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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 5177871

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5177871

TERMOS CIPE® UTILIZADOS EM SAÚDE DA CRIANÇA

Autores:
Clarice Pereira Ribeiro ; Thaluana Selvero de Souza ; Glauce Araújo Ideião Lins ; Sarah França Villela ; Juliana Duarte Chaibe Campos

Resumo:
Dentro do desenvolvimento do processo de enfermagem estamos constantemente buscando a padronização e a otimização. A forma e linguagem que os profissionais desenvolvem o registro de enfermagem, representa uma comunicação única e objetiva entre os enfermeiros. A forma como os enfermeiros elaboram o registro de enfermagem  representa uma lacuna no processo de enfermagem e no conhecimento técnico acerca das ferramentas disponíveis ao trabalho do enfermeiro. Diante disso, o processo de enfermagem torna-se aplicável e necessário, pois possibilita uma visão ampliada da assistência e melhora a interação enfermeiro/indivíduo,  facilitanto o registro do  sistema de classificação  relacionadas  com as intervenções, diagnósticos e resultados de enfermagem. Sendo assim, esse propósito, não compete apenas as práticas cotidianas dos profissionais, mas, incluí, a comparação entre cenários clínicos, população usuárias, áreas demográficas, entre outros aspectos (1). Com essa demanda, de se obter uma ferramenta para desenvolver uma análise dos termos utilizados pelos profissionais, o Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE), situado sobre o propósito e reconhecendo a necessidade de tal norma, para a atuação da prática professional, nos sistemas de informação de saúde, desenvolveu a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem® (CIPE) (2). A CIPE®, como ferramenta, guia para o corpo o registro de Enfermagem, subsidia a unificação dos variados sistemas de classificação dos elementos da prática profissional que compõe os diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem, e assim, o  diagnóstico de enfermagem, como ferramenta fundamental do cuidado, deve identificar  as necessidades  básicas do indivíduo e seu equilíbrio. Segundo, Wanda Horta e sua teoria das Necessidades Humanas Básicas, as necessidades humanas são estados de tensão, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos vitais. Em estados de equilíbrio dinâmico, as necessidades não se manifestam, permanecendo em estado latente. Assim, estados de equilíbrio correspondem à fase de latência das necessidades humanas básicas, e os estados de desequilíbrio correspondem às manifestações das alterações das necessidades humanas básicas (3).  As necessidades humanas básicas, estas são divididas em três categorias: necessidades de nível biológico, social e espiritual. As necessidades Biológicas tem por definição as ações biológicas/fisiológicas como a respiração, alimentação, hidratação, equilíbrio sono/vigília, equilíbrio homeostático. Dentre essas ações biológicas a categoria “eliminação” foi a escolhida para esse estudo O equilíbrio dos fenômenos vitais no homem depende do bom funcionamento de todos os órgãos, mas em síntese depende do equilíbrio entre a matéria assimilada e a matéria eliminada. O processo fisiológico, portanto, está sujeito a desequilíbrios constantes, pois o organismo, em seu funcionamento normal, gera grande quantidade de resíduos, que na circulação sanguínea e são extraídos ~~ ~~pelos órgãos de eliminação - rins, intestinos, pele e pulmões (4). **Objetivos:** Apresentar termos CIPE® , no Eixo Foco (5), da linguagem utilizados na atenção da criança relacionados à subcategoria eliminação, da teoria das Necessidades Humanas Básicas.**  Descrição metodológica:** Tratou-se de uma pesquisa documental exploratória-descritiva, baseando-se em dados do Caderno de Atenção Básica n° 33 (6), elaborado pelo Ministério da Saúde brasileiro. Identificamos os termos encontrados em caderno eletrônicos, com o uso da ferramenta PORONTO, e em seguida., os termos extraídos foram transcritos para uma planilha eletrônica, no _Microsoft Office Excel _2016, em ordem alfabética. Após essa etapa foi realizada a correção ortográfica com os termos encontrados, análise de sinonímias, excluindo-se termos que possuíam o mesmo significado que outro, adequação dos tempos verbais para o infinitive, uniformização de gênero (masculino ou feminino) e de número (singular ou plural), exclusão de termos relacionados a procedimentos e a diagnósticos médicos, e explicitação de siglas que identificavam alguns termos. Após a correção ortográfica, foi realizado o mapeamento cruzado dos termos encontrados e dos termos CIPE®, através do programa _Acess for Windows_ 2016. A partir daí, foram identificados  os termos de acordo com sua similaridade ou não com a CIPE®, ou seja, identificados os termos constantes e não constantes na CIPE® 2017, e os novos termos passaram por um processo de definição teórica, em seguida, os termos foram analisados de acordo com a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, eixo Foco. O processo de extração de termos ocorreu durante o período de Novembro de 2017 a Janeiro de 2018 , e foi realizada por uma única pesquisadora, que adotou as diretrizes desenvolvidas no Centro para Pesquisa e Desenvolvimento da CIPE® da Universidade Federal da Paraíba  (UFPB). **Resultados:** Foram encontrados 59 termos relacionados a eliminação. No eixo foco da CIPE 2017 foram encontrados 75 termos. No mapeamento foram validados 15 termos em comum entre o protocolo e a CIPE®. Nos 44 termos restante foi realizada a seguinte análise: 15 termos similares, onde não existe concordância gráfica entre os termos, mas a definição é similar. 1 termo mais abrangente, onde o significado do mesmo é mais abrangente do que o termo proposto pela CIPE®. 14 termos mais restritos, onde o termo tem o significado menos abrangente do que o proposto pela padronização. E finalmente, 14 novos termos. **Conclusão:** Diante do exposto foi possível observar uma necessidade do uso da CIPE® em protocolos destinados a profissionais, uma vez que seu uso resulta em uma maior divulgação da mesma. O uso da CIPE® fortalece a sistematização da enfermagem e assegura uma maior segurança dos profissionais para desenvolver sua prática e autonomia. **Contribuições/implicações para a Enfermagem:**  Esse estudo  contribuiu de forma reflexiva para a prática da enfermagem, e nos leva a indagar a respeito da utilização de protocolos de atendimento desenvolvidos para os  profissionais da saúde. Assim, a realização de estudos que realizam a validação adequada de termos, significa divulgação da CIPE dentro do meio acadêmico. A divulgação dos resultados implica em uma necessidade permanente de capacitação~~,~~ por parte da enfermagem , para que essa possa usufruir de maneira adequada do avanço tecnológico e acadêmico do processo de cuidado humano.


Referências:
AMESTOY, Simone Coelho et al. Processo de formação de enfermeiros líderes. Revista Brasileira de enfermagem. [online]. 2010, vol.63, n.6, pp. 940-945. ISSN 0034-7167. Brasil. Decreto no 94.406, de 08 de junho de 1987. Regulamenta a Lei no 7.498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 1987. OFFICE OF TECHNOLOGY ASSESSMENT (US/OTA). Health Care Technology and Its Assessment in Eight Countries, OTA-BP-H-140. Washington, DC: U.S. Government Printing Office, February 1995. 368p. Organização Nacional de Acreditação [Internet]. Brasília: Organização Nacional de Acreditação; c2012 [acesso 10 nov 2011]. Institucional; [4 telas]. Disponível em: http://www.ona.org.br/Inicial. REZENDE, Bárbara Carneiro et al. Dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros na prática da liderança em enfermagem: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 4, n. 2, p. 2273-2288, 2013.