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5305688 | EDUCAÇÃO PROATIVA: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO NA CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DE FERIDAS | Autores: Cristiane Costa Reis da Silva ; Thainá Sala Morais ; Mailton Couto Duarte ; Jadiel Sousa de Oliveira ; João Victor Pinheiro de Almeida |
Resumo: Introdução: A utilização de métodos de ensino, proativos, como a simulação
realística, vem sendo incorporada na construção do conhecimento na graduação
em saúde. Esta aproxima o discente de Enfermagem da realidade assistencial, em
um ambiente seguro e controlado. A integridade cutânea dos pacientes
hospitalizados tem se tornado um desafio para os gestores e profissionais
envolvidos no processo saúde doença. Nos tempos atuais a presença de lesão por
pressão (LP) está relacionada a uma prática do cuidado muitas vezes
inadequada. E por isso, a equipe de enfermagem, deve ter papel fundamental na
prevenção deste agravo. O conhecimento dos fatores externos e internos que
podem comprometer a integridade da pele, fazem-se necessários para o
planejamento das intervenções de Enfermagem. 1 O novo cenário econômico
decorrente da globalização e as atuais políticas públicas de saúde têm gerado
a necessidade de uma reorganização da assistência prestada aos pacientes,
pautada na obtenção e análise de indicadores de saúde que permitam a troca de
informações, avaliação e o acompanhamento da qualidade dos serviços prestados
à população. 1 o avanço tecnológico tem contribuído para o desenvolvimento
científico de enfermeiros, e as constantes demandas das instituições de saúde
fazem com que o enfermeiro aprimore seu conhecimento. Nesse panorama, torna-se
necessário a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE), tendo o processo de enfermagem (PE) como mecanismo estrutural e
favorecedor da qualidade dos serviços. 1A ciência da enfermagem está baseada
em uma ampla estrutura teórica, e o PE é uma das ferramentas por meio das
quais essa estrutura é aplicada à prática da Enfermagem, melhorando a
qualidade da assistência prestada. Objetivo: Relatar a experiência de
discentes na construção de um instrumento para avaliação de feridas.
**Metodologia: **Trata-se de um estudo descritivo no formado de Relato de
experiência, com interpretação dos resultados e síntese do conhecimento.
Realizado busca na biblioteca eletrônica de acesso aberto, SciELO (Scientific
Eletronic Library Online) tendo como critérios de inclusão e exclusão:
trabalhos datados dos últimos dez anos, que tratassem dos termos: lesão por
pressão, cuidados de enfermagem e treinamento por simulação, além de pesquisa
nos sites da Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) e da Associação
Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (SOBENDE). Ocorrido no centro de
simulação realística de uma Instituição de Ensino Superior (IES) na cidade de
Salvador/ Bahia. No segundo bimestre de 2017.2. A atividade propôs aos
discentes do curso de graduação em enfermagem a construção de um instrumento
para avaliação de feridas, como parte integrante da avaliação processual da
disciplina Práticas de Enfermagem IV, inserida na matriz curricular do curso,
no 4º semestre. Em um primeiro momento a docente dividiu os discentes em
grupos, estabeleceu-se como critérios de elegibilidade, que os trabalhos
teriam que seguir as orientações do atual consenso do painel consultivo
nacional de lesão por pressão, NPUAP (_National Pressure Ulcer Advisory Panel)
datado de 2016. O instrumento teria que abordar: identificação pessoal do
paciente / com no mínimo dois identificadores consoantes ao programa nacional
de segurança do paciente (PNSP), localização e descrição anatômica da LP,
classificação da LP conforme estadiamento e sinais clínicos,
tamanho/profundidade, odor, grau de destruição da camada tecidual, sinais de
infecção, classificação e quantidade de exsudato, aparência do leito da ferida
e tipos de tecidos, quantidade de tecido necrótico, bordas da lesão:
morfologia, além dos quesitos de avaliação, ainda teria que constar as
intervenções como: o tipo de cobertura e a justificativa da indicação
atrelados a história da evolução clínica da ferida. No segundo momento, os
discentes foram submetidos a dois atos, respectivamente, apresentação do
instrumento e posterior avaliação da ferida. A avaliação da LP ocorreu no
laboratório do centro de simulação realística da universidade. Foram criadas
estações de avaliação, com baremas pré-estabelecidos, usando_ manequins,
simulador _protótipo para educação em saúde, que apresentavam em diversos
seguimentos anatômicos do corpo Lesões por Pressão com estadiamentos diversos
e sinais clínicos alterados. Os grupos foram chamados nominalmente para a
simulação, realizou-se sorteio do tipo de lesão e posterior aplicação do
instrumento de acordo com a estação, os discentes fizeram a avalição em
conjunto e depois decidiram sobre a cobertura ideal da LP, de acordo com os
resultados do estadiamento do instrumento de avalição da lesão por pressão
(IALP). Os resultados e a conduta adotada foram registrados no formulário de
avaliação e entregues à docente. _Resultados: No processo de formação e
construção do conhecimento, as ponderações, dos discentes, surgiram pautadas
na experiência do contato a um espaço de vivência prática, através da
simulação realística, próximo da realidade. No debriefing, a docente falou das
abordagens construtivas e relevantes para um aprendizado de enfermagem livre,
alicerçado no discernimento criterioso da ética e dos princípios fundamentais
que estruturam o processo ensino/aprendizagem. Seguido de uma roda de conversa
dialogada, onde, foram elencados pelos alunos os pontos acertados e as
melhorias necessárias para um cuidado de enfermagem eficaz, enfatizando a
elaboração IALP como ferramenta importante para avaliação de feridas.
