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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 7916452

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7916452

NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS NOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA, A LUZ DA TEORIA DE WANDA HORTA

Autores:
Guiomar Virginia Vilela Assunção de Toledo Batello ; Bruna Henrique Santos ; Tatiana Peres Santana Porto Wanderley

Resumo:
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS NOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA, A LUZ DA TEORIA DE WANDA HORTA _Tatiana Peres Santana Porto Wanderley_1, Bruna Henrique Santos2, Guiomar Virginia Vilela Assunção de Toledo Batello3 A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença complexa, que ocorre em razão de alguma anormalidade herdada ou adquirida, comprometendo o funcionamento do coração e prejudicando a oxigenação dos órgãos. Com o passar dos anos, os pacientes desenvolvem uma deterioração da função cardíaca e piora da capacidade funcional levando a inúmeras internações com elevados custos no tratamento.1 Os sintomas mais comuns do paciente com insuficiência cardíaca são: dispnéia; fadiga durante exercícios; dispnéia paroxística noturna; ortopnéia; edema de membros inferiores e tosse noturna. A sintomatologia pode levar a comprometimentos psicológicos e sociais prejudicando a qualidade de vida do indivíduo.2 A teoria das necessidades humanas básicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta, trata de necessidades consideradas essenciais para a sobrevivência e as alterações nas mesmas constituem estado de tensões, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos vitais. Para a autora o desconforto prolongado devido ao não atendimento das mesmas, ocasiona doenças. São agrupadas em três níveis: psicobiológicas; psicossociais e psicoespirituais. As necessidades psicobiológicas incluem: oxigenação; hidratação; nutrição; eliminação; sono e repouso; locomoção; integridade física; sexualidade; mecânica corporal; as regulações térmicas, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica; os crescimentos celular e vascular; as percepções olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa e dolorosa; o ambiente e a terapêutica. As psicossociais englobam: segurança; amor; autoestima; autorrealização; aprendizagem; comunicação; aprovação; gregária; recreação; criatividade; aprendizagem e liberdade. As psicoespirituais incluem: religiosa ou teológica; ética ou filosofia de vida.3As teorias de enfermagem constituem a fundamentação teórica que embasa o processo de enfermagem, o principal instrumento da sua pratica profissional, visto que favorece o cuidado, organiza as condições necessárias para realizar as ações e registrar a pratica assistencial.4 Nesse contexto foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa, exploratória, de caráter descritivo simples, no qual abordamos as necessidades humanas básicas afetadas nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca, tendo como objetivos: identificar os sinais e sintomas de pacientes hospitalizados com (IC), na unidade de internação de um hospital de referência do Tocantins; levantar os diagnósticos de enfermagem da taxonomia NANDA Internacional prevalentes para os portadores de (IC); elucidar as intervenções de enfermagem adequadas aos mesmos e comparar os diagnósticos e prescrições identificados na pesquisa aos registros de enfermagem feitos nos prontuários desses clientes. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa com o parecer de número: 2.218.667, CAAE:71759417.8.0000.5516. A população foi composta por 14 pacientes portadores de IC e a amostra teve 12 pacientes. Para a elaboração das intervenções foi utilizada a classificação das intervenções de enfermagem (NIC). Os resultados evidenciaram em relação a faixa etária que a maioria tinha idade de 81 a 90 anos, já com relação aos sinais e sintomas foi prevalente a dispnéia constante, seguido por tosse, fadiga e ansiedade. Os diagnósticos de enfermagem com maior ocorrência foram: débito cardíaco diminuído; volume de líquidos excessivo e fadiga. As necessidades humanas mais afetadas foram as psicobiológicas, com a oxigenação em destaque. As etapas mais realizadas do processo de enfermagem pela equipe nos prontuários foram: histórico; diagnóstico e