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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 7010910

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7010910

QUALIDADE DE VIDA, NÍVEL DE ESTRESSE E ASPECTOS NUTRICIONAIS ENTRE ENFERMEIROS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Autores:
Leila Aparecida Kauchakje Pedrosa ; Muriele Pereira Mendes Cornélio ; Cíntia Tavares Carleto ; Virgínia Souza Santos ; Maria Virgínia Patto

Resumo:
Introdução: O enfermeiro no ambiente hospitalar apresenta grande importância para o usuário do serviço de saúde, por assumir uma postura que acolhe, escuta e respeita o paciente, englobando um preparo para o recebimento do cliente no seu setor em que é responsável, trazendo as informações claras sobre o procedimento a ser realizado ou ao seu caso clínico, sucessivamente dentro de sua autonomia e responsabilidade. Alguns fatores podem interferir e desencadear uma baixa qualidade de vida e estresse entre enfermeiros, como os baixos salários e a falta de benefícios, o relacionamento interpessoal, as condições físicas do ambiente de trabalho, o equilíbrio entre trabalho e a família e a imagem da organização junto à sociedade. Além disso, o trabalho de enfermagem, em qualquer setor, é considerado estressante devido às longas jornadas de trabalho, baixa remuneração e falta de valorização, assim apresentam capacidade física, psicológica e social diminuídas e, com isso, a qualidade de vida sendo relacionada com a saúde apresentam alterações e desânimo causando diversos problemas com o seu próprio bem-estar. A atuação do profissional de enfermagem envolve uma rotina de estresse, que pode prejudicar a qualidade de vida e a alimentação destes profissionais. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, o estado nutricional, o consumo alimentar e o nível de estresse dos profissionais de enfermagem do Hospital de Clínicas da UFTM. Descrição metodológica: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e quantitativo no qual participaram do estudo enfermeiros do sexo feminino e masculino que atualmente trabalham no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro nos seguintes setores: Pronto Socorro Adulto; Neurologia; Ortopedia e UDIP; UTI Adulto e UTI Coronariana; Hemodinâmica e Radiologia; Pediatria e Pronto Socorro Infantil; UTI Neonatal/Pediátrica; Hospital Dia; CME e Sala de Internação; Unidade de Neonatologia – Berçário; Ginecologia e Obstetrícia; Clínica Médica; Clínica Cirúrgica; Central de Quimioterapia; Onco-Hematologia e Bloco cirúrgico. Foram incluídos no estudo os profissionais de enfermagem que trabalham no Hospital de Clínicas e excluídos do estudo os enfermeiros que não estavam presentes no dia da coleta de dados. Todos os participantes assinaram o Termo Livre e Esclarecido (TCLE). Foram realizadas avaliações do perfil socioeconômico e demográfico através de um questionário estruturado, avaliou- se o nível de estresse através do instrumento Escala de Estresse no Trabalho composto por 23 questões envolvendo aspectos em relação ao trabalho, domínio físico e psicológico no qual apresentam valores de 0 a 100 pontos sendo que quanto mais alto os escores, menor o nível do estresse. O questionário utilizado para avaliar a qualidade de vida foi o Whoqol-Bref composto por 26 questões envolvendo diversos aspectos como o grau de satisfação com a saúde, os domínios físicos e psicológicos, a relação social e o meio ambiente, e o grau de satisfação do pesquisado com sua vida. Apresenta valores entre 0 e 100 pontos, sendo que quanto mais altos os escores, melhor a qualidade de vida. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois instrumentos: o Questionário de Frequência Alimentar no qual se avalia a frequência do consumo alimentar dos últimos 12 meses, cujos dados foram avaliados pelo software Avanutri® e verificaram-se calorias, carboidratos, proteínas, lipídios, fibras, cálcio, ferro, vitamina A e vitamina C, e o Recordatório 24h no qual propõe o registro dos alimentos consumidos nas refeições do dia anterior, registrado em medidas caseiras e aplicado durante três dias, incluindo um dia do final de semana. Além disso, avaliou-se o Índice de Massa Corporal com aferição do peso e altura dos participantes. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, conforme parecer nº2499819. Resultados: Participaram da pesquisa 28 enfermeiros com idade média de 32,71 anos, sendo 85,71% (n=24) do sexo feminino e 64,28% (n=18) solteiros. O tempo médio de atuação foi de 7,88 anos. Em relação à condição educacional 71,24% (n=20) tinham pós-graduação e 25% (n= 7) tinham mestrado. 78,57% (n=22) dos profissionais entrevistados afirmaram que trabalham somente em uma instituição. 78,57% (n=22) apresentaram renda acima de 6,1 salários mínimos. Apenas 21,42% (n=6) atuam em plantões noturnos. Ao avaliar o nível de estresse percebeu-se um escore médio de 56,57 pontos. Sobre a qualidade de vida, percebeu-se uma média de 88,9 pontos. Quanto ao consumo de frutas somente 3,57% (n=1) dos enfermeiros consumiam pelo menos uma porção destes alimentos por dia e apenas 28,57% (n=8) ingeriam verduras todos os dias. Percebeu-se que 35,7% (n=10) dos entrevistados apresentavam sobrepeso e 3,57% (n=1) baixo peso.  O número de participantes da pesquisa foi limitado, considerando que não se obteve uma boa participação dos enfermeiros envolvidos. Conclusão: Os enfermeiros apresentaram boa qualidade de vida, no entanto, observaram-se alto nível de estresse, baixo consumo de frutas e verduras e altas taxas de excesso de peso. Contribuições para a Enfermagem: os resultados evidenciaram a necessidade de atenção à saúde ocupacional dos enfermeiros, bem como às condições de trabalho e à ambiência, a fim de promover melhor qualidade de vida e saúde dos profissionais e, consequentemente, melhor qualidade da assistência.


Referências:
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