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SENADEn - ISSN: 2316-3216 || SINADEn - ISSN: 2318-6518 • ISSN: 2318-6518
Resumo: 4605667

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4605667

PROPOSTA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM ‘LESÃO POR FRALDA’: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores:
Graziele Ribeiro Bitencourt ; Rosimere Ferreira Santana

Resumo:
PROPOSTA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM ‘LESÃO POR FRALDA’: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Introdução: O uso de fraldas em adultos e idosos é uma lacuna nas classificações, tanto de diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem. Presença de umidade, fezes diarreicas e a consequente ação de enzimas digestivas na pele, bem como a perda de grande quantidade de urina, podem trazer respostas ao indivíduo que requerem atenção da enfermagem. Além disso, evidências clínicas reações adversas ao uso de fraldas, como úlcera por pressão e dermatite associada a incontinência são observadas na Nanda-I presentes dissociadamente em alguns diagnósticos, mas será que contemplam a complexidade de toda a problemática para a enfermagem? Objetivo: elaborar o diagnóstico de enfermagem lesão por fralda. Método: Revisão integrativa da literatura a partir da questão: há indicadores clínicos para a elaboração do diagnóstico de enfermagem lesão por fralda para adultos? Para seleção dos estudos foram consultadas as bases de dados: MEDLINE, LILACS, CINAHL e Embase com os descritores, com base no DECS e no MESH, respectivamente: ‘Fraldas para adultos’/‘Adult, diapers’, ‘Idoso’/‘Aged’ e ‘Avaliação em enfermagem’ / ‘Nursing assessment’. Como critérios de inclusão, artigos com foco de as reações adversas ao uso fraldas em adultos e idosos; publicações em português, inglês e espanhol; não há delimitação temporal. Como critérios de exclusão, artigos relacionados ao uso de fraldas em crianças. A categorização dos dados estabeleceu o título, características definidoras e fatores relacionados ao lesão por fraldas. Resultados: Foram identificados 208 artigos. Excluíram-se os artigos por: duplicata (37), enfoque infantil (92) e a fralda infantil como produto (38), totalizando 41 artigos incluídos. A maioria dos artigos na língua inglesa (82,8%) foram publicados de 2004 – 2008 (31,7%). 34,1% e de revisão da literatura. Estudos anteriores trouxeram que os diagnósticos de enfermagem que interferem com a pele são: risco e integridade da pele prejudicada, risco e integridade tissular prejudicada e, o mais recente, úlcera por pressão. Entretanto, embora algumas características definidoras possam se aproximar das lesões por fralda, os fatores relacionados não a associam como possível etiologia e não abordam questões como incontinência urinária (e fecal), episódios diarreicos e umidade. A partir disso, estabeleceu-se como definição para o diagnóstico de enfermagem lesão por fralda, lesões da pele na região perineal, perigenital, perianal e adjacências, provocadas pelo contato com urina e/ou fezes. Para sua evidenciação, através da observação, torna-se possível identificar as características definidoras estabelecidas: hiperemia, erupções cutâneas, flictenas, erosão da epiderme, aparência macerada. Como fatores relacionados, a literatura apresenta incontinência urinária, incontinência fecal, diarreia, extremos de idade, número de trocas diárias inferior a 4, capacidade cognitiva prejudicada, prejuízo motor, prejuízo músculo esquelético. Conclusão: a literatura apresenta diagnósticos que enfermagem que tratam de lesões de pele e alguns deles apresentam características definidoras para as lesões por fralda. Entretanto, essas características são apresentadas em diagnósticos diferentes e ausentes a problemática das fraldas nos fatores relacionados. Portanto, foi possível a identificação de evidencias clínicas que sustentassem a elaboração do diagnóstico de enfermagem lesão por fralda. Contribuições/implicações para a enfermagem: a literatura apresentou indicadores clínicos e etiológicos que sustentam a formulação de um diagnóstico de enfermagem único envolvendo a lesão por fraldas, o que favorece na prática e a sua identificação. Por ser uma problemática clara da enfermagem, um diagnóstico único com suas características definidoras e fatores relacionados pode favorecer a sua evidenciação no adulto em uso de fraldas. Além disso, fatores relacionados específicos conduzem a intervenções precoces na real causa, trazendo melhores resultados. Entretanto, para a pesquisa, faz-se necessário estudos de validação deste diagnóstico, a fim de analisar a sua confiabilidade e sustentar seu uso na prática. Descritores: Fraldas   para   adultos.  Tampões   absorventes   para   a incontinência   urinária. Incontinência urinária. Avaliação de enfermagem. Cuidados de enfermagem Referências: Cottenden A., Fader M. (Chairs). Beeckman D., Buckley B., Kitson-Reynolds E., Moore K., Nishimura K., Ostaszkiewicz J., Watson, J., Wilde M. (Members). Bliss D., Turner D. (Consultants) (2017). Management Using Continence Products. In P Abrams, L. Cardozo, A Wagg, A. Wein. (Eds.), Incontinence: 6th edition. ICS-ICUD Omli R, Skotnes LH, Romild U, Bakke A, Mykletu0n A & Kuhry E. (2010) Pad per day usage, urinary incontinence and urinary tract infections in nursing home residents. Age and Ageing, 39:549-554. Ostaszkiewicz J, O´Connell B & Millar L. (2008) Incontinence: managed or mismanaged in hospital settings? International Journal of Nursing Practice, 14(6):495-502 Wagg, AS., (Chair). Kung Chen, L., Johnson 2nd T., Kirschner-Hermanns, R., Kuchel, G., Markland, A., Murphy C., Orme S., Ostaszkiewicz, J., Szonyi, G., Wyman J. (Members). (2017). Incontinence in Frail Older Persons. In P Abrams, L. Cardozo, A Wagg, A. Wein. (Eds.), Incontinence: 6th edition. ICS-ICUD  Zisberg A, Sinoff G, Gur-Yaish N, Admi H & Shadmi E. (2011) In-hospital use of continence aids and new-onset urinary incontinence in adults aged 70 and older. Journal of the American Geriatrics Society, 59:1099-1104


Referências:
1. Souza GF, Nascimento ERP, Lazzari DD, Böes A A, Iung W, Bertoncello KC. Boas Práticas de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva: Cuidados durante e após a transfusão sanguínea. Rev Min Enferm. 2014 out/dez; 18(4): 939-946 DOI: 10.5935/1415-2762.20140069 2. Brasil. Portaria n° 158, de 04 de fevereiro de 2016. Redefine o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos. Brasília, DF, 2016. 3. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017 / [NANDA Internacional]; organizadoras: Herdman H, Kamitsuru S; tradução: Garcez RM; revisão técnica: Barros ALBL et al. Porto Alegre. Artmed, 2015 4. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN no 0511/2016. Normatiza a atuação do enfermeiro em Hemoterapia, p. 16–18, 2016. 5. Brasil. Ministério da saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Hemovigilância: Manual técnico de hemovigilância: investigação das reações transfusionais imediatas e tardias não infecciosas. Brasília, 2007.