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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 7192555

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7192555

EXPERIÊNCIA DA INCORPAÇÃO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLENTARES NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Autores:
Aline Macêdo de Queiroz ; Andrey Ferreira da Silva ; Ana Paula Oliveira Gonçalves ; Raíssa Millena Silva Florêncio

Resumo:
**Introdução:** A Shantala, enquanto prática terapêutica realiza o estímulo cutâneo e o desenvolvimento psicomotor da criança, principalmente os táteis no que diz respeito à integração do binômio mãe-bebê ou mesmo pessoas que proporcionam o cuidado direto ao lactente1. Essa prática, foi incorporada na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, sob justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural2. Embora a Política tenha sido instituída em 2006, essa prática só foi incluída em março de 2017 por meio da Portaria nº 8493. Posto isto, nota-se a necessidade da incorporação das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no cenário acadêmico por entender sua importância para a formação dos futuros profissionais de saúde. **Objetivo:** Relatar a experiência docente da inserção da Shantala nas atividades práticas de um componente curricular de uma universidade pública. **Descrição metodológica**: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de docentes responsáveis pelo desenvolvimento da prática da Atividade Curricular “Atenção Integral à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente” de uma universidade pública implementada em uma unidade básica de saúde em 2017. A Atividade Curricular possui 102 horas de prática realizadas em quatro dias da semana com 05 horas diárias, em quatro serviços (Estratégia de Saúde da Família, Unidade Básica de Saúde, Organização Não Governamentais e escolas) com grupos de sete discentes. A atividade Curricular tem como objetivo apresentar aos alunos os programas do Sistema Único de Saúde da Atenção Básica direcionada à promoção e prevenção da saúde de crianças, adolescentes, jovens e mulheres nas especificidades do ciclo de vida circundado pelas práticas educativas em saúde.** Resultados:** A prática foi constituída em quatro momentos divididos em observação, planejamento, implementação e avaliação. No primeiro momento, as docentes estimularam os discentes a observarem o que poderia ser implementado no campo de prática, onde os mesmos realizaram as consultas e as consultas de crianças e observaram que uma queixa comum era distensão e dores abdominais em crianças. No segundo momento, eles planejaram a realização da Shantala. Esta etapa constituiu em estudo teórico para solução do problema, divulgação da atividade, preparo do material e ambientação do espaço para o recebimento dos familiares no serviço. O terceiro momento foi a implementação desenvolvida pelos discentes de enfermagem com participação de quatro mães, um pai e seus filhos que tinham idade de dois a seis meses. Ela foi dividida em duas etapas: na roda de conversa a aproximação – onde foi apresentado, através de um álbum seriado, a teoria da fundamentação e etapas da massagem Shantala, explanação e execução da massagem. Neste momento a sala foi ambientada com música indiana, aceso incenso, distribuído óleo de essência de uva e cada passo da massagem foi executada pelos pais com acompanhamento dos discentes. No quarto momento foi solicitada a avaliação dos pais e os mesmos referiram ter percebido o bem que a massagem fez aos seus filhos em relação à liberação de gases e relaxamento. Foi distribuído para os presentes um folheto com o mesmo conteúdo apresentado, para os mesmos darem continuidade desde cuidado em casa. No quarto momento houve a avaliação desta ação com os alunos onde os mesmos puderam explanar sobre sua experimentação e foram feitas algumas colaborações para atividades posteriores pelas discentes.  **Conclusão: **A experiência de inclusão da Shantala nas atividades práticas da Atividade Curricular foi exitosa, ela fará parte uma vez na semana do atendimento das crianças em sala de espera em nosso Laboratório de Habilidades Humanas, pois em consultas posteriores os pais das crianças que compareceram a ação educativa referiram os benefícios trazidos por esta prática. Para os docentes ficou a satisfação de incluir uma PIC no serviço e para os discentes a descoberta desta proposta das práticas integrativas e complementares. Contudo as PICs não são uma realidade nos serviços e nas Instituições da formadoras.** Contribuições/Implicações para a Enfermagem: **Os discentes terem vivenciado a educação sobre Shantala, os permitiu descobrir uma terapêutica de baixo custo, que não depende de aparatos tecnológicos, que estimula o metabolismo natural do organismo, a diminuição do tratamento farmacológico, entre outros fatores que influenciam na melhor qualidade de vida, principalmente para os sistemas digestivo, respiratório, imunológico e musculoesquelético dos bebês, sem aumento dos custos da assistência. Desta forma colaborou para formação de futuros enfermeiros com uma visão mais abrangente do que é qualidade de vida.


Referências:
1. Atenção primaria e promoção da saúde. Brasília, 2007. 1ª edição. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro8.pdf 2. Ito EE, Peres AM, Takahashi RT; Leite MMJ. O ensino de Enfermagem e as diretrizes curriculares nacionais: utopia x realidade. Rev. Esc. Enf. Usp. 2006; V. 40 (n. 4): pág. 570-5. 3. Bardin, L. Análise de Conteúdo, São Paulo, Ed 70, 2016. 4. Spíndola T. Enfermagem como opção: perfil dos graduandos de duas instituições. Rev bras enferm, Brasília 2008 MAR-ABR; 61 (2): 1649. Disponível em: file:///c:/users/concei%c3%a7%c3%a3o/downloads/perfil%20graduandos%20(1).pdf 5. Karino ME, Guarient, MHDM. O aprendizado no primeiro estagio da Enfermagem: visão do aluno. Arq. ciênc. saúde unipar; 5 (1) 33-39, 2001. Disponível em: http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/1103/966