planejamento, ressaltamos ainda que a grande maioria dos prontuários não possuíam o registro das cinco etapas do processo, evidenciando uma execução fragmentada. Observamos que na metade dos prontuários avaliados os diagnósticos e prescrições coincidiam com as recomendações literárias e sinais e sintomas apresentados pelo cliente. As intervenções de enfermagem destacadas no estudo foram: realizar uma avaliação abrangente da circulação periférica; observar sinais e sintomas de débito cardíaco diminuído; monitorar a ocorrência de dispnéia, fadiga, taquipnéia e ortopnéia; monitorar frequência, ritmo, profundidade, esforço nas respirações e verificar a ocorrência de aumento da inquietação, ansiedade e falta de ar, de dispnéia e eventos que a melhorem ou piorem. A realização deste estudo permitiu avaliar a importância do processo de enfermagem, notamos que a implementação ocorre de maneira fragmentada, o que aponta a necessidade de reorganização, por meio de investimentos em educação permanente para melhorar a qualidade de assistência. Constatamos também que é importante utilizar a teoria das NHB para um cuidado individualizado com visão holística do indivíduo. A falta de conhecimento dos enfermeiros em relação ao processo de enfermagem, torna-se uma barreira para adesão a sua execução, sendo de suma importância uma conscientização quanto à obrigatoriedade e benefícios obtidos com a utilização do processo nas práticas de trabalho, sejam gerenciais ou assistenciais. Consideramos fundamental que o assunto seja inserido nas grades curriculares das universidades e cursos técnicos, possibilitando o aprofundamento teórico e prático. O processo de enfermagem precisa ser valorizado e ter credibilidade por parte da equipe, mais do que implantar essa ferramenta de trabalho é necessária uma gestão que utilize programas de educação voltados para a conscientização da equipe acerca da importância do processo, orientando a documentar, organizar o trabalho de forma a viabilizar um trabalho alicerçado na qualidade. Dessa forma, sugerimos uma reorganização do ensino teórico e prático do processo de enfermagem, inserindo estratégias para melhorar a qualidade da formação e a pratica profissional, para que os enfermeiros concluam a graduação com raciocínio crítico e clinico, além de educação permanente, para aprimoramento e atualização dos profissionais já inseridos no mercado de trabalho. Esta pesquisa trará contribuições para a instituição na implementação do processo de enfermagem e também auxiliará aos profissionais e estudantes de enfermagem a traçar um plano de cuidados correto e qualificar a assistência aos pacientes com insuficiência cardíaca. Descritores: Teoria de Enfermagem; Insuficiência Cardíaca; Processo de Enfermagem. Área temática 3: Processo de Enfermagem: referenciais teórico-metodológicos, raciocínio clínico e sistemas de linguagem padronizada REFERÊNCIAS 1.Almeida GAS et al. Perfil de saúde de pacientes acometidos por insuficiência cardíaca. Escola Anna Nery.2013;17(2):414-814. 2.Fini A, Cruz DALM. Características da Fadiga de Pacientes com Insuficiência Cardíaca. Revista Latino Americana de Enfermagem.2009 julho-agosto; 17(4). 3. Horta WA. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU;1979. 4. Tannure MC, Pinheiro AM. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem.2ªed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2013. * * * 1 Enfermeira. Especialista. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Palmas-TO. Coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa em Enfermagem do Hospital Geral de Palmas-TO. Email: tatiporto3@gmail.com. 2 Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Palmas- TO. 3 Enfermeira. Mestre. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Palmas-TO e da Universidade Federal do Tocantins.


Referências:
1 - Nascimento MI, Rocha LB. Colpo citologia de mulheres com diagnostico de adenocarcinoma do colo do útero. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2014; 36(1):40-5. 2 – Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa de Câncer no Brasil, 2016. Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância, 2016. 3 - Barbosa, DC; Lima EC. Compreensão das mulheres sobre o câncer de colo do útero e suas formas de prevenção em um município do interior da Bahia, Brasil. Rev. APS. 2016 out/dez; 19(4): 546 - 555.