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6774393 | SISTEMATIZANDO O CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL | Autores: Elyade Nelly Pires Rocha Camacho ; Kessia Regina Ferreira Batista ; Wanderson Luis Teixeira ; Fabio Feitosa Camacho ; Danielle Rêgo Gonçalves |
Resumo: **INTRODUÇÃO:** As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), estão inseridas dentro de um conjunto de infecções que ocorrem na região do trato reprodutivo e podem afetar o desenvolvimento gestacional. Elas podem ter origem bacteriana, viral, fúngica e por protozoários; elas também podem ser transmitidas através da relação sexual e/ou contato com sangue contaminado. A presença das IST’s no desenvolvimento da gestação, além de gerar notório sofrimento materno, pode ser causa para diversas intercorrências durante o processo gravídico, como por exemplo: aborto, parto prematuro, morte fetal, doenças congênitas ou morte do RN. Em virtude das mais vastas complicações oriundas dessas infecções durante período gestacional é de extrema relevância adotar uma conduta e plano de cuidados individualizados que vise prevenção dessas complicações assim como seus inúmeros desfechos desfavoráveis. A assistência de enfermagem integrada a uma equipe multiprofissional é fundamental para a recuperação total dos pacientes, para isso, um importante instrumento utilizado pela enfermagem é a sistematização de sua assistência (SAE), que constitui um importante instrumento para alcançar a melhoria significativa do serviço prestado ao cliente, através do planejamento individualizado das ações elaboradas pelo profissional enfermeiro. Sendo assim de extrema relevância elaborar um plano de cuidados direcionados paras as IST’s durante a gestação. **OBJETIVO**: Destacar um plano de cuidados, através da sistematização da assistência de enfermagem direcionado as IST’s durante a gestação. **METODOLOGIA**: Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, realizado durante a disciplina de Saúde da Mulher, ministrada no 5 semestre do curso de enfermagem, da Faculdade Pan-Amazônica, no período de agosto a novembro de 2017, a partir de casos sobre IST’s na gestação, afim de identificar as necessidades humanas básicas afetadas durante a gestação, que posteriormente iria contribuir na construção da SAE (sistematização da assistência de enfermagem). Para a fundamentação dos dados expostos foram utilizados artigos científicos extraídos do Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), em conjunto com o Livro de Diagnósticos de Enfermagem da NANDA. Durante a pesquisa, observou-se a ampla coleção de artigos relacionados ao tema abordado, contribuindo para a maior fundamentação dos dados expostos**.** **RESULTADO E DISCUSSÃO**: Diante das necessidades básicas afetadas da gestante apresentado IST’s (ex: herpes genital: febre, mialgia, prurido, ardor, coceira e lesões na área genital). Foi possível desenvolver o seguinte plano de cuidados: DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Conforto prejudicado caracterizado por inquietação, relato de prurido, relato de sentir-se desconfortável relacionado a sintomas relacionado a doença; Proteção ineficaz caracterizada por deficiência da imunidade, prejuízo da cicatrização relacionada a distúrbios imunológicos; Integridade da pele prejudicada caracterizada por destruição de camadas da pele e invasão de estruturas no corpo relacionado a fatores internos (deficiência imunológica, e sensações prejudicadas). Hipertermia caracterizada pela pele quente ao toque relacionada a doença; dor aguda caracteriza por expressão facial de dor e relato de outra pessoa sobre comportamento da dor (p. ex., familiar-mãe) relacionada a agente lesivo biológico. A partir dos diagnósticos encontrados, foram elaboradas as seguintes etapas da SAE. PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM: Administrar medicamentos. Fazer acompanhamento com uma equipe multiprofissional. Orientar o encaminhamento para a realização do pré natal de alto risco; acionar apoio psicológico; incentivar o acompanhamento do pré-natal paterno; destacar a importância de se realizar o tratamento do casal para as ISTs (nos casos de sífilis o tratamento do parceiro e de fundamental importância para a eficácia do tratamento); Instruir conduta preventiva durante as relações sexuais com a utilização de métodos de barreira (camisinha) para se evitar reincidivas; INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM: Orientações para cuidados contínuos (evitar relação sexual no período do tratamento, orientar o paciente da importância do tratamento, não utilizar roupas intimas sujas ou que impeça a circulação de ar, evitar sol e calor); continuar realizando o acompanhamento do pré-natal. Fazer uso das medicações prescritas de maneira correta; orientar o cuidado com a higiene intima e instruir o uso de preservativos; estimular a verbalização das principais queixas ou dificuldades durante o tratamento das IST’s. RESULTADOS ESPERADO: Espera-se que o quadro de infecções minimize durante a gestação, evitando assim desfechos desfavoráveis ao binômio mãe e filho; que o tratamento do parceiro seja efetivado quando diagnosticadas qualquer IST’s no ciclo gravídico; espera-se que o parceiro possa realizar o pré-natal em conjunto de sua esposa e assim possa identificar de maneira precoce qualquer alteração e assim tratar o mais cedo possível. **CONCLUSÃO: **É de extrema importância que o enfermeiro realize a SAE direcionada a cada paciente portador de IST’s contribuindo assim na qualidade da assistência em tempo hábil e na prevenção de futuras complicações. Lembrando sempre que para o sucesso no tratamento das IST’s não requer apenas o simples tratamento medicamentoso, se faz necessário o estimulo do trabalho multiprofissional e dessa maneira facilitar a inserção no parceiro nesse pré-natal para que o tratamento contra as IST’s seja eficaz, e ao realizar a sistematização dessa assistência ainda no pré-natal, produz uma reorganização do que é essencial e estritamente necessário para se fazer a fim de minimizar as complicações decorrentes das IST’s. **IMPLICAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: **a enfermagem possui em suas habilidosas mãos a ferramenta necessária para a redução das Infecções sexualmente transmissíveis durante o ciclo gestacional, haja vista que possibilita desenvolver um plano de cuidador diferenciado para cada usuário de maneira que respeite a especificidade de cada uma, sendo assim valorizando, a autonomia da paciente, a integralidade aos serviços, estimulado o acesso dela e do parceiro para a realização do acompanhamento em conjunto.
Referências: Brasil. Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Brasília: Ministério da Saúde, ANVISA/ FIOCRUZ. Brasil, 2013.
National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Mudança na terminologia de úlcera de pressão a lesão pressão e atualização dos estágios de lesão pressão [on line]. 2016. Disponível em: http://www.npuap.org/national-pressure-ulcer-advisory-panel-npuapannounces-a-change-in-terminology-from-pressure-ulcer-to-pressure-injury-andupdates-the-stages-of-pressure-injury/.
Costa IG. Incidência de úlcera por pressão em hospitais regionais de Mato Grosso, Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 31, n. 4, p. 693, 2010.
National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Pressure Ulcer stages revised by NPUAP [on line]. 2009. Disponível em: http://www.npuap.org/pr2.htm.
Trentini M, Paim L. Pesquisa convergente – assistencial: delineamento provocador de mudanças nas práticas de saúde. 3. ed. Porto Alegre: Moriá, 2014. |