Enfatizou- se também nesta discussão os fatores de risco para desenvolvimento
de lesão por pressão como por exemplo: imobilidade, desnutrição, patologias,
entre outros. Ressaltou as superfícies especiais para o manejo da pressão
(SEMP) ou superfície de apoio (SA) que são medidas necessárias em qualquer
protocolo para prevenção de lesões, pois, diminuem, ou minimizam a pressão de
contato. Estas são utilizadas para redistribuir a pressão, e com isso deve
fazer parte de protocolos como elemento básico na prevenção de lesão por
pressão. A escolha da cobertura ideal, exige do enfermeiro conhecimento
técnico científico sobre tipos, funções, questões de viabilidade, e até mesmo
evidências sobre o desempenho dos mesmos. É importante considerar, neste
contexto, os interesses do cliente/paciente quanto as expectativas de
cicatrização e melhorias do quadro. Conclusão: Tendo em vista o que foi
apresentado, entende-se que é de fundamental importância a participação do
acadêmico de enfermagem em ambientes de simulação realística, por ser um
seguimento instrucional inclinado para a formação do saber, dentro de uma
perspectiva de personificação técnica profissional, amparada no critério da
cientificidade universitária. Contribuições / Implicações para a Enfermagem:
Diante do exposto, fica evidente, que a metodologia ativa se tornou um
elemento fomentador para o desenvolvimento do raciocínio clínico, crítico e
reflexivo acerca do cuidado de enfermagem. Além do despertar para as
habilidades técnicas que certificam a atuação do enfermeiro. A criação de
instrumento técnico pautado nas diretrizes que norteiam o PE soma de forma
positiva com a SAE e fomenta o estímulo à pesquisa.
Referências: 1. ANDERSON Joel G. et al. “The church of online support”: examining the use of blogs among
Family caregivers of persons with dementia. Journal of Family Nursing, Thousand Oaks, v.
23, n. 1, p. 34-54. 2017.
2. RISLING, T.; RISLING, D.; HOLTSLANDER, LORRAINE. Creating a social media
assesssment tool for family nursing. Journal of Family Nursing, Thousand Oaks, v. 23, n. 1,
p. 13-34. 2017.
3. CAMARGO Brigido Vizeu; JUSTO Ana Maria. IRAMUTEQ: Um Software Gratuito para
Análise de Dados Textuais. Temas em Psicologia. Ribeirão Preto, v. 21, n. 2, p. 513-518,
abr./jun. 2013.
5. TRIGUEIRO, D. R. S. G. et al. AIDS and jail: social representations of women in freedom
deprivation situations. Revista Escola Enfermagem USP, São Paulo, v. 50, n. 4, p. 554-561.
2016.
4. MAZZA, V. A. et al. Vivência de famílias de crianças e adolescentes submetidos ao
Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas. Revista Eletrônica Enfermagem, Goiânia.
2016. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.5216/ree.v18.40131>. Acesso em: 12 julho 2017.
5. VITAK, Jessica. Facebook as a research tool in the social and computer sciences. In: SLOAN, Luke; QUAN-HAASE, Anabel. The SAGE Handbook of Social Media Research Methods. Los Angeles: SAGE Publications Ltd. p. 1555-1606. Cap. 37. |