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7867122 | SIMULAÇÃO REALÍSTICA NA ENFERMAGEM COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO | Autores: Emerson Glauber Abreu dos Santos ; Remo Rodrigues Carneiro ; Daniela Maria Nantes Boução ; Jessika Cardoso de Souza ; Gabriel Augusto Cordeiro dos Santos |
Resumo: **INTRODUÇÃO: **A estratégia de simulação realística no ensino da Enfermagem, é um dos recursos educacionais que representa um método ativo ao oferecer experiências cognitivas, psicomotoras e afetivas. Contribui na transferência de conhecimento da sala de aula para a prática profissional. A utilização de simuladores permite a apresentação de diversos cenários dentro de um ambiente de controle. Além disso, é possível estudar o mesmo caso por diversas equipes e por várias vezes até que a proficiência seja atingida, analisando tanto o desempenho técnico como as atitudes e comportamentos profissionais do alunado em formação. A simulação é metodologia educativa centrada no aluno e suas necessidades de aprendizagem. Desta forma surgiu o seguinte questionamento: Como a Simulação Realística contribui como método ativo de ensino na graduação em Enfermagem? **OBJETIVO:** Investigar como se apresenta o estado da arte, na literatura científica, acerca da utilização da simulação realística como método ativo de ensino na graduação de enfermagem nos últimos dez anos (2006-2016). **METODOLOGIA**: Trata-se de uma Revisão narrativa, onde recorreram-se as bases de dados para agregar literatura científica que proporcionasse conhecimento mais refinado sobre o assunto pesquisado. Obedeceram-se como critérios para inclusão dos artigos originais, publicados inglês, espanhol e português disponíveis online na forma completa: artigos disponíveis integralmente sem necessidade de pagamento. Utilizaram-se como descritores: educação em enfermagem _and _simulação _and_ graduação. **DISCUSSÃO:** Em uma tradução literal, Simulação significa: imitar, reproduzir, fingir ... É processo dinâmico, envolve a criação de oportunidade hipotética incorporando uma representação autêntica da realidade1. Facilita participação ativa do aluno e integra as complexidades do aprendizado prático e teórico com oportunidades para a repetição, feedback, avaliação e reflexão. A simulação realística contribui na aquisição de uma postura mais confiante na tomada de decisão de forma estratégica e planejada em benefício de indivíduos e famílias2. Quantos aos tipos de simuladores podemos citar O **_simulador de baixa fidelidade_** é um modelo com uma anatomia exterior parecida com a humana, de corpo completo ou parcial, que permite movimentos grosseiros nas articulações principais e que não tem qualquer tipo de resposta às intervenções efetuadas. Tem como vantagens o baixo custo, a robustez e a manutenção simples. Particularmente, é indicado para a aprendizagem de competências específicas como a punção venosa, sondagem nasogástrica, entre outras1. O **_simulador de média fidelidade_** vai além dos aspectos anatômicos. Encontram-se simuladores com sons respiratórios e cardíacos, que permitem a monitorização do traçado de eletrocardiograma e a pesquisa de alguns pulsos (habitualmente centrais) e que podem ainda ter alguns sons pré-gravados (tosse, vômito, gemido, entre outros), que são reproduzidos sob o comando do docente que opera o simulador3. O **_simulador de alta fidelidade_** é um manequim de corpo inteiro, anatômico e fisiologicamente semelhante a uma pessoa. Inicialmente, foram desenvolvidos para o treino na área de anestesia, e, atualmente, têm sido usados na formação de diversos profissionais de saúde. Possuem movimentos respiratórios, piscam os olhos, permitem a avaliação de diversos parâmetros vitais, a ausculta de sons respiratórios, cardíacos e intestinais e, ainda, a avaliação de alguns dados na pele, como o tempo de perfusão capilar, cianose, diaforese e outros. Seu funcionamento é gerido por um computador, com um _software _que permite respostas fisiológicas extremamente realistas às intervenções realizadas e com variação em função da idade e da condição de saúde previamente definidas1. A SR é uma estratégia de ensino que possui um vasto campo a ser explorado e conhecido. Destaca-se que diante do cenário simulado do docente/facilitador/mediador conduz o aluno num ambiente controlado, onde ele pode interagir e repetir até alcançar a habilidade desejada. Recriar cenários da prática profissional é um dos recursos