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5177871 | TERMOS CIPE® UTILIZADOS EM SAÚDE DA CRIANÇA | Autores: Clarice Pereira Ribeiro ; Thaluana Selvero de Souza ; Glauce Araújo Ideião Lins ; Sarah França Villela ; Juliana Duarte Chaibe Campos |
Resumo: Dentro do desenvolvimento do processo de enfermagem estamos constantemente
buscando a padronização e a otimização. A forma e linguagem que os
profissionais desenvolvem o registro de enfermagem, representa uma comunicação
única e objetiva entre os enfermeiros. A forma como os enfermeiros elaboram o
registro de enfermagem representa uma lacuna no processo de enfermagem e no
conhecimento técnico acerca das ferramentas disponíveis ao trabalho do
enfermeiro. Diante disso, o processo de enfermagem torna-se aplicável e
necessário, pois possibilita uma visão ampliada da assistência e melhora a
interação enfermeiro/indivíduo, facilitanto o registro do sistema de
classificação relacionadas com as intervenções, diagnósticos e resultados de
enfermagem. Sendo assim, esse propósito, não compete apenas as práticas
cotidianas dos profissionais, mas, incluí, a comparação entre cenários
clínicos, população usuárias, áreas demográficas, entre outros aspectos (1).
Com essa demanda, de se obter uma ferramenta para desenvolver uma análise dos
termos utilizados pelos profissionais, o Conselho Internacional de Enfermeiros
(CIE), situado sobre o propósito e reconhecendo a necessidade de tal norma,
para a atuação da prática professional, nos sistemas de informação de saúde,
desenvolveu a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem® (CIPE)
(2). A CIPE®, como ferramenta, guia para o corpo o registro de Enfermagem,
subsidia a unificação dos variados sistemas de classificação dos elementos da
prática profissional que compõe os diagnósticos, intervenções e resultados de
enfermagem, e assim, o diagnóstico de enfermagem, como ferramenta fundamental
do cuidado, deve identificar as necessidades básicas do indivíduo e seu
equilíbrio. Segundo, Wanda Horta e sua teoria das Necessidades Humanas
Básicas, as necessidades humanas são estados de tensão, conscientes ou
inconscientes, resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos
vitais. Em estados de equilíbrio dinâmico, as necessidades não se manifestam,
permanecendo em estado latente. Assim, estados de equilíbrio correspondem à
fase de latência das necessidades humanas básicas, e os estados de
desequilíbrio correspondem às manifestações das alterações das necessidades
humanas básicas (3). As necessidades humanas básicas, estas são divididas em
três categorias: necessidades de nível biológico, social e espiritual. As
necessidades Biológicas tem por definição as ações biológicas/fisiológicas
como a respiração, alimentação, hidratação, equilíbrio sono/vigília,
equilíbrio homeostático. Dentre essas ações biológicas a categoria
“eliminação” foi a escolhida para esse estudo O equilíbrio dos fenômenos
vitais no homem depende do bom funcionamento de todos os órgãos, mas em
síntese depende do equilíbrio entre a matéria assimilada e a matéria
eliminada. O processo fisiológico, portanto, está sujeito a desequilíbrios
constantes, pois o organismo, em seu funcionamento normal, gera grande
quantidade de resíduos, que na circulação sanguínea e são extraídos ~~ ~~pelos
órgãos de eliminação - rins, intestinos, pele e pulmões (4). **Objetivos:**
Apresentar termos CIPE® , no Eixo Foco (5), da linguagem utilizados na atenção
da criança relacionados à subcategoria eliminação, da teoria das Necessidades
Humanas Básicas.** Descrição metodológica:** Tratou-se de uma pesquisa
documental exploratória-descritiva, baseando-se em dados do Caderno de Atenção
Básica n° 33 (6), elaborado pelo Ministério da Saúde brasileiro. Identificamos
os termos encontrados em caderno eletrônicos, com o uso da ferramenta PORONTO,
