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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 6052378

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6052378

A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS UNIDADES HOSPITALARES DA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE SANTA CATARINA.

Autores:
Valmira Silveira dos Santos ; Angela Maria Blatt Ortiga ; Maritê Ines Argenta ; Elizandra Faria de Andrade ; Ledronete Silvestre

Resumo:
**Introdução:** Na literatura brasileira encontramos alguns conflitos teóricos referentes à sistematização da assistência de enfermagem (SAE) entre eles: metodologia da assistência e sistematização da assistência, processo de enfermagem, processo de cuidado, Metodologia do cuidado, processo de assistir e consulta de Enfermagem 1.A Resolução do COFEN 358/2009 define SAE como a organização do trabalho profissional da enfermagem em relação aos recursos humanos, recursos materiais e método de trabalho, aqui entendido como processo de enfermagem que é composto por cinco: Investigação, Diagnóstico, Planejamento, Implementação e Avaliação 2. Nesta perspectiva, a utilização da SAE proporciona assistência individualizada e maior visibilidade de suas ações, sendo preciso tempo, profundo conhecimento sobre as classificações de enfermagem, sobre clínica e dedicação para a sua aplicação. Cada passo do processo de enfermagem envolve um arsenal de conhecimentos e instrumentosnecessários para que a equipe de enfermagem possa operacioná-lo em seus serviços. Diante deste contexto para que os serviços de enfermagem adotem a SAE é necessário haver uma decisão política da instituição e grande empenho dos gestores de enfermagem de cada serviço. Apesar da disponibilização deste conhecimento na grade curricular das escolas de enfermagem, poucos alcançam essa prática quando ingressam na vida profissional. A fim de oferecer um cuidado de enfermagem de qualidade, individualizado e compatível com as reais necessidades da pessoa, família ou comunidade, a intervenção prática dependente de aperfeiçoamento e da atualização constante de conhecimentos, que refletem não só na qualidade assistencial, como também em melhores condições de trabalho. A Secretaria de Estado da Saúde de SC possui unidades hospitalares especializadas de médio e grande porte com gestão própriadistribuídos emvarias regiões do Estado  (Norte, Grande  Florianópolis  Vale  do Itajaí, Nordeste, Serra Catarinense). Preocupada com a necessidade de formação profissional para a pratica com qualidade do cuidado de enfermagem, a Diretoria de Educação Permanente, em parceria com um grupo de enfermeiras (os), que já trabalhava a possibilidade de implementação da SAE nestas unidades, buscou parcerias.** Objetivo**: realizar ações de educação permanente que culminam na elaboração de um projeto de especialização de SAE a ser ofertado pela DEPS/SES por meio da  Escola de Saúde  Pública em parceria com a UNISUL para o desenvolvimento de conhecimento, de habilidades e de atitudes para implementação da  SAE nas unidades próprias da SES/SC. Apoiar a implantação/implementação da SAE e a operacionalização do processo de enfermagem nas unidades próprias da SES/SC. Proporcionar o desenvolvimento de habilidades para a implementação da SAE, a partir da análise de respostas individuais e coletivas dos usuários dos serviços de saúde. **Metodologia**: elaboração de proposta pedagógica de oficinas nas modalidades presencial e a distância para a atualização em SAE com o conteúdo Programático: Raciocínio Diagnóstico, Legislação e Teorias de Enfermagem, Práticas do Diagnóstico – NANDA, Processo de Enfermagem: Resultados, Prescrição, Priorização, Implementação e Avaliação, Avaliação de enfermagem – 5ª fase do processo de enfermagem. Os encontros obedeciam a lógica de educação permanente, em que os conteúdos emergiam dos participantes. Foram utilizados estudos de casos, trabalhos de grupo e relatos de experiências, reforçando que o processo de enfermagem esteja de acordo com o perfil epidemiológico da instituição, adequado a realidade vivenciada, e com embasamento científico na correlação entre os diagnósticos de enfermagem e a prescrição. A avaliação obedeceu à metodologia processual com alteração de metodologia e do conteúdo programático, a partir da avaliação de cada encontro. Estabelecimento de parcerias para a oferta das oficinas com o Coren/SC, o Telessaude-SC e as gerências de  enfermagem das unidades da SES. Realização de oficinas anuais constituídas de quatro encontros presenciais de 8 horas. Disponibilizados, também curso totalmente a distância pelo Telessaude-SC referente a  consulta de  enfermagem com opção de adesão dos  profissionais. Além, de web palestras referentes à taxonomia de diagnostico de enfermagem (Nanda e CIPE) e de videoconferências para monitoramento das ações locais. **Resultado: **foram realizadas duas turmas presenciais em 2016 e 2017. No primeiro curso tivemos 79 inscritos, e a procedência foi das unidades da SES, nível central ( 2), HDV (2), CCR (2), Coren (2), MDV (3), HIJG (7),  HGCR (7), IC  (11), HNR ( 8), HRHDS ( 8), HHMGSJ (5), HST ( 3), HWC (5), IPSJ (1) MCD (11), MDCK (4). Tivemos a participação além dos hospitais da grande Florianópolis, de 20 participantes dos municípios de Mafra, Joinville, Ibirama e Lages. Porém tivemos 30% de concluintes com 75%,de frequência, contudo as (os) demais alunas(os) participaram  em aulas  de maior interesse. O segundo curso realizado em 2017, foi ofertado para as mesmas unidades hospitalares, novamente obtivemos 80 participantes e 19 concluintes. Nesta segunda etapa foi incluída a possibilidade dos enfermeiros se inscreverem em curso da consulta de enfermagem ofertado pelo Núcleo Telessaúde/SC totalmente à distância com 69 inscritos e duas web palestras de SAE e taxonomia. O grupo de implementação da SAE mantém reuniões regulares e elaborou o projeto de pós-graduação _lato sensu_ em SAE, a ser ofertado pela SES/DEPS/ESP em parceria com Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em fase de aprovação pela gestão estadual. **Conclusão: **As ações de educação permanente possibilitaram a ampliação das discussões em cada uma das unidades hospitalares da SES com vistas a implementação da SAE nas mesmas, com potencial de criação de uma cultura/diretriz a ser seguida como identidade do serviço de enfermagem da SES/SC; a adoção do processo de enfermagem no sistema informatizado utilizado pela SES/SC, em que seja possível a inclusão da especificidade/realidade de cada unidade hospitalar; e, a reflexão na busca do papel dos profissionais de enfermagem no processo de cuidado seguro, baseado em um referencial teórico e com adoção de uma classificação de enfermagem validada internacionalmente. As classificações de enfermagem abordadas neste projeto foram a Classificação para as Práticas de Efermagem (CIPE) e a Classificação dos Diagnósticos de Enfermagem -NANDA. Nas discussões das oficinas cada representante de unidade hospitalar foi convidado a relatar o referencial teórico que sua instituição utiliza e/ou iniciar o diálogo com seu grupo interno de trabalho para promover as discussões acerca do referencial a ser adotado. **Contribuições/implicações para a Enfermagem: **Estes encontros possibilitaram a reflexão sobre o papel da enfermagem nestas instituições vinculadas a SES, visando identificar as potencialidades e fragilidades para que o grupo de apoio à implantação da SAE na SES, atue enfrentado as fragilidades, visando a adoção pela  SES como uma meta de gestão a SAE, pois não existe esta cultura institucionalmente. Outro obstáculo é a falta de profissional enfermeiro nas 24 horas e também, a determinação de confirmar para a gestão que uma assistencia realizada com metodologia poderá trazer resultados significativos e qualidade no cuidado.


Referências:
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