E-Pôster
5215295 | Sistematização da Assistência de Enfermagem nas Unidades Hospitalares e Atenção Básica no Estado de Santa Catarina. | Autores: Helga Regina Bresciani ; Angela Maria Blatt Ortiga ; Jerry Schmitz ; Elizimara Ferreira Siqueira ; Ioná Vieira Bez Birolo |
Resumo: **Introdução: **A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem. 1 Entende-se como Processo de Enfermagem (PE) o método que possibilita o enfermeiro desenvolver e aplicar seus conhecimentos técnico-científicos, acerca de sua prática profissional. O PE é composto por etapas interrelacionadas, interdependentes e recorrentes 2.**O objetivo** do trabalho foi elaborar diagnostico sobre a SAE nas Unidades Hospitalares e na atenção Básica no Estado de Santa Catarina. **Metodologia**: O diagnóstico se deu por meio do formulário FormSUS, enviado a todas as unidades solicitando que o respondente fosse o enfermeiro responsável técnico e ou gerente de Enfermagem. O formulário foi estruturado, para identificar atividades, percepção sobre SAE, dimensionamento e sobre o conhecimento, facilidades e entraves para a sua aplicação, comissões existentes nas instituições com participação da Enfermagem, indicação do método de classificação de paciente e protocolos assistenciais utilizados nas instituições, utilização de classificação de risco. Foi utilizado um formulário específico de coleta para cada área sendo algumas perguntas especificas para cada área. **Resultado: **Os dados foram analisados através de planilhas de Excel. Quanto aos resultados 55% dos hospitais responderam o questionário e informaram que somente 64% realizam SAE. Quanto aos resultados, das 40% das Secretarias Municipais (SMS) que responderam somente 28% realizam SAE. Os facilitadores indicados pelas secretarias foram: Conhecimento das etapas da SAE. Conscientização da importância da SAE por parte da equipe de Enfermagem, Existência de sistema informatizado da SAE na instituição. Os problemas mais citados decorrentes da não sistematização da assistência no âmbito hospitalar foram: Desconhecimento ou conhecimento deficiente sobre terminologias do sistema de classificação de grau de dependência dos pacientes internados (SCP). Falta de conscientização da equipe sobre a SAE, e quantidade insuficiente de profissionais de Enfermagem**. **Sobre as taxonomias as mais conhecidas e utilizadas são a da Nanda em 41% na atenção básica e 75% nos hospitais e apenas 4% utiliza CIPE e NIC. Nas unidades hospitalares 59% realizam a Classificação de Pacientes, sendo 47% com instrumento próprio 47% a metodologia de Fugulin e 6% Instrumento de classificação conforme Escore de Schein/Rensis Hiker. Sobre as Comissões de Ética, possuímos 56 comissões ativas no Estado sendo apenas 2 de Secretarias Municipais de Saúde, predominando os grandes hospitais do Estado. Em poucas instituições existe uma comissão de SAE. Sobre a classificação de pacientes somente 44% dos hospitais realizam rotineiramente na unidade de emergência (pronto socorro).**Concluímos** que os resultados deste diagnóstico acrescidos aos conhecimentos e expectativas da Gestão do Coren/SC, tornou possível à elaboração de um plano de ação, já iniciando sua implementação em 2017, e serviu de base para a Gestão 2018-2020. A participação do Coren/SC no grupo de trabalho da Secretaria de Estado da Saúde com a finalidade de implementar a SAE nas unidades hospitalares publicas gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os encontros de Responsáveis Técnicos (RT) realizado na Semana de Enfermagem de 2015 a 2017 do Coren/SC ocorreram de forma regionalizada e abordaram os temas Sistematização de Assistência e Dimensionamento do Pessoal de Enfermagem, Segurança do Paciente e Gestão da Clinica, todos os temas que visam instrumentalizar os enfermeiros para implantação do processo de Enfermagem e qualificar a assistencia prestada. Foram realizados dois cursos presenciais em 2016 e 2017 em parceria com a SES e inúmeras oficinas/palestras realizadas pelos conselheiro e fiscais principalmente nas instituições hospitalares privadas e públicas através de convite das instituições formuladas por meio de e-mail ao Coren/SC. Concluímos que os resultados deste diagnóstico acrescidos aos conhecimentos e expectativas da Gestão do Coren/SC, e as recomendações da 1ª Corenf nos mostra a necessidade de estratégias especificas para a Atenção Básica, este diagnóstico tornou possível à elaboração de um plano de ação, que, já vem sendo viabilizada por meio da assinatura da Cooperação Técnica entre o Coren/SC e a Secretaria Municipal Saúde de Florianópolis; participação no Encontro das Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (COSEMS) e a parceria firmada com o Telessaude/SC com oferta de webpalestras especificas de SAE e curso de consulta de Enfermagem. **Contribuições/implicações para a Enfermagem. **O principal resultado esperado deste projeto é a obtenção de informações sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem nas unidades de saúde que possibilitou a tomada de decisão. Este diagnóstico nos mostra uma dicotomia entre a formação profissional e o conhecimento e aplicação do processo de Enfermagem na prática dos serviços Os resultados demonstraram insegurança em aplicar mesmo tendo recebido a informação durante a sua formação e que esta lacuna precisa ser enfrentada através da educação permanente outro fator bastante apontado para a não realização da SAE e o déficit de profissionais e a sobrecarga de trabalho.
Referências: Referências
1. Bernstein B. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
2. Yin R K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2010.
3. Brasil. Conselho Nacional de Educação – Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES n. 03 de 07 de novembro de 2001. Institui as diretrizes curriculares nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem e dá outras providências. In: Disponível em: . Acesso em: 05 out. 2007.
4. UFPel. Universidade Federal de Pelotas. Curso de Enfermagem. Projeto Político Pedagógico. Pelotas, RS, UFPel, 2009.
5. Lopes AC, Macedo E. (Orgs.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. |