e em seguida., os termos extraídos foram transcritos para uma planilha
eletrônica, no _Microsoft Office Excel _2016, em ordem alfabética. Após essa
etapa foi realizada a correção ortográfica com os termos encontrados, análise
de sinonímias, excluindo-se termos que possuíam o mesmo significado que outro,
adequação dos tempos verbais para o infinitive, uniformização de gênero
(masculino ou feminino) e de número (singular ou plural), exclusão de termos
relacionados a procedimentos e a diagnósticos médicos, e explicitação de
siglas que identificavam alguns termos. Após a correção ortográfica, foi
realizado o mapeamento cruzado dos termos encontrados e dos termos CIPE®,
através do programa _Acess for Windows_ 2016. A partir daí, foram
identificados os termos de acordo com sua similaridade ou não com a CIPE®, ou
seja, identificados os termos constantes e não constantes na CIPE® 2017, e os
novos termos passaram por um processo de definição teórica, em seguida, os
termos foram analisados de acordo com a Teoria das Necessidades Humanas
Básicas, eixo Foco. O processo de extração de termos ocorreu durante o período
de Novembro de 2017 a Janeiro de 2018 , e foi realizada por uma única
pesquisadora, que adotou as diretrizes desenvolvidas no Centro para Pesquisa e
Desenvolvimento da CIPE® da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
**Resultados:** Foram encontrados 59 termos relacionados a eliminação. No eixo
foco da CIPE 2017 foram encontrados 75 termos. No mapeamento foram validados
15 termos em comum entre o protocolo e a CIPE®. Nos 44 termos restante foi
realizada a seguinte análise: 15 termos similares, onde não existe
concordância gráfica entre os termos, mas a definição é similar. 1 termo mais
abrangente, onde o significado do mesmo é mais abrangente do que o termo
proposto pela CIPE®. 14 termos mais restritos, onde o termo tem o significado
menos abrangente do que o proposto pela padronização. E finalmente, 14 novos
termos. **Conclusão:** Diante do exposto foi possível observar uma necessidade
do uso da CIPE® em protocolos destinados a profissionais, uma vez que seu uso
resulta em uma maior divulgação da mesma. O uso da CIPE® fortalece a
sistematização da enfermagem e assegura uma maior segurança dos profissionais
para desenvolver sua prática e autonomia. **Contribuições/implicações para a
Enfermagem:** Esse estudo contribuiu de forma reflexiva para a prática da
enfermagem, e nos leva a indagar a respeito da utilização de protocolos de
atendimento desenvolvidos para os profissionais da saúde. Assim, a realização
de estudos que realizam a validação adequada de termos, significa divulgação
da CIPE dentro do meio acadêmico. A divulgação dos resultados implica em uma
necessidade permanente de capacitação~~,~~ por parte da enfermagem , para que
essa possa usufruir de maneira adequada do avanço tecnológico e acadêmico do
processo de cuidado humano.
Referências: AMESTOY, Simone Coelho et al. Processo de formação de enfermeiros líderes. Revista Brasileira de enfermagem. [online]. 2010, vol.63, n.6, pp. 940-945. ISSN 0034-7167. Brasil. Decreto no 94.406, de 08 de junho de 1987. Regulamenta a Lei no 7.498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, 1987. OFFICE OF TECHNOLOGY ASSESSMENT (US/OTA). Health Care Technology and Its Assessment in Eight Countries, OTA-BP-H-140. Washington, DC: U.S. Government Printing Office, February 1995. 368p. Organização Nacional de Acreditação [Internet]. Brasília: Organização Nacional de Acreditação; c2012 [acesso 10 nov 2011]. Institucional; [4 telas]. Disponível em: http://www.ona.org.br/Inicial. REZENDE, Bárbara Carneiro et al. Dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros na prática da liderança em enfermagem: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 4, n. 2, p. 2273-2288, 2013. |