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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 6340499

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6340499

AS INFLUÊNCIAS DA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE.

Autores:
Maria Alice de Freitas ; Josiane Steil Siwert

Resumo:
**AS INFLUÊNCIAS DA FORMAÇÃO PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE.** INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde (APS) está instituída como centro de comunicação das Redes de Atenção à Saúde, o que demanda ter condições de ordenar os fluxos e contra fluxos de usuários, dos produtos e das informações entre os diferentes componentes das rede¹. E é no cenário da APS que o enfermeiro passa a ter vínculos e laços estreitos com a comunidade, especialmente com os idosos, por se constituírem como o maior público frequentador dos serviços. Nesse sentido, o cuidado humano deve ser prestado por meio de uma atitude moral e ética, em que seres humanos percebem e reconhecem os direitos uns dos outros². A partir da contemporânea necessidade de se discutir as práticas formativas do enfermeiro e de como estas influenciam no cuidado que se presta ao idoso da APS, surge a seguinte questão: Qual a influência da formação do enfermeiro em suas práticas de cuidado voltadas ao idoso na APS? OBJETIVO: Buscar o estado da arte a respeito da influência da formação do enfermeiro para sua prática voltada para o idoso na Atenção Primária. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: O presente trabalho trata-se de uma revisão do tipo narrativa. As bases de dados acessadas para esta pesquisa foram a Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, Lilacs, BDenf, Medline, Pubmed e Cochrane  durante o período de 15/03/2017 até 09/03/2018. Buscaram-se artigos recentes a respeito do tema, (últimos cinco anos), nos idiomas português, inglês e espanhol. Os descritores e palavras chaves utilizados para o acesso foram: Idoso, Atenção Primária à Saúde, Atenção Básica, Enfermagem, Formação em Enfermagem e Enfermagem Geriátrica bem como seus correspondentes para a língua inglesa e espanhola. Foram encontrados 20 artigos que faziam relação com o tema. Também foram consultados para compor esta revisão: documentos oficiais, políticas públicas que envolvem o idoso, e relatórios nacionais e internacionais publicados mais recentemente sobre a temática, com o propósito de amplificar a fundamentação teórica do trabalho, considerando que os estudos a respeito da Prática Baseada em Evidências na área da enfermagem, com foco no envelhecimento, são bastante restritos.  RESULTADOS: A partir do material encontrado está claro que para que as práticas de cuidado à saúde do idoso na Atenção Primária sejam efetivas, estas devem ser relevantes e possuir boa aceitação por parte do idoso e de seus familiares e cuidadores. Este processo deve vir acompanhado da busca por conhecimento constante por parte dos profissionais e gestores. A visita domiciliar aparece como uma facilitadora da aproximação do enfermeiro com a realidade em que vive o idoso da comunidade, constituindo uma oportunidade para alçar as necessidades básicas de cada idoso assistido. A partir do conhecimento da realidade o enfermeiro tem possibilidade de planejar o cuidado de maneira assertiva³. Porém todo o processo que envolve a atuação da enfermagem requer ações, atitudes e comportamentos com base no conhecimento científico, experiência, intuição e pensamento crítico, realizados para e com o usuário e estas habilidades tem cenário propício para se desenvolver, principalmente na formação acadêmica³. O enfermeiro da APS revela a necessidade de conhecimento específico na prestação de cuidado à pessoa idosa durante e após o processo formativo, pelo fato de, muitas vezes, terem contato com os idosos somente por meio do Programa de Hipertensão e Diabetes, nos quais não são assistidos exclusivamente indivíduos com mais de sessenta anos². Ao compreendermos a importância da atuação do enfermeiro no processo de envelhecimento dos usuários da APS percebe-se a necessidade de direcionamento da formação e da