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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 6062017

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6062017

SELEÇÃO DE INDICADORES DOS RESULTADOS DE ENFERMAGEM DA NURSING OUTCOMES CLASSIFICATION PARA PACIENTES COM RISCO DE SANGRAMENTO POR USO DE ANTICOAGULANTES ORAIS

Autores:
Vítor Monteiro Moraes ; Franciele Moreira Barbosa ; Ananda Ughini Bertoldo Pires ; Ana Carolina Fioravanti Eilert da Silva

Resumo:
**SELEÇÃO DE INDICADORES DOS RESULTADOS DE ENFERMAGEM DA NURSING OUTCOMES CLASSIFICATION PARA PACIENTES COM RISCO DE SANGRAMENTO POR USO DE ANTICOAGULANTES ORAIS** _Ana Carolina Fioravanti Eilert da Silva¹_, Vítor Monteiro Moraes², Franciele Moreira Barbosa³, Ananda Ughini Bertoldo Pires4, Amália de Fátima Lucena5 **Introdução:** A terapia de anticoagulação oral possui grande importância para a prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes portadores de doenças circulatórias. O Risco de Sangramento é um diagnóstico de enfermagem frequente nesses pacientes, visto que a terapia de anticoagulação oral pode provocar efeitos colaterais no sistema fisiológico da coagulação sanguínea. Por isso, para esta terapia se faz necessário um monitoramento sistemático e contínuo, sendo este realizado por profissionais de saúde bem qualificados para exercer tal função. Neste monitoramento é realizado o manejo da terapia de anticoagulação, observando os resultados de exames laboratoriais, as diversas complicações que podem ocorrer, as numerosas interações possíveis com outras drogas e alimentos que estão relacionadas à terapia em uso e as intervenções de educação em saúde durante o tratamento. O enfermeiro desempenha um papel de destaque no cuidado ao paciente anticoagulado, sendo ele um dos profissionais que mais realiza esse tipo de monitoramento. Tendo em vista a especificidade da terapia de anticoagulação oral, a avaliação que o enfermeiro realiza nesse contexto assistencial deve ser objetiva e pautada em evidências científicas, para oferecer um cuidado mais seguro e eficaz ao paciente que utiliza tal tratamento. A Nursing Outcomes Classification (NOC) dispõe de resultados de enfermagem que permitem que essa avaliação seja feita, apresentando-se como uma alternativa viável para a aplicação clínica no ambiente real de cuidado para os pacientes anticoagulados. **Objetivo:** Selecionar os indicadores dos resultados de enfermagem da Nursing Outcomes Classification “Coagulação sanguínea (0409)” e ”Autocontrole da terapia de coagulação (3101)” para pacientes em monitoramento ambulatorial periódico submetido à anticoagulação oral. **Descrição metodológica: **Trata-se de um estudo piloto, recorte de uma pesquisa de resultados, realizado no ambulatório de um hospital de grande porte do sul do Brasil, no período de janeiro a dezembro de 2017. Os resultados de enfermagem da NOC “Coagulação sanguínea (0409)” e ”Autocontrole da terapia de coagulação (3101)” foram selecionados com base em estudo prévio (Mocellin et al, 2015). Os indicadores dos resultados de enfermagem citados foram submetidos à opinião de enfermeiros especialistas, com no mínimo dois anos de experiência assistencial, em pesquisa e/ou ensino na área de anticoagulação oral por meio de formulários online enviados via e-mail. Foi admitido um limiar de 75% de concordância entre as respostas dadas pelos especialistas para a seleção de cada um dos dois indicadores. A análise de dados foi realizada com o uso de estatística descritiva, sendo os dados expressos em frequências absoluta e relativa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (n° 160445).** Resultados: **Foram inquiridos oito especialistas por meio do questionário online**. **Destes, todos os questionários foram respondidos, onde foram selecionados 13 indicadores dos resultados de enfermagem “Coagulação sanguínea (0409)” e “Autocontrole da terapia de coagulação (3101)”, respesctivamente, sendo três do primeiro e dez do segundo. Os indicadores selecionados do primeiro resultado de enfermagem “Coagulação sanguínea (0409)” foram: Tempo de Protrombina (75,0%), Razão Normatizada Internacional do Tempo de Protrombina (INR) (87,5%) e Sangramento (75,0%). Já, para o resultado de enfermagem “Autocontrole da terapia de anticoagulação (3101)”, foram