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4715964 | A INTEGRAÇÃO DE RESIDENTES DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA | Autores: Viviane Gomes de Mesquita ; Mônica Motta Lino ; Felipa Rafaela Amadigi ; Rosani Ramos Machado |
Resumo: A INTEGRAÇÃO DE RESIDENTES DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
Viviane Gomes de Mesquita[1]
Rosani Ramos Machado[2]
Mônica Motta Lino[3]
Felipa Rafaela Amadigi[4]
**Introdução: **No âmbito do ensino em enfermagem a residência é uma estratégia de aperfeiçoamento e treinamento profissional que visa atender o que se preconiza na formação de pessoas para o SUS. Reconhecida como uma modalidade de Pós-Graduação lato sensu pela Resolução n.º 459/2014 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), centrada no desenvolvimento técnico-científico e ético. Na enfermagem, ela visa ensino pelo serviço, com o papel de fomentar e estreitar a relação entre a pesquisa científica – ciência – e o serviço, com efeitos no campo assistencial.(1-2) Nesse cenário, em especial na área de urgência e emergência, a Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS) visa preparar enfermeiro residente levando em conta os aspectos éticos, políticos e técnico-científico, por meio da educação em serviço, para atuar em equipe multiprofissional. (3-4) A natureza dos serviços de urgência e emergência complexificam a formação do residente de enfermagem, dada à natureza de sua condição: ambientes que necessitam dar respostas rápidas, com equipe qualificada, que tenha facilidade de comunicação e capacidade de tomar decisões assertivas. Assim, a questão da inserção do residente de enfermagem nesses campos torna-se tarefa igualmente complexa, uma vez que há grande rotatividade de profissionais, estudantes, perfil dos pacientes, precarização do trabalho na saúde e demais problemáticas, _que_ influenciam na recepção, integração e práticas de ensino.(4-5) O enfermeiro residente é agente de cuidado ao usuário dos serviços de saúde, ao passo que, sob supervisão de outros enfermeiros, executa as suas atividades na unidade a qual representa o seu cenário de práticas de ensino. O residente recém-chegado na instituição necessita de acolhimento e treinamento acerca dos processos de
* * *
[1]Enfermeira. Especialista em UTI Geral Adulto pelo Programa de Residência em
Área Profissional da Saúde e por pós-graduação ambos pela UERJ – Universidade
Estadual do Rio de Janeiro. Especialista em Urgência e Emergência pelo
Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde - RIMS/UFSC.
Membro do grupo de pesquisa EDEN/UFSC - Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. E-mail:
[viviane.gomes.mesquita@gmail.com](mailto:viviane.gomes.mesquita@gmail.com)
[2]Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em
Enfermagem e do Programa de Residência integrada Multiprofissional em
Saúde/UFSC. Membro do grupo de pesquisa PRAXIS/UFSC - Universidade Federal de
Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
[3]Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em
Enfermagem/UFSC. Membro do grupo de pesquisa EDEN/UFSC – Universidade Federal
de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
[4]Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em
Enfermagem e do Programa de Residência integrada Multiprofissional em
Saúde/UFSC. Membro do grupo de pesquisa PRAXIS/UFSC – Universidade Federal de
Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
trabalho, estrutura organizacional e funcionamento, protocolos, normas e
rotinas.(5) Precisa, ainda, atuar com a autonomia que lhe é conferida pelo
COFEN no desempenho de suas ações privativas, como membro de equipe de saúde e
na gerência do cuidado na unidade.(4) Portanto, o trabalho em unidade de
urgência e emergência hospitalar, na lógica do aprender em moldes de
residência, não retira o fato de o residente ser estudante em curso de Pós-
Graduação, mas também, ser profissional recém-chegado à unidade e instituição.
E, mesmo sob supervisão do seu fazer evolutivo para a aquisição de
competências, é preciso que se integre à equipe e busque adaptação ao processo
de trabalho. Desta forma delineou-se a seguinte pergunta do estudo: Como
acontece a inserção e integração do residente de enfermagem em unidade de
urgência e emergência de um hospital universitário? Tendo em vista esse
contexto, o objetivo do estudo consistiu em compreender como ocorre a inserção
do residente de enfermagem no serviço de urgência e emergência.
**Metodologia:** pesquisa descritivo-exploratório de abordagem qualitativa.
Participam do estudo 32 entrevistados determinado segundo o critério de
saturação por repetição das informações coletadas, a dizer residentes de
enfermagem, preceptores, gestores e trabalhadores de enfermagem de um serviço
de urgência e emergência de um Programa de Residência Integrada
Multiprofissional em Saúde. As entrevistas semiestruturadas e análise
documental de legislação específica foram submetidas à análise do conteúdo.