capacitação dos profissionais para uma atuação resolutiva, pautada na promoção da saúde e prevenção de agravos aos idosos. A experiência na área do envelhecimento ainda é restrita durante a formação em enfermagem, fato evidenciado pela carga horária reduzida na área gerontológica, e com poucas opor­tunidades de assistência prática, o que pode levar à insegurança e falta de autonomia quando se tornam profissionais da APS. Assim a formação deve oportunizar ao futuro profissional a reconstrução de suas concepções sobre o envelhecer, de forma a propiciar atitudes responsáveis e éticas capazes de ampliar o olhar do graduando, para que este estabeleça relações entre o saber acadêmico e o saber em sociedade. Estas estratégias de ensino-aprendizagem dos cursos de graduação em enfermagem devem objetivar o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para o cuidado ao idoso4. Outra problemática que interfere diretamente no cuidado ao idoso prestado pelo enfermeiro da APS é que estes reportam a descontinui­dade de aprofundamento de seus estudos a respeito da saúde do idoso, uma vez que a rede de atenção oferece poucos aperfeiçoamentos na temática do envelhecimento, voltando suas capacitações para a saúde da mulher, planejamento familiar e saúde da criança3,4. A prática do enfermeiro ainda mostra fragilidade no desempenho de práticas efetivas voltadas para o idoso associada à falta investigações científicas que divulguem as ações exitosas de enfermagem voltadas para esta população na APS4. CONCLUSÃO: O enfermeiro da comunidade deve perceber que o seu papel no cuidado precisa ter um olhar ampliado e constantemente reflexivo acerca da operacionalização das práticas de enfermagem na comunidade, além de se reconhecer como um disseminador de práticas resolutivas. Concomitante a isto a rede de saúde deve oferecer meios para que estes enfermeiros atualizem-se sobre constantemente a respeito das interfaces do envelhecimento, considerando a velocidade com que a taxa de crescimento do número de pessoas com mais de sessenta anos acontece no país3,4. Entretanto para que o enfermeiro chegue ao campo da prática consciente da importância de aprofundar-se constantemente na temática referida, é necessário que as bases curriculares da formação em enfermagem oportunizem ao futuro profissional a reconstrução de suas concepções sobre o envelhecer, de forma a propiciar atitudes éticas e de responsabilização capazes de ampliar o olhar do graduando, para que este estabeleça relações entre o saber acadêmico e o saber em sociedade. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Acredita-se que estas discussões podem contribuir para que o cuidado ao idoso na APS possa ser conectado às necessidades e preferências do próprio. A atuação do enfermeiro, bem como de sua equipe precisa ter vistas a efetivação das políticas e para isso é importante que discussões despertem reflexões nos enfermeiros e futuros enfermeiros para que estes percebam a necessidade de um olhar clínico e reflexivo para o idoso na APS, o qual favo­rece a implantação de ações específicas para essa faixa etária, e de esta é uma prática que pode consolidar a autonomia do enfermeiro na comunidade.


Referências:
1- American Heart Association [homepage na internet]. The type of treatment depends on the type of stroke [acesso em fev 2018]. Disponível em: http://www.strokeassociation.org/STROKEORG/AboutStroke/Treatment/Stroke-Treatment_UCM_492017_SubHomePage.jsp. 2- American Heart Association [homepage na internet]. About Stroke. [acesso em fev 2018]. Disponível em: http://www.strokeassociation.org/STROKEORG/AboutStroke/TypesofStroke/Types-of-Stroke_UCM_308531_SubHomePage.jsp 3- American Heart Association [homepage na internet]. Stoke risks. [acesso em mar 2018]. Disponível em: http://www.strokeassociation.org/STROKEORG/AboutStroke/UnderstandingRisk/Understanding-Stroke-Risk_UCM_308539_SubHomePage.jsp 4- Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) [homepage na internet]. AVC é a segunda causa de morte no Brasil [acesso em fev 2018]. Disponível em: http://www.simers.org.br/2016/03/avc-e-segunda-causa-de-morte-no-brasil/