selecionados os seguintes indicadores: Busca informações sobre a terapia de anticoagulação (100%); Busca informações sobre as ações do agente anticoagulante (75,0%); Participa das decisões sobre o cuidado de saúde (87,5%); Utiliza o medicamento conforme prescrição (100%); Realiza exames laboratoriais (100%); Monitora sinais e sintomas de tromboembolismo (75,0%); Monitora sinais e sintomas de sangramento (100%); Relata sintomas de complicações (75%,0); Segue restrições de dieta (87,5%); e Evita substâncias que interajam com o anticoagulante (100%). **Conclusão e contribuições:** O presente trabalho oferece uma contribuição, sob o ponto de vista de especialistas, com relação aos quais os indicadores dos resultados de enfermagem da NOC são os mais pertinentes para a avaliação de pacientes anticoagulados. Assim, foram selecionados três indicadores clínicos do resultado de enfermagem “Coagulação sanguínea (0409)” e dez do resultado de enfermagem “Autocontrole da terapia de anticoagulação (3101)”. Essa seleção possibilita uma futura elaboração de definições conceituais e operacionais para uma melhor aplicação clínica dos indicadores selecionados, conforme preconiza a NOC. Reforça-se que o uso de taxonomias na assistência de enfermagem, além de padronizar a prática profissional com o uso de sistemas de uma linguagem também padronizada, acaba proporcionando assim um cuidado mais seguro e individualizado, baseado em conhecimento científico, o que permite a produção de melhores evidências a partir do cuidado ofertado para pacientes que fazem uso da terapia com anticoagulante oral. Portanto, o trabalho pôde além de atender aos objetivos, proporcionar uma maior qualidade aos pacientes adeptos do tratamento com anticoagulantes orais. **Descritores:**Processo de enfermagem; Avaliação de resultados; Anticoagulação orais. EIXO 2: Práxis da Enfermagem e Saúde da População TEMA 3: Processo de Enfermagem: referenciais teórico-metodológicos, raciocínio clínico e sistemas de linguagem padronizada **Referências:** 1. HERDMAN, Tracy Heather; KAMITSURU, Shigemi (Org.). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificações 2015-2017. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 468p. 2. MOORHEAD, Sue et al. Nursing Outcomes Classification (NOC). 5. ed. St. Louis: Elsevier, 2016. 760p. 3. CARVALHO, Emilia Campos de; CRUZ, Dina de Almeida Lopes Monteiro da; HERDMAN, T. Heather. Contribuição das linguagens padronizadas para a produção do conhecimento, raciocínio clínico e prática clínica da Enfermagem. Rev.bras. enferm. 2013(set); Brasília, v. esp, n. 66, p.134-141. 4. MOCELLIN, Duane et al. Protocolo de atendimento de enfermagem para pacientes em uso de anticoagulação oral baseado nas taxonomias NANDA-I, NOC e NIC. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2015, Gramado. Resumo... Rio de Janeiro: SBC, 2015. p. 35. Disponível em: ;. Acesso em: 26 de janeiro de 2018. 5. LUCENA, Amália de Fátima; ALMEIDA, Miriam de Abreu. Classificações de Enfermagem NANDA-I, NIC e NOC no processo de enfermagem. In: SILVA, Eneida Rejane Rabelo da; LUCENA, Amália de Fátima. Diagnósticos de Enfermagem com base em sinais e sintomas. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 35-53.


Referências:
1. FLORIANÓPOLIS. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo de Enfermagem: Hipertensão, diabetes e outros fatores associados a doenças cardiovasculares. Volume 1, Versão 1.5. Florianópolis, jul. 2017, atualizado em set. 2017. Disponível em: Acesso em: 08 de março de 2017 2. BRASIL. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em 18 de março de 2018. 3. FLORIANÓPOLIS. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Secretaria Municipal de Saúde. Comissão Permanente para a Sistematização da Enfermagem. Planilha de Monitoramento da Utilização dos Diagnósticos de Enfermagem. Versão 1 e 2, maio a outubro de 2016. 4. TEIXEIRA, Manoel Jacobsen. Fisiopatologia da dor. Cap. 12, p. 145. In: NETO, Onofre Alves et al. (Orgs.) Dor: princípios e prática. Porto Alegre: Artmed, 2009, 1440 p. 5. FLORIANÓPOLIS. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo de Enfermagem: Atendimento a demanda espontânea de cuidados no adulto. Volume 4, Versão 1.2. Florianópolis, dez. 2016, atualizado em set. 2017. Disponível em: Acesso em: 08 de março de 2018