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4796342 | A PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO | Autores: Greici Capellari Fabrizzio ; Luana Silveira |
Resumo: **A PÓS-GRADUAÇÃO _LATU SENSU_ COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO**
FABRIZZIO, Greici Capellari*[1]
SILVEIRA, Luana2
SANTOS, José Luís Guedes dos3
**Introdução:** As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem (DCN/ENF) direcionam a formulação do currículo de enfermeiros nas Instituições de Educação Superior do país. O perfil do enfermeiro egresso, tem como objetivo instrumentalizar o profissional com competências e habilidades gerais, quais sejam: atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação, liderança, administração e gerenciamento e educação permanente. Para assim, a partir dessas habilidades e competências ser capaz de atuar em ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação de saúde [1]. Para além da graduação, o período que segue após a formação desses profissionais, pode ou não ser seguido pela residência, modalidade de pós-graduação _latu sensu, _com uma carga horário de 5.760 horas, distribuídas em 60 horas semanais, com duração mínima de dois anos, em regime de dedicação exclusiva. A residência pode ser entendida como um tipo de Educação Permanente em Saúde (EPS), caracterizada pela formação em serviço para determinada especialidade, a qual auxilia no desenvolvimento de habilidades pessoais, principalmente relacionadas à profissão [2]. **Objetivo: **Relatar a experiência da pós-graduação _latu sensu_ como estratégia de educação permanente na formação do enfermeiro.** Descrição metodológica: **Foram descritas as experiências práticas, teórico práticas e teóricas de duas residentes de enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família do município de Florianópolis, no período que estiveram em formação entre 2015 a 2017, as quais estavam alocadas, nos Centros de Saúde Itacorubi e Estreito, localizados no Distrito Sanitário Centro e Continente, respectivamente. **Resultados**: Durante o primeiro ano do curso as profissionais estiveram inseridas, na maior parte do tempo nos Centros de Saúde, ambas contavam com o papel do preceptor, com supervisão em tempo integral de um profissional enfermeiro do serviço de saúde (preceptor) para auxiliar na condução do processo de ensino-aprendizagem, entre outros membros do Núcleo Docente Assistencial Estruturante. Já no segundo ano mantiveram sua agenda nos Centros de Saúde, participando também de estágios em outros níveis de atenção e serviços de referência, como: Unidade de Pronto Atendimento, policlínica com diversas especialidades, nível central (gestão), entre outros. Nesse período, realizaram estágio optativo, definido de acordo com o perfil e a programação de cada residente [3]. De acordo com a carteira de serviços do município as residentes desenvolveram as competências práticas e teórico práticas inerentes ao profissional enfermeiro, sendo elas: territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando prioridades; atendimento clínico individual e coletivo em consultório ou visita domiciliar; atendimento da demanda programada e espontânea; elaboração, execução e avaliação de projetos terapêuticos em conjunto com a Equipe de Saúde da Família e Núcleo de Apoio a Saúde da Família; vigilância em saúde; diagnósticos de enfermagem, prescrição de enfermagem, solicitação de exames complementares e prescrição de medicamentos; supervisão e coordenação da equipe de enfermagem e dos Agentes Comunitários de Saúde; supervisão da rede de imunização; controle de infecção, monitoramento da esterilização e armazenamento de material; envio de relatórios de competência do enfermeiro; acompanhamento de atividades docente-assistenciais na unidade; oficinas sobre a Classificação Internacional de Prescrição de Enfermagem [4]. As atividades teóricas permearam as atividades práticas. A Educação Permanente em Saúde é evidenciada na residência justamente nessas ações realizadas entre os seus integrantes, nas aulas teóricas, nos seminários, na integração de núcleo e de campo, nas atividades de campo e preceptoria, proporcionando relações e interações. A partir dessas discussões multiprofissional são incorporadas ações ao cotidiano de atuação de cada um desses profissionais, nos planejamento de atividade, nos encontros de profissionais da saúde com docentes, usuários e profissionais do serviço. Dos residentes, espera-se atitudes críticas reflexivas na identificação de situações críticas e na formulação de estratégias inovadoras para mudanças que buscam a consolidação do SUS, indispensáveis na atenção e gestão [5]. **Conclusão: **A Residência fomentou a articulação participativa na criação e implantação de alternativas estratégicas e inovadoras no campo da atenção e gestão em saúde, imprescindíveis para as mudanças necessárias à consolidação do Sistema Único de Saúde. Essa modalidade de pós-graduação “_latu sensu” _é uma das estratégias de educação permanente em saúde, que pode ser utilizada para enfrentar os desafios contemporâneos da formação profissional em enfermagem. Visto a contribuição significativa na construção do perfil profissional e o aprimoramento constante da prática do enfermeiro. Por esse motivo, a busca e atualização continua se faz necessária, tendo como objetivo melhoria do serviço e do atendimento prestado ao indivíduo, família e comunidade. **Implicações para a Enfermagem:** A experiência da residência multiprofissional em saúde da família contribuiu significativamente para a qualificação profissional e o desenvolvimento de habilidades pessoais, em que se vivencia e lapida o “ser enfermeiro” com atividades práticas diretamente ligadas ao cuidado, com discussões de casos, aulas, prática baseada em evidência e trabalho multiprofissional. Além disso, após finalizada a pós-graduação, fomentou a busca, de ambas as enfermeiras, por conhecimento científico e continuação da qualificação profissional por meio da pós-graduação “_strictu sensu” _a nível de mestrado.
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[1] Enfermeira, especialista em Saúde da Família, mestranda do Programa de Pós
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
membro do Laboratório de Pesquisa, Tecnologia e Inovação em Políticas e Gestão
do Cuidado e da Educação em Enfermagem e Saúde (GEPADES), bolsista pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). E-mail:
[greicicapellari@hotmail.com](mailto:greicicapellari@hotmail.com).
2 Enfermeira, especialista em Saúde da Família, mestranda do Programa de Pós
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
membro do Laboratório de Pesquisa, Tecnologia e Inovação em Políticas e Gestão
do Cuidado e da Educação em Enfermagem e Saúde (GEPADES).
3 Enfermeiro, doutor em enfermagem, professor da Universidade Federal de Santa
Catarina. (UFSC), membro do Laboratório de Pesquisa, Tecnologia e Inovação em
Políticas e Gestão do Cuidado e da Educação em Enfermagem e Saúde (GEPADES).
Referências: 1. Correa J, Lopes P, Dias C. Fisiopatologia da Pré-eclâmpsia: aspectos atuais, FEMINA. 2009;5(37). 2. Vieira G. Rev. Bras. Saúde Mater.Infant, Recife. 2010;10(2):209-217. 3. Garcia TR, Nóbrega MML. Processo de enfermagem: da teoria à prática assistencial e de pesquisa. Esc. Anna Nery Rev Enferm [Internet] [cited 2014 Mar 12]. 2009;13(1):188-93. Available from: http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n1/v13n1a 26.pdf. |