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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 5755712

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5755712

DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM IDENTIFICADOS EM IDOSOS COM COMPLICAÇÕES DURANTE SESSÕES DE HEMODIÁLISE

Autores:
Najara Rodrigues Dantas ; Adriana de Moraes Bezerra ; Talles Homero Pereira Feitosa ; Juscivania Carla da Silva de Souza

Resumo:
**DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM IDENTIFICADOS EM IDOSOS COM COMPLICAÇÕES DURANTE SESSÕES DE HEMODIÁLISE** _Najara Rodrigues Dantas_[1]_ _ Adriana de Moraes Bezerra[2] Juscivania Carla da Silva de Souza[3] Talles Homero Pereira Feitosa[4] Evanira Rodrigues Maia[5] A insuficiência renal cônica (IRC) constitui o rol das doenças crônico- degenerativas não transmissíveis que afetam principalmente indivíduos em processo de envelhecimento, requerendo Terapias Renais Substitutivas[1]. Entre as terapias, a hemodiálise se destaca no tratamento tanto para a insuficiência renal aguda, quanto a crônica. Durante as sessões de hemodiálise podem ocorrer complicações, entre elas hipotensão, cãibras, vômitos e cefaleia, fazendo com que a pessoa necessite de cuidados diretos no sentido de preveni-las ou minimizá-las. O enfermeiro é o profissional que assiste diretamente as pessoas nas sessões de hemodiálise e tem o papel fundamental no atendimento, levantamento de dados e observação contínua que proporciona conhecimento de suas particularidades, identificando fatores que influenciam de forma favorável ou desfavorável no tratamento[2]. A assistência de enfermagem adequada contribui para efetivação do regime terapêutico bem como na prevenção de complicações. A aplicação do Processo de Enfermagem (PE) de forma sistematizada, colabora com o cuidado efetivo frente a elaboração dos diagnósticos e intervenções de forma resolutiva[3,4]. Objetivou-se identificar os principais diagnósticos e intervenções de enfermagem associados às complicações em pacientes idosos em hemodiálise. Utilizou-se estudo descritivo-exploratório, retrospectivo e documental desenvolvido no Centro de Nefrologia do município de Iguatu-CE, no período de fevereiro a maio de 2016. Foram identificados 113 prontuários de pacientes admitidos para tratamento de hemodiálise. Foram selecionados prontuários de pacientes idosos a partir de 60 anos, em tratamento de hemodiálise no período de janeiro a dezembro de 2015 e que tivessem apresentado complicações durante as sessões. Foram excluídos prontuários de pacientes que não tiveram continuidade do tratamento durante o período, que foram a óbito ou encaminhados para outras unidades, restando 33 prontuários. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um formulário semiestruturado que contemplou variáveis socioeconômicas, clínicas e, levantamento das necessidades humanas básicas a partir do modelo de Wanda Horta, por meio dos registros de enfermagem. A análise dos dados seguiu duas etapas: análise dos dados socioeconômicos e variáveis clínicas com identificação das principais complicações durante a hemodiálise e identificação dos diagnósticos e intervenções de enfermagem associados às complicações, utilizando a taxonomia da NANDA-I (2015-2017) e intervenções pela _Nursing Interventions Classification_ (NIC) respectivamente. Aplicou-se análises descritivas, em frequências absolutas e relativas para os dados sociodemográficos e variáveis clínicas. Este estudo foi desenvolvido respeitando os preceitos da Resolução n° 466/12, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, obtendo apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa por meio do parecer 1.488.026. O perfil sociodemográfico dos 33 idosos identificados nos prontuários demonstrou que, 69,7% eram do sexo masculino (n=23) com predomínio da faixa de 60 a 69 anos (54,6 %), analfabetos (60,6%) e que sobrevivem em conjunto com suas famílias com uma renda mensal de 1 a 2 salários mínimos (88,0%). Quanto às variáveis clínicas, a maioria dos idosos estava em tratamento hemodialítico de 1 a 5 anos (78,8%), com uma rotina de tratamento de 3 vezes por semana (91,0%), com duração de 4 horas de terapia (97,0%). Quanto aos tipos de acesso utilizados para o tratamento, houve predomínio da fístula arteriovenosa (91,0%). Em relação as doenças de base na população investigada, foram identificadas a hipertensão arterial sistêmica (HAS) como a mais prevalente (72,2%). Tratando-se das complicações identificadas durante as sessões de hemodiálise, destacaram-se a hipotensão (72,72%), cãibras (48,48%) e vômitos (27,27%). A respeito dos Diagnósticos de Enfermagem (DEs), identificou-se quatro diagnósticos. Em relação à complicação hipotensão, no domínio hidratação, foi associado o DE: **1 - Volume de líquidos deficiente** **relacionado a mecanismo regulador comprometido caracterizado pela diminuição da pressão do pulso e pressão sanguínea**. Em relação à complicação cãibra, foram identificados no domínio conforto os diagnósticos de 2 - **Dor aguda relacionado à terapia hemodialítica caracterizado por mudanças nos parâmetros fisiológicos e de posição para alívio da dor** e 3 - **Conforto prejudicado relacionado ao regime de tratamento caracterizado por inquietação, sensação de desconforto e incapacidade de relaxar**. Tratando-se da complicação vômito, no domínio hidratação, o DE associado foi: 4 - **Risco de desequilíbrio eletrolítico relacionado à episódios de vômito.