Imprimir Resumo


SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 7852788

E-Pôster


7852788

O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO E A CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM PADRONIZADA NO PROCESSO DE ENFERMAGEM

Autores:
Yara Maria Randi ; Fernanda Thalia Cardoso ; Anna Lavínia Barreiro Gullo ; Ana Beatriz Zampieri

Resumo:
**Introdução:** O processo de enfermagem é usado como uma ferramenta para que a assistência se torne organizada e sistematizada provendo qualidade e segurança no cuidado de enfermagem para o paciente. Também faz parte da construção desse processo a linguagem padronizada, definido como um conjunto de termos utilizados para descrever toda avaliação clinica do enfermeiro, resultando em um cuidado mais eficaz. Sendo o raciocínio clínico uma forma de pensar criticamente, se torna fundamental o treinamento de habilidades tais como a de analisar, observar e criticar, além do desenvolvimento da autonomia principalmente no modo de pensar e das ideias, sempre integrando a realidade1. O aprimoramento deste raciocínio exige o estímulo constante dos profissionais da saúde por meio de estratégias e atividades que desenvolvam as informações do meio². **Objetivo: **Identificar e analisar estudos que apresentem o processo de enfermagem frente à construção do raciocínio clínico e a linguagem padronizada. **Metodologia:** Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa do tipo descritivo e qualitativo, seguindo os 6 passos propostos por Souza et.al (2010), sendo o primeiro passo a elaboração da questão norteadora: como ocorre o desenvolvimento do raciocínio clínico e a construção dos sistemas de linguagem padronizada durante as etapas do Processo de Enfermagem? Foram selecionados artigos à partir da busca avançada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), encontrados na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para a busca de amostragem os descritores de assuntos utilizados estão indexados na base de dados Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles: Processo de Enfermagem; Raciocínio; Clínico. Os critérios de inclusão utilizados foram: apenas artigos na íntegra, publicado entre os anos de 2010 a 2018. Os critérios de exclusão foram: outros tipos de trabalho se não artigo, que continham apenas o resumo disponível e publicados anteriormente à 2010. **Resultados: **A produção desta revisão se deu a partir de artigos provenientes de estudos descritivos (não-experimentais) ou com abordagem qualitativa e/ ou provenientes de relatos de caso ou experiência. Dessa forma a discussão dos resultados foi realizada em duas etapas para melhor organização e compreensão do conteúdo abordado. A discussão do presente estudo permitiu pontuar a necessidade da implantação de sistemas de linguagem padronizada na Sistematização da Assistência de Enfermagem, que direcionam e sustentam a prática da profissão em questão na escolha das intervenções apropriadas à partir do raciocínio clínico implementado de forma eficaz. **Conclusão:** Utilizar da linguagem padronizada em enfermagem, além de fornecer uma forma clara para os registros, oferece direção e sustentação para a equipe de enfermagem durante o seu raciocínio clínico e designa os acontecimentos inerentes tanto na prática, quanto na disciplina do enfermeiro. Faz-se imprescindível promover uma formação completa e integralizada dos acadêmicos e futuros enfermeiros, além de ser extremamente indispensável à análise das repercussões gerados a partir dessa formação, principalmente observar atentamente as modificações no desenvolvimento do raciocínio crítico e as sugestões e melhorias relacionadas a assistência. Consideramos necessário o desenvolvimento de atividades multidisciplinares e desafios que incitem o enfermeiro, desde a sua graduação, o exercício do raciocínio clínico e o domínio sobre a linguagem padronizada, uma vez que os autores comprovam que há uma grande dificuldade de alunos e profissionais da área em ampliar ambas as habilidades, sendo que o aprimoramento das mesmas só é realmente possível de acontecer e ser avaliado a partir da sua prática. O desenvolver dos princípios que fundamentam a assistência de enfermagem, englobados na linguagem padronizada, é primordial para a evolução do raciocínio clínico. **Contribuições/Implicações para a enfermagem: **Para realizar um cuidado de enfermagem integral é necessário buscar mecanismos que auxiliem no seu processo de trabalho, é onde encontramos a linguagem padronizada e o raciocínio clínico. No âmbito da linguagem padronizada o enfermeiro encontra uma sustentação para a organização dos diagnósticos e futuramente as intervenções e resultados, sendo importante também para a construção do conhecimento. Referente ao raciocínio clínico traz para a enfermagem um cuidado mais seguro e eficiente resultando em mais proteção e confiança ao paciente. Esses mecanismos trazem implicações diretas para a prática assistencial do enfermeiro, como para garantir intervenções efetivas e em propiciar uma maior autonomia durante o processo de trabalho. Sendo assim o raciocínio clínico no processo de enfermagem, é uma continua aprendizagem e aprimoramento tanto para o acadêmico da área quanto para o profissional enfermeiro, devendo ser continuo e trabalhado diariamente, pois isso implica na execução da autonomia e evolução da satisfação profissional, trazendo um melhor cuidado para o campo de trabalho.


Referências:
1 Nóbrega, R. V.; Nóbrega, M. M. L.; Silva, L. K. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para crianças na Clínica Pediátrica de um hospital escola. Revista Brasileira de Enfermagem [Internet]. 2011. 64(3). 2 Marques, D. K. A.; Moreira, G. A. C.; Nóbrega, M. M. L. Análise da teoria das necessidades humanas básicas de Horta. Revista de Enfermagem UFPE [Internet]. 2008. 3 Tannure, M. C.; Pinheiro, A. M. Sistematização da assistência de enfermagem. 2. ed. Guanabara Koogan, 2010. 4 Cubas, M. R.; Nóbrega, M. M. L. Atenção primária em saúde: diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. 1. ed. Elsevier, 2015.