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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 7767592

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7767592

“SUBCONJUNTO TERMINOLÓGICO CIPE®: CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA”/~=

Autores:
Sandra de Souza Rodrigues ; Cássia Barbosa Reis

Resumo:
Introdução: A assistência à saúde prestada por enfermeiros vem evoluindo ao longo da história sendo que a implantação do prontuário eletrônico na atenção básica denominado Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), faz parte desta evolução como instrumento de registro. Este sistema utiliza Classificação Internacional da Atenção Primaria (CIAP) para o atendimento através do método SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação, Plano), que permite aos profissionais da saúde ter elementos para prestação da assistência. Como é uma classificação multiprofissional, limita o trabalho do enfermeiro que tem na Classificação Internacional para Prática de Enfermagem (CIPE**®**) o objetivo de estabelecer uma linguagem clara e comum para a prática de enfermagem de ordem mundial. A CIPE**® **norteia a  assistência com base cientifica e direciona na consulta de enfermagem, com a criação de um vocabulário único entre os enfermeiros com aplicabilidade em todo o território de utilização, permitindo uma maior perceptibilidade no diagnóstico e intervenção em especial na consulta ginecológica1. A consulta de enfermagem ginecológica engloba ações que norteiam a melhora da qualidade de vida e o autocuidado da mulher utilizando raciocínio clinico  para a assistência da saúde, sendo que este relato tem foco no controle de câncer de mama. Metodologia: Trata-se de uma intervenção educativa com um grupo de enfermeiros da atenção primária e atenção especializada da rede municipal de saúde de Dourados/MS, realizada através de doze oficinas pedagógicas. O processo educativo foi dividido em duas etapas: formulação de diagnósticos e intervenções de enfermagem baseadas na CIPE®. Nas oficinas utilizou-se o método de Arco de Maguerez. Através dos encontros os diagnósticos elaborados emergiram-se baseados na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, que consiste em uma teoria baseada em um modelo conceitual nas leis do equilíbrio, adaptação e holismo, adaptada ao formato SOAP (subjetivo, objetivo, avaliação e plano) que emergiram a criação do Subconjunto terminológico CIPE® de diagnósticos e intervenções com enfoque no controle de câncer de Mama. Para elaborar o mapeamentos dos termos levantou-se os problemas mais comuns identificados através da prática assistencial nas consultas de enfermagem durante realização do exame clínico das mamas. Separou-se dois problemas para cada integrante do grupo que ficou com a responsabilidade de fazer revisão de literatura acerca do problema e identificar o termo no livro CIPE® 2013 e 2015 ou termo similar. E após o mapeamento foi realizado a elaboração dos diagnósticos. Para elaboração dos diagnósticos, foi utilizamos o modelo dos sete eixos da CIPE® que consiste em Foco (Área de atenção relevante para enfermagem), Julgamento (Opinião clínica ou determinação relacionada ao foco da prática de enfermagem), Meios ( Maneira ou método de executar uma intervenção), Ação (Processo intencional aplicado a, ou desempenhado por um cliente), Tempo (Momento, período/instante ou duração de uma ocorrência),  Localização (Orientação anatômica ou espacial de um diagnóstico ou intervenções), Cliente (Sujeito a quem o diagnóstico se refere e que é beneficiário de uma intervenção de enfermagem)2. O projeto foi submetido á apreciação do Comitê de Ética com Seres Humanos da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (CESH/UEMS) e obedeceu aos aspectos éticos preconizados pela Resolução n° 446/2012 e está registrado na plataforma Brasil sob número da CAAE 59976716.5.0000.8030. Resultados e discussões: Foram elaborados 07 diagnósticos de enfermagem para mamas, sendo descritos os 4 principais por serem os mais freqüentes: 1 - Imagem corporal Prejudicada devido Remoção da Mama; 2 - Dor em mama direita e/ou esquerda de grau Leve Moderada ou Alta; 3 - Processo patológico em mama com potencial para risco alto (D e/ou E) e, 4 – Acompanhamento de rastreamento(screnning) em estado de normalidade ao avaliar Mama direita e esquerda. Os diagnósticos seguiram a sequencia Foco – Local – Julgamento. O primeiro diagnóstico possibilita a visibilidade de alterações biopsicossociais relacionadas ao procedimento cirúrgico de mastectomia. Com a elaboração deste diagnóstico foi possível oferecer uma assistência integral e não apenas relacionada aos cuidados com a incisão cirúrgica, tornando assim a assistência com enfoque complementar humanístico. Em relação ao diagnóstico dor nas mamas, observa-se uma maior freqüência entre as queixas apresentadas pelas mulheres na consulta de enfermagem, que na maior parte não esta relacionada ao processo patológico propriamente dito, e sim ao desconhecimento das mesmas em relação aos fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, tornando assim a elaboração deste diagnóstico oportuno para a orientação deste cuidado.O diagnóstico com o termo potencial para risco permitiu maior visibilidade frente ao pacientes que apresentavam sintomas que sugeriam indícios dedesenvolver a neoplasia da mama. Através da formulação deste diagnóstico é possível criar um plano de cuidados mais efetivo podendo ser traçado a modo que minimize os fatores de riscos que podem ser modificados como: obesidade, alimentação industrializada, entre outros, e sensibilizando sobre os fatores não modificáveis. Ainda em relação a esse diagnóstico, foi possível observar que na sua formulação pode-se utilizar os eixos conforme a evidencia clínica observada na consulta de enfermagem. Em relação ao diagnóstico de acompanhamento de rastreamento relacionado com os casos em que após a consulta de enfermagem, não é observado achados fora do estado da normalidadeda mama direita e/ou esquerda, permite ao enfermeiro um direcionamento ligado a assistência voltada à promoção e prevenção de possíveis alterações. Considerações finais: a elaboração dos diagnósticos e intervenções de enfermagem utilizando um sistema de linguagem padronizada permitiu ofertar um plano de cuidados com possibilidade de resultados mais eficazes. Constatou-se a necessidade de atualizações constantes para sugestões de termos ainda não contemplados. Ainda que observada a falta de termos para elaboração dos diagnósticos e intervenções, executar tal ação permitiu contemplar o processo de enfermagem na sua totalidade dando visibilidade ao trabalho do enfermeiro. Contribuições/implicações para a enfermagem: o processo educativo deve ser realizado de forma continua e espaços de educação permanente no trabalho utilizado o processo de enfermagem devem ser proporcionados dado ao fato que foi observado o desconhecimento da terminologia utilizada neste trabalho, bem como as dificuldades na elaboração dos diagnósticos. O processo ora relatado trouxe transformação importante na prática dos envolvidos, tanto do serviço quanto do ensino, contribuindo para a qualificação e a visibilidade do trabalho do enfermeiro na consulta ginecológica na atenção primária em saúde. .