**Resultados:** O estudo evidenciou que os participantes não reconhecem a
atual inserção dos residentes de modo positivo. Aponta-se planejamento frágil
e a desconexão entre o ensino e a prática em serviço com os objetivos
estabelecidos para a aquisição do perfil do egresso. Ainda, há o
desconhecimento dos trabalhadores sobre o plano pedagógico da residência, a
legislação específica e outras questões, que colocam o aprendizado à mercê do
dia a dia o cumprimento de tarefas. No entanto, tal panorama já é identificado
como uma lacuna a ser enfrentada pela instituição formadora e campo de
prática, que reflete em algumas iniciativas que vêm ocorrendo para transformar
essa realidade. **Conclusão**: A modalidade residência multiprofissional é
recente no Brasil e, por esse motivo, atravessa adversidades de ordem
histórico-política, social e econômica que envolvem as políticas públicas de
saúde e de educação. Assim, é preciso que os atores envolvidos compreendam
esse panorama e busquem superar as fragilidades apontadas nesse estudo, com
vistas a qualificar a formação na área da urgência e emergência.
**Contribuições para Enfermagem: **Reforça que a residência se lança como uma
estratégia de Educação Permanente em Saúde cuja proposta ético-político-
pedagógica visa, a partir da lógica de articulação entre ensino e serviço, com
base em reflexões críticas, o encontro entre o mundo da formação e o mundo do
trabalho. E nesse contexto dinâmico, a criação de vínculos e o fortalecimento
da adaptação favorecem a integração do residente no serviço para autonomia
enquanto aprende executando os processos de trabalho. No que se refere à
aquisição de competências exigidas para perfil de egresso na área de
concentração em urgência e emergência. **Referências: **1) Brasil. Resolução
COFEN N. 0459 de 21 de agosto de 2104: estabelece os requisitos mínimos para o
registro de Enfermeiro Especialista, na modalidade de Residência em
enfermagem. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 22 Ago 2014.
Seção 1. 2) Trabalho apresentado em congresso Pinto DM; Busanello J. O papel
do enfermeiro em uma residência multiprofissional em urgência e emergência. In
Anais do 7° Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão Universidade
Federal do Pampa, 2015 Nov 24- 26; Alegrete, Brasil. Alegrete (RS):
Universidade Federal do Pampa; 2015. 3) Uchôa Figueiredo LR, Rodrigues TF,
Dias IMÁV, organizadores. Percursos Interprofissionais: formação em serviços
no Programa Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde. 1ª ed. Porto
Alegre (RS): Rede Unida Editora; 2016.4) Silva DS, Bernardes A, Gabriel CS,
Rocha FLR, Caldala GA. Liderança do enfermeiro no contexto dos serviços de
urgência e emergência. Eletrônica Enferm. [Internet]. 2014 [2014 jan/mar
2014]; 16(1): 211-9. Disponível em: . 5)
Sapatini F T, Gasparino CR, Polli L, Oliveira AS. Avaliação de um programa
admissional para a equipe de enfermagem**. **Escola Anna Nery [Internet]. 2016
[2016Jul-Set]; 20(3): 2016006. Disponível em:
?
pid=S1414-81452016000300210&script;=sci_abstract&tlng;=pt.
**Descritores:** Internato e residência. Enfermagem em emergência. Educação em
enfermagem. Serviço hospitalar de emergência. Prática profissional.
TEMA 2: Integração ensino-serviço-comunidade como estratégia para a formação
profissional e consolidação da Sistematização da Assistência de Enfermagem
Referências: 1. Díaz Bernal Zoe, Presno Labrador María Clarivel. Enfoque de género en el análisis de la situación de salud desde la perspectiva de las determinantes sociales de salud. Rev Cubana Med Gen Integr [Internet]. 2013 Jun [citado 2018 Mar 11] ; 29( 2 ): 228-233. Disponible en: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-21252013000200014&lng=es
2. García Pérez, R, Rebollo Catalán, MA, Buzón García, O, González-Piñal, R, Barragán Sánchez, R, Ruiz Pinto, E. ACTITUDES DEL ALUMNADO HACIA LA IGUALDAD DE GÉNERO. Revista de Investigación Educativa [Internet]. 2010;28(1):217-232. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=283321938013
3. Torres Esperón JM, Lozano Lefrán A, Rodríguez Washington N. Formación de promotores por la equidad de género desde la infancia. Rev Cubana Salud Pública [Internet]. 2013 [citado 2017 Nov 030]; 39(Suppl 1): 893-902. Available from: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-34662013000500008&lng=es
4. Xavier Filha C. A menina e o menino que brincavam de ser...:representações de gênero e sexualidade em pesquisa com crianças. Rev Bras de Educ. 2012, dec. 17(51): 627-646. Disponible en: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v17n51/08.pdf. |