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7485780 | Desafios no ensino do cuidado ao paciente neurocirúrgico: relato de experiência sobre uso do Role Playing | Autores: Lucia Nazareth Amante ; Neide da Silva Knihs ; Keyla Cristiane do Nascimento ; Luciara Fabiane Sebolt ; Juliana Balbinot Reis Girondi |
Resumo: **_INTRODUÇÃO_**_:_ O _Role Playing _é uma metodologia ativa de ensino que possibilita ao aluno treinar habilidades de comunicação, relação interpessoal e profissional, além da empatia por meio do jogo de papéis, envolvendo os participantes em situações e problemas vividos no cotidiano dos pacientes (RABELO; GARDIA, 2015; SOARES et al, 2015; SOUZA et al, 212). Considerando que o paciente neurocirúrgico no perioperatório poderá apresentar alterações peculiares (disfasia, afasia, hemiplegia, hemiparesia, alteração de pupila) e a necessidade de cuidados de enfermagem específicos e complexos (aplicação de Glasgow e avaliação pupilar), se faz necessário o desenvolvimento de competências e habilidades no planejamento da assistência a esse paciente. **OBJETIVO**: relatar experiência sobre o uso do _Role Playing_ junto a alunos de graduação de enfermagem no ensino do cuidado ao paciente neurocirúrgico no perioperatório **_DESCRIÇÃO METODOLÓGICA_**: Refere-se a relato de experiência sobre o ensino teórico-prático da sistematização da assistência ao paciente neurocirúrgico no perioperatório. As etapas do Planejamento da atividade estão em consonância com a metodologia proposta. 1° - **Módulo preparatório**: elaboração do material (definição dos cuidados e das percepções, das competências e habilidades a serem desenvolvidas); 2° - **Desenvolvimento do jogo**: ocorre a descrição de cada etapa, onde o aluno será capaz de vivenciar diferentes papeis entre o disfasia, hemiplegia e alteração na visão tendo a necessidade de comunicar-se com o outro colega no planejamento da assistência a esse paciente. 3° - **Material necessário**: fita crepe, fita de seda, folhas de papel A4; pincéis, tapa olho e envelopes com os principais cuidados para as situações apresentadas no jogo. 4° - **Definição dos papéis: **Os alunos são divididos em grupos e o professor inicia as atividades narrando cada realidade e como cada um deverá desenvolver cada etapa do jogo (em cada grupo: um aluno vivencia a disfasia, outro a hemiplegia, outro a dificuldade de visão e os outros dois precisam desenvolver os cuidados e na sequencia os mudam de papéis). 5° -** Reflexão: **ao término do jogo é feita uma reflexão com os envolvidos buscando compreender o aprendizado e a experiência frente a cada papel vivenciado no jogo. **RESULTADOS: **O emprego do método propicia desenvolver competências, quais sejam: raciocínio clinico rápido, efetivo e seguro considerando as alterações de pupila; aplicação e avaliação da escala de Glasgow; percepção quanto a diferença na avaliação do paciente neurocirúrgico comunicação efetiva mesmo diante de limitações do paciente. Em relação às habilidades desenvolve-se capacidade de avaliar constantemente a visão (pupila), percepção da evolução deste paciente quanto a sua gravidade tendo como resposta principais funções: motora, verbal e visão**. CONCLUSÕES**: compreende-se que essa metodologia possibilita que o aluno ao vivenciar diferentes papéis possa desenvolver com maior agilidade e segurança o raciocínio clínico e, assim, o planejamento da assistência de enfermagem. **_CONTRIBUIÇÕES:_** permite ao aluno desenvolver competências e habilidades a agilidade do racicínio clinico, em especial ao paciente neurocirúrgico, o qual envolve o cuidado de enfermagem direcionado à avaliação da pupila e escala de glasgow. Ainda possibilita que o aluno possa compreender as fragilidades e limitações vivenciadas pelo paciente frente a uma cirurgia neurológica. **IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM:** Formar profissionais capazes de planejar o cuidado ao paciente as suas reais necessidades ao buscar interpretar, compreender e conhecer a realidade do outro. As principais implicações estão direcionadas ao desenvolvimento da empatia, e assim, captar o sentimento do outro, olhando para além de seus pressupostos e expectativas imediatas da doença.
1Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, SC, Brasil.email:neide.knihs@ufsc.br
2Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, SC, Brasil. email:lucia.amante@ufsc.br
3Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, SC, Brasil. email: fabisebold@gmail.com
4-Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, SC, Brasil. email: juliana.balbinot@ufsc.br
5-Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, SC, Brasil. email: keyla.n@ufsc.br
**TEMA 2: Integração ensino-serviço-comunidade como estratégia para a formação profissional e consolidação da Sistematização da Assistência de Enfermagem**
**DESCRITORES: **Enfermagem; Educação em Enfermagem; Metodologias ativas
Referências
RABELO, Lísia; GARCIA, Vera Lúcia. Role-Play para o Desenvolvimento de
Habilidades de Comunicação e relacionais. _Revista Brasileira de Educação
Médica_. n. 39, v. 4, p.586 – 596; 2015. Disponível em:
<
SOARES, Amanda Nathale; et al. Role playing game (rpg) como estratégia
pedagógica na formação do enfermeiro: relato da experiência de criação do
jogo. _Texto Contexto Enferm,_ Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 600-8, Abr-Jun,
2015.
SOUZA, Vivian Bonani de; ORTI, Natália Pinheiro; BOLSONI-SILVA, Alessandra
Turini. Role-playing como estratégia facilitadora da análise funcional em
contexto clínico. _Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn_., v. XIV, nº 3, p. 102-122,
2012. Disponivel em:
Referências: 1 Bourdieu P. The distinction: A Social Critique of the Judgement of Taste. 1984. [acesso 14 fev 2018]. Disponível em: http://www.mit.edu/~allanmc/bourdieu1.pdf
2 Shulman L. Knowledge and Teaching: foundations of the new reform. Harvard Educational Review [Internet]. 1987 Feb [cited 2016 Mai 18]; 57(1): 1-21. Available from: http://people.ucsc.edu/~ktellez/shulman.pdf
3 Oliveira DC, Ramos FRS, Barros ALBL, Nóbrega MML. Classificação das áreas de conhecimento do CNPq e o campo da Enfermagem: possibilidades e limites. Rev Bras Enfer. 2013; 66 (esp):60-65. |