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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 7483332

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7483332

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PESSOAS IDOSAS CARDIOPATAS HOSPITALIZADAS COM INCAPACIDADE FUNCIONAL

Autores:
Izabel Cristina Lemes ; Aline Gouveia Pereira

Resumo:
**Resumo** **Introdução**: O envelhecimento traz a diminuição gradual da capacidade funcional, a qual é progressiva e aumenta com a idade. Assim, as maiores adversidades de saúde associadas ao envelhecimento são a incapacidade funcional e a dependência, que acarretam restrição/perda de habilidades ou dificuldade/ incapacidade de executar funções e atividades relacionadas à vida diária. A capacidade funcional atua indiretamente sobre a satisfação dos idosos, por meio de sua relação com a mobilidade, a funcionalidade, a frequência de atividades e o grau de envolvimento ativo. A presença de três ou mais comorbidades relaciona-se com declínio funcional, depressão, uso de medicamentos, redução da participação social, pior qualidade de vida, altos custos dos serviços de saúde e altos níveis de mortalidade. Nos últimos anos muito discute-se sobre os cuidados aos idosos, em especial aos portadores de doenças cardiovasculares; desse modo associar os temas envelhecimento, incapacidade funcional e Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) nesse estudo ocorreram pela necessidade da busca de novos referenciais para ampliar o conhecimento, com vistas a uma prática de enfermagem efetiva.** Objetivos: **identificar a funcionalidade de pessoas idosas cardiopatas hospitalizadas e levantar os diagnósticos de Enfermagem prevalentes nas que apresentarem incapacidade funcional. **Metodologia: **estudo quantitativo, do tipo descritivo, e transversal realizado em Hospital Universitário no Sul de Minas, envolvendo 30 pacientes idosos cardiopatas internados nas Unidades de Cardiologia, Enfermaria Clínica Médica e Particular e Convênios. Os critérios de inclusão adotados foram idosas cardiopatas hospitalizadas há pelo menos 24 horas, que aceitaram participar da pesquisa, mediante a anuência e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os critérios de exclusão foram os que não estivessem na faixa etária proposta e aqueles que  não aceitaram a participação. A coleta de dados foi realizada mediante aplicação do Instrumento e o Índex de Independência nas Atividades de Vida Diária (AVD) desenvolvido por Sidney Katz em 1965. A escala de Katz foi traduzida e adaptada à cultura brasileira por Lino et al em 2008. É o instrumento mais utilizado que avalia a capacidade funcional por meio de 6 categorias: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, realizar transferências, continências e alimentação. Em cada resposta o paciente é classificado como dependente e independente. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, Universidade do Vale do Sapucaí, conforme exigências da Resolução 466/12, sob o nº CAAE 21657413.0.0000.5102. Os dados encontrados foram organizados em uma planilha Excel, e classificados de acordo com os diagnósticos de enfermagem segundo a nomenclatura da _North American Nursing Diagnosis Association - International_. Foram tratados por estatística descritiva, utilizando-se medidas de tendência central (frequência absoluta e relativa, média, desvio padrão, valor máximo e mínimo). **Resultados: **observou-se que a média de idade dos entrevistados foi de 74,43 anos; 53,34% eram do gênero masculino; 50% possuíam companheiros (as) e 50% não possuíam companheiros (as) e ainda 76,67% declararam ser católicos. Quanto às características relacionadas ao nível de dependência dos entrevistados e capacidade de realização de atividades da vida diária segundo as categorias da escala de Katz, observa-se que 13 participantes, ou seja, 43,33% do total foram classificados como dependentes moderados; 9 (30%) como muito dependentes e 8 ( 26,67%) independentes e que os maiores percentuais de dependência foram nas seguintes atividades: banhar-se e vestir-se.Foram identificados 34 diagnósticos de enfermagem e discutidos os com frequência acima de 60%. Débito cardíaco diminuído( 100 % ). Tal expressividade pode ser considerada alta eas características definidoras elencadas foram alterações no eletrocardiograma, dispneia, variação da pressão arterial, fadiga, isquemia, presença de problemas circulatórios, doença crônica, hipóxia tecidual, uso de anti-hipertensivos, idade acima de 65 anos. Risco de queda (100%), associado a múltiplas causas: os fatores intrínsecos, decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, doenças cardiovasculares, neurológicas, osteomusculares, endocrinológicas, geniturinária, psiquiátricas e sensoriais. Os fatores extrínsecos, relacionados ao uso de fármacos, circunstâncias sociais e a causas ambientais.  Risco de infecção (100%). Ressalta-se média elevada na amostra estudada, que pode estar relacionada aos procedimentos invasivos e imunossupressão, muitas vezes, presente no paciente idoso.  Troca de gases prejudicada (88,89%), achado que reafirma a necessidade do enfermeiro priorizar problemas de enfermagem relacionados às vias aéreas, ao padrão respiratório e a perfusão de órgãos e sistemas responsáveis por fatores de risco para o óbito dos pacientes, atentando para o planejamento das ações e a tomada de decisão imediata frente à complexidade desses pacientes. Risco de glicemia instável (66,67%). Diabetes e doença cardiovascular aterosclerótica parecem ser duas faces de um problema que partilha mecanismos fisiopatológicos e fatores de risco comuns. Risco de perfusão renal ineficaz (77,78%) está relacionado aos efeitos secundários do tratamento, exposição à nefrotóxico e comorbidades como hipertensão, hiperlipidemia e Diabetes Melito. Risco de sangramento(66,67%). Mediante este achado, reflete-se sobre a necessidade direcionar a assistência de enfermagem às terapias anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, largamente utilizados com a finalidade de diminuir a coagulação do sangue, objetivando reduzir morbidades e mortalidades decorrentes de trombos sanguíneos. Capacidade de transferência prejudicada(66,67%). No processo de a força muscular diminui, assim como o número de fibras musculares, levando a uma redução na mobilidade corporal. **Conclusão:** a contribuição maior foi fornecer uma melhor aproximação com a SAE. A etapa do diagnóstico de enfermagem tem sido objeto de investigação e vem representando um dos principais passos, por contribuir para a formulação das intervenções de enfermagem, sendo essencial para promoção do cuidado com qualidade e competência à pessoa idosa com incapacidade funcional.


Referências:
Chiavenato I. Coaching e Mentoring: construção de talentos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elservier, 2017. Whitmore J. Coaching para Aprimorar o Desempenho: Os princípios e a prática do coaching e da liderança. São Paulo: Clio Editora; 2012.