** As intervenções prestadas frente aos DEs. associadas às complicações registradas nos prontuários, podem ser classificadas como intervenções comuns a todas as complicações: monitoração dos sinais vitais (93,93%), orientações ao paciente quanto às intercorrências (54,54%) e administração de medicamentos conforme prescrição médica (33,33%). O processo de enfermagem empregado de forma sistematizada torna a assistência mais diretiva e fortalece o pensamento crítico-científico do enfermeiro, levando-o a antecipação de situações de risco que podem ser minimizadas ou até mesmo supridas. Assim, a identificação de DEs diante das complicações durante as sessões de hemodiálise, direciona a uma reflexão acerca dos fatores que interferem nas condições de saúde do cliente, sem afastar da assistência, intervenções substanciais ao cuidado. Nessa conjuntura, ao considerar as particularidades e antecedentes clínicos da população em estudo, pode-se observar a contribuição para um cuidado integral e melhor qualidade de vida. **Referências** 1-Pilger C, Rampari EM, Waidman MAP, Carreira L. Hemodiálise: seu significado e impacto para uma vida do idoso. Esc. Anna Nery. 2010; 14 (4): 677-683. 2-Costa RHS, Dantas ALM, Leite MD, Lira LBC, Vitor F, Silva RAR. Complicações em pacientes renais durante sessões hemodialíticas e intervenções de enfermagem. Revista de pesquisa: cuidado é fundamental. 2015; 7 (1): 2137-2146. 3-Debone MC, Pedruncci ESN, Candido MCP, Marques S, Kusumota L. Diagnósticos de enfermagem em idosos com doença renal crônica em hemodiálise. Rev. Bras. Enferm. 2017; 70(4): 800-805. 4-Aguiar, LL, Guedes MVC. Diagnósticos e intervenções de enfermagem do domínio segurança e proteção para pacientes em hemodiálise. Enfermería Global. 2017; n. 47: 13-25. Descritores: Diagnóstico de Enfermagem; Insuficiência Renal Crônica; Idoso. **TEMA 3: **Processo de Enfermagem: referenciais teórico-metodológicos, raciocínio clínico e sistemas de linguagem padronizada * * * *Recorte da monografia: Complicações apresentadas por pacientes com problemas renais crônicos durante as sessões de hemodiálise.  Desenvolvida no curso de graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA). [1] Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA). Professora Temporária da URCA. Crato, CE, Brasil. E-mail: condessaepandora@gmail.com [2] Enfermeira. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA). Professora Temporária da URCA. Crato, CE, Brasil. E-mail: adriana1mb@hotmail.com [3] Enfermeira pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Crato, CE, Brasil. E-mail: juscivaniacarla@hotmail.com [4] Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA). Professor Substituto da URCA. Crato, CE, Brasil. E-mail: tallysf27@gmail.com. [5]Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora adjunta da URCA. Crato, CE, Brasil. E-mail: evanira@bol.com.br


Referências:
1- Conselho Federal de Enfermagem. Pesquisa inédita traça perfil da enfermagem brasileira [Internet]. Brasília: COFEN; 2015 [citado 31 maio 2016]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/pesquisa-inedita-traca-perfil-da-enfermagem_31258.html 2- Conselho Federal de Enfermagem. Enfermagem em números [Internet]. Brasília: COFEN; 2016 [citado 27 julho 2016]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/enfermagem-em-numeros 3- Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Resolução n. 6, de 20 de setembro de 2012 [Internet]. Diário Oficial da União, Brasília; 21 set 2012; Seção 1:22. [citado 8 abr 2015]. Disponível: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11663-rceb006-12-pdf&category_slug=setembro-2012-pdf&Itemid=30192 4- Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 3.189, de 18 de dezembro de 2009. Dispõe sobre as diretrizes para a implementação do Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (PROFAPS) [Internet]. Diário Oficial da União, Brasília; 23 dez 2009; Seção 1:59. [citado 8 abr 2013]. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt3189_18_12_2009.html 5- Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprovas as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília; 13 jun 2013; Seção 1:59.