais; Educação em enfermagem; Tecnologia educacional. **Área temática: **Integração ensino-serviço-comunidade como estratégia para a formação da assistência de enfermagem.


Referências:
1. Sampaio J, Sousa CSM, Marcolino EC, Magalhães FC, Souza FF, Rocha AMO, et al. O NASF Como Dispositivo da Gestão: Limites e Possibilidades The FHSN as Management Device: Limits and Possibilities. Rev. Bras. Ciênc. Saúde 2012; 16(3):317-324. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica: Diretrizes do NASF Núcleo de Apoio a Saúde da Família.Brasília: Editora MS; 2009. 3. Moural LKM, Lima CHR, Sousa DL, Honorato DZS, Neta ASRR, Costa KRF. O profissional enfermeiro como educador: um olhar para atenção primária à saúde e o NASF. Rev. Interdisciplinar 2015; 8(1): 211-219.