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6019549 | ADMISSÃO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENTIMENTO RELACIONADA A DOR TORÁCICA | Autores: Karen Kakihara Saori ; Michelly Miranda ; Jaqueline Cristina Costa Rossetto |
Resumo: **INTRODUÇÃO:** A dor é uma das principais causas de sofrimento na humanidade, resultando em incapacidade, comprometimento da qualidade de vida, com diversas repercussões nos aspectos biopsicossociais, tornando-se um grande problema de saúde pública (1). A dor torácica é a queixa cardiológica mais frequente nos serviços de emergências. A Doença Arterial Coronariana evolui para Infarto Agudo do Miocárdio com forte associação à dor. São diversas as causas de um dor torácica elas podem ser de origem muscoesqueleticas, sem maiores repercussões à vida do paciente, e até mesmo um infarto agudo do miocárdio. A associação da dor torácica a um evento cardíaco e a gravidade tem sido apontada como o principal fator para busca precoce pelo serviço de emergência. Sabe-se da necessidade de intervenção rápida para a dor torácica, enfermeiros devem compreender sua apresentação, investigar fatores de riscos e verificar a possibilidade de o evento ser ou não ser de origem cardiogênica, além de dominar protocolos para melhor conduzir o paciente desde a sua admissão à um serviço de referencia, pois a demora na realização de exames, como o eletrocardiograma, e no reconhecimento do infarto agudo do miocárdio, são fatores que retardam a administração de terapias e a reperfusão miocárdica (2). A avaliação do paciente com queixa de dor torácica ou sintomas que sugiram a presença de isquemia miocárdica continua sendo um grande desafio para os profissionais de saúde em unidade de emergência, visto que o ato de medir a dor é algo substancial, e trata-se de observação e escuta atenta, e principalmente acreditar na queixa dolorosa do paciente (1). Apesar da prevalência alta de casos de dor torácica nesses serviços, ainda é deficiente a padronização do atendimento, o que pode dificultar o diagnóstico precoce de síndromes coronarianas agudas e atraso no tratamento adequado. As unidades de pronto atendimento, devem conhecer a linha de cuidado da rede que estão integradas no processo de regulação e transferência rápida do paciente quando necessária, para o centro de referencia adequado. O objetivo de identificar as principais queixas sintomatológicas dos pacientes que deram entrada com queixa principal de dor torácica. **MÉTODO**: Estudo de origem quantitativa, prospectivo, realizado em uma unidade de pronto atendimento, foi realizado busca ativa no livro de registro da unidade, e a amostra constitui-se de 39 pacientes, foram analisados os prontuários de todos os pacientes com queixa de dor torácica registrado no livro de ocorrências da unidade, no período de fevereiro de 2014 a maio de 2017 **RESULTADOS**: Dentre os 39 pacientes que deram entrada na unidade pronto atendimento 17 (43,5%) eram do sexo feminino e 22 (56,5%) era do sexo masculino, a média de idade dos pacientes foi de 61,7 anos, sendo que o paciente mais novo tinha 37 anos e o mais velho tinha 90 anos, a queixa de dor torácica esteve presente em um total de 28 (71,8%), angina 7 (18%), náusea 6 (12%), vômitos 5 (12,8%), dispneia 4 (10%), sendo que quatro (10%) pacientes já haviam apresentado infarto prévio. **DISCUSSÃO: **As doenças do aparelho circulatório seguem como a principal causa de morte no Brasil e no mundo, sendo responsáveis por quase 32% de todas as mortes. Devemos ressaltar que a dor extrema pode causar, diversas alterações no organismo, a saber, cardiovasculares, respiratórias, imunológicas, gastrointestinais e urinárias, além de prejudicar a movimentação e a deambulação precoces, além de outras como, interrupção do sono, que pode causar cansaço, fadiga, menor motivação para colaborar com o tratamento (1). O infarto agudo do miocárdio ainda é uma das maiores causas de morbidade e mortalidade mundialmente. Grandes avanços têm ocorrido no tratamento do mesmo, como a terapia de reperfusão fibrinolítica ou a angioplastia primária, que ainda não são suficientes para impedir que o mesmo continue apresentando alta taxa de mortalidade (2). Além da dor torácica outras apresentações atípicas, e muitas vezes podem ser confundidos com sintomas gastrointestinais, musculares e respiratório, o que pode levar a um aumento no tempo pela busca por atendimento adequado, já quando a dor torácica está associada a um outro sintoma como sincope e dispneia, existe uma chance maior de que o paciente associe isso a um evento cardiovascular, procurando o serviço de emergência mais rapidamente (2). É de grande importância que enfermeiros estejam instrumentalizados para o reconhecimento e tratamento da dor torácica, considerando que o profissional enfermeiro é o responsável pelo acolhimento e classificação de risco nos serviços de emergência. O entendimento da condição clínica de alterações cardiológicas, faculta ao enfermeiro priorizar o atendimento e iniciar os cuidados o mais rápido possível. Sob a óptica do sistema de referencia do atual sistema de organização das redes de atenção ã saúde nos municípios, nos mostra a necessidade da trombólise no atendimento pré-hospitalar. Por serem amplamente difundido e recomendado o uso de protocolos para avaliação da dor torácica em unidade de emergência, e quando usados de forma adequada pode favorecer o atendimento e reconhecimento de síndrome coronariana aguda. **CONCLUSÃO:** A dor aguda é um dos principais motivos para procura por um serviço de emergência. Por ter uma apresentação característica a dor torácica, deve ser amplamente difundida entre os profissionais de saúde. Portanto, enfermeiros devem estar diretamente envolvidos no atendimento ao paciente com dor torácica, bem como, estar apto a reconhecer com segurança a condição clínica, além de saber interpretá-las adequadamente. **CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: **Após análise e interpretação de dados será elaborado um manual de boas práticas para simulação clínica no atendimento de enfermagem ao paciente com dor torácica em unidade de pronto atendimento.
Referências: 1. Francisquini AR, Higarashi IH, Serafim D, Bercini LO. Orientações recebidas durante a gestação, parto e pós-parto por um grupo de puérperas. Cienc Cuid Saude 2010, Out/Dez; 9(4):743-751. Disponível em: http://eduem.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/viewFile/13826/7193
2. Moura MAA, Silva MKC, Tavares VR. A percepção da gestante na atuação do enfermeiro - fortalecendo o vínculo mãe - bebê. Refacer - Revista Eletrônica da Faculdade de Ceres, Goiás, v. 4, n. 1, p.1-11, 2015. Disponível em: http://ceres.facer.edu.br/revista/index.php/refacer/article/view/73/49
3. Strauss A, Corbin J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. (Tradução Luciane de oliveira da Rocha). 2. ed. Porto Alegre: Artmed; 2008.
4. Ministério da Saúde (BR). Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no. 466 de 12 de dezembro de 2012d. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília, 2012.
5. Ministério da Saúde (BR). Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília, 2016. |