que a academia utiliza para o ensino de habilidades. É um processo dinâmico e envolvendo criação de oportunidade hipotética. Incorpora a representação autêntica da realidade, facilitando a participação ativa do aluno e integrando as complexidades do aprendizado prático e teórico com oportunidades para a repetição, feedback, avaliação e reflexão3. Destacam-se como barreiras que dificultam o uso da simulação, os seguintes: integrar a simulação aos conteúdos curriculares; manter a disciplina e a regularidade do uso e participação em processos de simulação; o tempo necessário para o desenvolvimento de novos cenários; tempo para corrigir e avaliar as atividades; e orientação sobre o cuidado com os simuladores; além do custo elevado de muitos materiais2. A prática de ensino por simulação constitui recurso primordial para o processo ensino-aprendizagem, vislumbrando o que deverá ser a educação no futuro. O laboratório de simulação realística é um facilitador para o ensino-aprendizagem do processo de cuidar em enfermagem. É um recurso pedagógico para o desenvolvimento das competências e habilidades inerentes à profissão, além de possibilitar respeito ao ritmo da aprendizagem do aluno individualmente, facilitando o processo ensinar/aprender. Contribui ainda na superação de questão ética no trato com os usuários que procuram o atendimento de saúde, tanto na rede pública quanto na privada3. A simulação no ensino tem sua fundamentação teórica na ótica da aprendizagem significativa proposta por _David Ausubel_ nos anos de 1960, de orientação construtivista onde o processo cognitivo humano de edificação do conhecimento se dá com a assimilação de novos significados, valorizando experiências prévias do indivíduo. As dificuldades em integrar simulação aos conteúdos curriculares se deve a manutenção da disciplina e a regularidade do uso e participação em processos de simulação. No cenário atual, o professor é desafiado a transformar os espaços de aprendizagem em experiências significativas, capazes de aguçar a capacidade de percepção, sensibilidade, intuição, imaginação e criatividade de estudantes, auxiliando-os a não serem apenas executores de tarefas3. Nesse método, o problema sempre parte de experiências reais, entretanto no ensino de enfermagem isso pode ser um “desafio quando apenas oportunidades aleatórias estão disponíveis nas experiências clínicas”. O grau em que a simulação se aproxima da realidade, é quando se aumenta a fidelidade e o realismo. O nível de fidelidade é determinado por fatores físicos como ambiente, equipamentos e ferramentas relacionados; fatores psicológicos como emoções, crenças e consciência dos participantes; fatores sociais como motivação e objetivos do instrutor; cultura do grupo; grau de abertura e confiança; como também, os modos de pensar dos participantes1. **CONCLUSÃO:** Gerar conhecimento não é tarefa fácil para os dias atuais, cada vez mais é exigido do educador, artifícios que permitam além de transmitir conhecimentos, formar profissionais críticos que vejam sua profissão como valioso oficio e que assim possam também transformar a realidade que os cerca. Uma formação que permite aos alunos praticar as habilidades necessárias em um ambiente que permite erros e crescimento profissional, sem arriscar a segurança do paciente. **CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: **a simulação realística permite ao aluno desenvolver a sua autonomia, não apenas para capacitar ou treinar procedimentos e técnicas e estimular a traçar estratégias de aprender a aprender. Promover crescimento pessoal, acadêmico e profissional. Trabalhar habilidades e incentivando atitudes críticas, criativas e reflexivas que permitam ao educando enxergar seu processo de formação onde o indivíduo é protagonista de seu aprendizado.
Referências: 1. Poveda VB, Clark AM, Galvão CM. A systematic review on the effectiveness of prewarming to prevent perioperative hypotermia. Journal of Clinical Nursing. 2012; 22:906-918.
2. Herdman TH; Kamitsuru S. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017. Porto Alegre: Artmed; 2015.
3. Bashaw MA. Guideline implementation: preventing hypotermia. AORN Journal. 2016; 103(3):304-313.
4. Barros ALBL. Classificações de diagnóstico e intervenção de enfermagem: NANDA- NIC. Acta Paul Enferm. 2009; 22:864-867.
5. Bulechek GM, Butcher HK, Dochterman JM, Wagner CM. Classificação das intervenções em enfermagem (NIC). Rio de Janeiro: Elsevir; 6 ed. 2016. |