Referências:
1- Brasil. Resolução CNE/CEB nº6, de 20 de setembro de 2012. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Técnica de Nível Médio [Internet]. Brasília, 2012. [acessado 13 jul 2016]. Disponível: http://www.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/2014113112619550rceb006_12-1.pdf. 2- Mata LRF, Madeira AMF. Análise da produção científica sobre a educação profissionalizante da enfermagem: uma revisão integrativa. Rev Min Enferm. [Internet] 2010; 14(3) [acessado em 17 jul 2017]. Disponível: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/135. 3- Galvão EA, Sousa MF. As escolas técnicas do SUS: que projetos político-pedagógicos a sustentam? Revista de Saúde Coletiva [Internet] 2012; 22(2) [acessado 15 jul 2016]. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/physis/v22n3/17.pdf. 4- Rede de Escolas Técnicas do SUS. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz (RETSUS) [Internet] [acessado 14 jan 2018]. Disponível: www.retsus.epsjv.fiocruz.br. 5- Lessmann JC, Lanzoni GMM, Gubert E, Mendes PXG, Prado ML, Backes VM. Educação profissional em enfermagem: necessidades, desafios e rumos. Ver Min Enferm. [Internet] 2012; 16(1) [acessado em 15 jun 2016]. Disponível: file:///C:/Users/enfaj/Downloads/v16n1a15.pdf.